Fim das dúvidas: a série é o que todos pensavam

Se alguém ainda tinha dúvida ou esperança de que os produtores da nova série de Jornada nas Estrelas estivessem guardando uma carta na manga na hora de anunciar o programa, pode esquecer o assunto. Enterprise é exatamente aquilo que o TrekToday disse que era, ainda em março –uma série ambientada no século 22, em uma Enterprise comandada pelo capitão Archer.

A confirmação definitiva veio de Tom Nunan, presidente da UPN, durante o evento em que a rede apresentou sua nova programação aos anunciantes. E ele parece estar empolgado com o valor de Enterprise, a ser veiculado às quartas-feiras, às 20h, a partir de setembro.

“Vocês são testemunhas de uma série que garante atenção, reconhecimento, ansiedade e, mais importante, sucesso instantâneos”, descreveu Nunan aos anunciantes e representantes de emissoras afiliadas à UPN. E ele justifica: “Jornada nas Estrelas é o franchise de ficção científica mais popular do mundo”.

“Ambientado no século 22, quase 150 anos de James T. Kirk e apenas a 100 anos de agora, Enterprise nos introduz aos dias pioneiros da exploração espacial, onde viagens interestelares estão em sua infância, e um universo –e o desconhecido– carrega tanto perigo como vislumbre”, disse Nunan, ecoando a nota à imprensa divulgada pela UPN no mesmo evento.

“Apropriadamente, a tripulação da Enterprise exibe um senso de vislumbre assim como uma pequena trepidação sobre as coisas e os seres estranhos que encontrarão. Estando entre os primeiros a explorar o espaço profundo, eles terão de provar que estão prontos para a vida entre as estrelas”, afirmou.

“Liderando a tripulação está o capitão Jonathan Archer, que será interpretado por Scott Bakula, famoso por ‘Quantum Leap’ e ‘Beleza Americana’. O capitão Archer é o protótipo dos capitães da Frota Estelar que virão. Ele é audacioso, intensamente curioso e ansioso por se aventurar onde nenhum homem jamais esteve. Ele tem todas as características que qualquer astronauta da Nasa hoje precisaria para liderar uma tripulação para os céus sobre os quais eles apenas leram e estudaram antes.”

O presidente da rede então exibiu um vídeo promocional que contava um pouco da história de Jornada e introduzia Enterprise (que de fato vai se chamar somente “Enterprise”, e não “Star Trek – Enterprise”) com um slogan bem à la Episódio I de Star Wars: “A fronteira final tem um novo começo”.

Nenhuma imagem do novo programa foi exibida, mas o vídeo incluía um tratamento do título Enterprise, tal e qual ele aparecerá na telinha nas apresentações do programa. No pequeno segmento, porções de entrevistas com o produtor-executivo Rick Berman e outros membros de equipe eram intercaladas com clipes das séries e filmes de Jornada.

“Jornada está meio que imersa na mente das pessoas. Está por aí já há 35 anos”, disse Rick Berman. “Não há ninguém lá fora que não tenha ouvido falar de um torpedo fotônico, ou um Klingon, ou ‘Beam me up Scotty’ ou velocidade de dobra. É parte da nossa cultura, e eu acho que a familiaridade com ela é algo que é muito confortável às pessoas.”

“O que é importante sobre Enterprise é, é uma nave de exploração, e o vôo espacial –o vôo espacial interplanetário– ainda é uma coisa bem nova nessa era”, disse Marvin Rush, diretor de fotografia da nova série. “O motor de dobra já estava por lá há algum tempo, mas não muito. A tecnologia de transporte é também bem nova, e enquanto já é provada eficiente, nem todo mundo no mundo confia nela.”

A respeito do interior da nave do século 22, Rush disse: “Os controles são mais táteis, mecânicos. Os botões –você precisa apertá-los, quer dizer, eles não são telas de toque”. “A humanidade está aprendendo sobre outras culturas, outras sociedades espaciais. É um tempo de descoberta, de quem realmente somos, onde nos encaixamos, no cosmos.”

O Designer de Produção Herman Zimmerman também participou do vídeo, reiterando as informações. “Isso se passa a 100 anos de agora e 100 anos antes de Kirk e Spock. A Enterprise que veremos agora será muito mais ‘mãos-à-obra’ para a tripulação”, disse. Sobre a premissa, Zimmerman comentou que “basicamente estamos recebendo muita informação sobre o que há fora da nossa região da galáxia dos Vulcanos”.

Berman concluiu dizendo que “Jornada sempre representou uma visão muito positiva do futuro, e muita ficção científica não fez isso. E eu acho que isso significa muito para muita gente”.

Durante o resto de sua apresentação, Nunan apontou que cada spin-off de Jornada foi lançado com uma audiência espetacular. “Cada versão do franchise de Jornada nas Estrelas sai da plataforma de lançamento em dobra espacial, com os retrofoguetes à toda, deixando para trás a competição, vivendo longamente e prosperando.” Ele disse que a decisão da UPN de exibir Enterprise às 20h foi baseada em grande parte pelos programas das outras redes no horário, que seria “perfeito para conquistar a audiência de jovens adultos que é vastamente ignorada pelas outras redes”.

O elenco e seus respectivos papéis foram confirmados. Pequenas mudanças com relação à lista de elenco divulgada pelo TrekToday em março foram a troca do nome da sub-comandante T’Pau para T’Pol, a troca do primeiro nome do capitão Archer de Jackson para Jonathan e a troca do primeiro nome do piloto Mayweather de Joe para Travis. Você pode conferir todos os detalhes sobre personagens e seus respectivos atores na seção de Enterprise.

No resto da programação, sem muitas novidades. “Roswell” foi mesmo confirmada, a ser exibida depois de “Buffy”, às terças. E, infelizmente, “The Dead Zone”, de Michael Piller, acabou ficando como uma série reserva para janeiro de 2002.

Agora, os fãs não devem se preocupar em ficar muito tempo sem ver a “cara” da nova série. O canal local da UPN em Nova York já prometeu exibir, após “Endgame”, o episódio final de Voyager, na semana que vem, uma matéria de bastidores sobre Enterprise. Com certeza veremos já algumas cenas da nova encarnação de Jornada nas Estrelas. Os fãs não perdem por esperar.

Fonte: Startrek.com