Moore não vê sentido em technobable de Jornada

moore-techOs episódios de Jornada, especialmente os de A Nova Geração, são bem conhecidos pelos seus diálogos científicos, muitas vezes referidos como technobable, ou “tagarelice técnica”. Recentemente, numa palestra na New York Festival de Televisão, o escritor e produtor Ron Moore (Battlestar Galactica) falou sobre como ele ficava frustrado com este aspecto na franquia. O artigo foi publicado pelo SciFiWire.

Num bate-papo com os presentes no Festival de New York, Ron Moore revelou a fórmula para escrever technobable num episódio de A Nova Geração

Ele descreveu como os escritores apenas inseriam a palavra “tech” nos roteiros, sempre que necessário, para resolver uma história ou enredo, então eles se dirigiam aos consultores para preencherem as palavras apropriadas, mais tarde. 

“Tornou-se a solução para muitos diálogos e muitas histórias”, disse Moore. “Era tão mecânico que tínhamos consultores de ciências que solucionavam com as palavras para nós, quando tínhamos acabado de escrever “tech” no script. Você sabe, Picard dizia: – Comandante La Forge, tech a tech para velocidade de dobra – Estou falando sério. Se você olhar para esses scripts, você vai ver isso”. 

Moore, em seguida, passou a descrever como um script típico poderia ser lido antes dos consultores fazeram a coisa toda: 

La Forge: “Capitão, a tech está sobretech”. 

Picard: “Bem, direcione a tech auxiliar para a tech, o Sr. La Forge”. 

La Forge: “Não, Capitão. Capitão, eu tentei tech a tech, e não vai funcionar”. 

Picard: “Bem, então nós estamos condenados”. 

“E depois Data aparece e diz: – Capitão, há uma teoria que, se você tech para outra tech …”, disse Moore. “Tem um ritmo e uma estrutura, e as palavras não têm sentido. Não se trata de coisa nenhuma, exceto ir na dança de como eles tech sua saída disso”. 

Moore disse que usou a retro tecnologia em Battlestar, “foi realmente uma reação contra Jornada”, comentou o produtor acrescentando, “Eu decidi desde o início que queria um telefone para ser visto como um telefone”.