Série Clássica
Temporada 2

Análise do episódio por
Carlos Santos



 









 

MANCHETE DO EPISÓDIO
Boa idéia desperdiçada em final de novela mexicana

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Sinopse:

Data Estelar: 4768.3

Apos captar um misterioso sinal em seus sensores, a USS Enterprise segue em direção a um distante planeta com objetivo de atender ao que parece ser um sinal de socorro, entretanto, ao chegar descobrem que o planeta encontra-se morto, em função de uma catástrofe global que teria acontecido milhares de anos antes.

Mesmo assim, ao se aproximar do planeta a tripulação faz contato com um ser que se comunica por telepatia e se identifica como “Sargon”. Sargon pede então que Kirk e Spock desçam ao planeta, fornecendo as suas coordenadas, que combinam com as coordenadas de uma fonte de energia encontrada por Spock através dos sensores.

Apesar das coordenadas apontarem para uma câmara 150 km abaixo da superfície, algo além da capacidade do tele transporte, Kirk decide atender ao pedido, confiando na promessa de Sargon de que ele tornaria tal travessia possível, porém pede a Spock que fique a bordo enquanto ele investiga. Entretanto, assim que ele declara tal intenção,  a Enterprise sofre uma súbita perda de energia que se normaliza quando Kirk reconsidera sua posição e “convida” Spock para descer com o grupo.

Kirk e Spock juntam-se ao Dr. McCoy e Doutora. Ann Mulhall na sala de transporte, sendo que Mulhall aparentemente parece ter sido convocada diretamente por Sargon. Eles se posicionam da plataforma de transporte, que será operada por Sargon, junto com dois guardas de segurança, mas estes ficam para trás.

O restante do grupo se materializa em segurança nas coordenas indicadas, e lá encontram uma espécie de esfera, em um pedestal, onde a consciência de Sargon está armazenada. Existem ainda mais duas esferas iguais, que contem as mentes mais brilhantes do planeta, antes da catástrofe que o dizimou, que mais tarde Sargon informaria ter sido uma guerra Global. Sargon acredita que os humanos (e vulcanos) possam ser descendentes de uma geração de exploradores que teriam deixado o seu planeta 6000 séculos atrás, para colonizar a galáxia.

Sargon também explica que os três já tiveram corpos físicos, mas agora eles existem apenas em forma de energia de pensamento pura, contidos nas esferas encontradas pelo grupo de Kirk.  Depois disto, Sargon toma o controle do corpo de Kirk, transferindo sua mente para o corpo do capitão, e a mente da Kirk para a esfera onde antes estava a mente alienígena.

O metabolismo do corpo do capitão começa a se alterar, e a temperatura do corpo de Kirk sobe rapidamente, pondo sua vida em risco, mas Sargon insiste em manter o controle do corpo, ao menos temporariamente, enquanto ele e seus companheiros sobreviventes (Thalassa, esposa de Sargon, e Henoch) construiriam corpos artificiais para receber suas mentes. Para isto seriam usados também os corpos de Spock a da Dr. Mulhall.

O corpo de Kirk começa a definhar, então Sargon retorna a esfera e Kirk a seu corpo. Afirmando ter realizado uma espécie de “elo” com o alienígena, Kirk agora acredita nas intenções de Sargon, mas precisa ainda convencer seus colegas, e principalmente McCoy, a aceitar a tarefa. Eles são liberados para voltar à nave e pensar a respeito.

A bordo da nave, o grupo se junta a Scott, que assim como McCoy, também se mostra receoso, mas após um apaixonado discurso de Kirk, eles decidem prosseguir e aceitar a proposta de Sargon, e Kirk ordena que as esferas sejam levadas a bordo para a transferência. Com todas as partes na enfermaria, a troca é realizada. Sargon retorna ao corpo de Kirk, enquanto Thalassa entra no corpo de Mulhall e Henoch no corpo de Spock.

Após a transferência, os três se vêem pela primeira vez após séculos. O encontro entre Thalassa e Sargon é emocionado, mas Henoch não parece tão consternado quanto seus amigos. Os corpos de Mulhall e Kirk começam a sentir os efeitos da presença das mentes alienígenas, então estes retornam as suas esferas, menos Henoch, uma vez que o corpo de Spock pode comportar melhor tais alterações em função da fisiologia Vulcana. Henoch prepara um composto que após ser injetado, equilibra o metabolismo dos outros dois corpos e permite que Sargon e Thalassa retornem.

No laboratório da Enterprise, Henoch prepara as três injeções, mas usa uma formula diferente para Sargon. Chapel, que o acompanha, e é encarregada de administrar as injeções, percebe tal fato, mas Henoch usa o seu controle mental para fazer com a enfermeira esqueça o que viu. O alienígena planeja o assassinar Kirk, e por extensão, Sargon, e ficar com o corpo de Spock.

Os três alienígenas começam a fabricar os corpos artificiais, mas Sargon sente-se fraco, sendo medicado com outra dose do preparado de Henoch. A sós com Thalassa, Henoch tenta persuadi-la a ficar com o corpo de Mulhall, ao invés de ficar presa em um corpo andróide incapaz de sentir emoções pelo resto da sua existência. Apesar de lembrar-se de que o corpo que usa já tem dono, Thalassa parece fraquejar ante a perspectiva do corpo andróide.

Ela deixa a engenharia e encontra Sargon na sala de reuniões, verificando os dados da formula de Henoch, e tenta convence-lo a manter os corpos, mas Sargon cai inconsciente enquanto ela fala. McCoy chega à sala de reuniões, e ao examinar Kirk, constata que o capitão esta morto. O corpo de Kirk é levado de volta a enfermaria, onde McCoy tenta descobrir uma forma de trazer de volta a sua consciência presa na esfera onde antes estava a consciência de Sargon, de volta ao seu corpo inerte. McCoy consegue fazer com que o corpo de Kirk mantenha-se funcionando, mas é só.

De volta a engenharia, Henoch completa o corpo de Thalassa, mas esta se recusa a deixar o corpo de Mulhall. Ela procura por McCoy na enfermaria e oferece ajuda para salvar Kirk, e em troca, permitiria que ela continuasse usando o corpo que lhe foi emprestado. Quando McCoy se recusa, este é atacado por Thalassa, usando seus poderes mentais. Entretanto, subitamente ela própria percebe que o que está fazendo é errado, cessa o ataque e se desculpa com o médico.

Assim que isto acontece, eles ouvem a voz de Sargon ecoando pelo sistema de comunicação da nave. Este havia se escondido nos sistemas da própria Enterprise, quando percebeu a traição de Henock.  Sargon diz que tem um plano para salvar Kirk, e Thalassa pede ao doutor que este deixe a enfermaria. Assim que ele sai, a Enterprise é sacudida. Logo depois Chapel sai de lá agindo estranhamente, e quando McCoy consegue entrar no local, Kirk e Thalassa estão de volta a seus corpos.

McCoy também percebe que os três receptáculos estão destruídos, inclusive o que continha a consciência de Spock.  O doutor questiona a Kirk sobre isto, mas este diz que tal ação havia sido necessária. Neste meio tempo, Henoch ainda no corpo de Spock, está na ponte, tomando o controle da Enterprise. A pedido de Kirk, McCoy prepara uma injeção letal que deverá ser usada para matar o corpo de Spock .

Os três seguem ate a ponte, mas são impedidos facilmente por Henoch, uma vez que este é capaz de ler os pensamentos de todos, e assim esta ciente do plano concebido para matá-lo. Ele manda que Chapel, que já se encontrava na ponte, tome a seringa de McCoy que se encontra imobilizado, e injete no próprio médico, mas ao invés de fazer isto, ela injeta o composto no corpo de Spock.

Henoch tenta transferir sua consciência para outro lugar, mas é impedido por Sargon. O corpo de Spock cai inerte, e todos pensam que o vulcano encontrou o seu fim, mas Sargon o trás de volta. Sua consciência na verdade não fora destruída, e sim depositada no corpo de Chapel. Tudo fazia parte do plano para que Henoch deixasse o corpo de Spock e fosse destruído.

Após todos estes acontecimentos, Sargon e Thalassa decidem que não podem viver entre os humanos, e resolvem deixar a Enterprise e retornar ao esquecimento, nas palavras de Sargon, e após usarem os corpos de Kirk e Mulhall mais uma vez, como despedida, eles se vão, agora sem as esferas para guardar o conteúdo de suas mentes.

 

Comentários:

“Retorno ao Amanha” é mais um segmento de Jornada que poderíamos classificar de “metafísico”. Este enredo se relaciona direta ou indiretamente com vários outros segmentos da Série Clássica, misturando temas e levantando bandeiras que se tornaram uma identidade da série, ao longo de sua existência. A autodestruição dos ancestrais de Sargon, que não souberam lidar com os incríveis poderes que adquiriram, remete a um destes temas, já exposto anteriormente, a capacidade do ser humano de evoluir e usar os recursos advindos desta evolução de forma sabia.

O tema “Poder absoluto corrompe absolutamente” a esta altura já é nosso velho conhecido, e já foi visitado direta ou indiretamente em “Charlie X”, “Where No Man Has Gone Before”, “The Squire of Gothos”, “Space Seed”, “Who Mourns for Adonais?”, entre outros, eventualmente usando uma roupagem diferenciada, mas passando sempre por esta questão.

Diante desta perspectiva, a descrição de Sargon de como a sua raça foi destruída assume um tom profético alinhado com a cruzada de Gene Roddenberry relativo à sua forma de ver o futuro da humanidade. Se a Serie Clássica é um libelo no sentido de afirmar a crença neste futuro, é também uma forma de constantemente relembrar a necessidade de desenvolver nossa sabedoria de forma a administrar corretamente os frutos do desenvolvimento tecnológico que ainda está por vir, de forma a viabilizar este futuro.

O saber tecnológico pode levar a raça humana onde nenhum homem jamais esteve, e quem sabe um dia encontrar novas vidas e civilizações, ou pode também nos levar a auto-aniquilação total. É necessário desenvolver sabedoria necessária para caminhar na direção correta. Um desafio e tanto, sem duvida alguma.

Dado o recado, passemos para o próximo ponto. A percepção de que os seres humanos (e Vulcanos, e talvez até outras raças) possam ser descendentes de uma mesma raça ancestral é uma proposta interessante, se não cientifica, ao menos filosoficamente. No futuro idealizado por Rodenberry, a humanidade evoluiu a um “próximo estagio” graças ao entendimento de suas muitas raças, e alem destas. A USS Enterprise e sua tripulação multi-racial são representações deste conceito, que é a alma do conceito de Jornada nas Estrelas: Sabedoria e trabalho em equipe.

Em “Return to Tomorrow” a possibilidade sugerida por Sargon não passa de extrapolação macro deste conceito “Jornadiano” (de que devemos superar estas diferenças, em qualquer plano) ficando apenas no terreno das “coisas a pensar”, mas o que aqui foi apenas insinuado seria revisitado com alguma profundidade e maior sucesso na Nova Geração, no episodio “The Chase”, da sexta temporada.

Voltando a Série Clássica, o trio de sobreviventes Sargon, Thalassa e Henoch precisam agora de um corpo para voltar a caminhar entre os vivos e neste ponto o segmento toca de forma sutil numa questão delicada, que Rodenberry habilmente evitava tratar de forma direta a todo custo, mas não perdia uma oportunidade de levantar o tema de forma mais disfarçada. De que é feito o ser humano? A alma existe?

A tal “energia de pensamento” dos três sobreviventes, que reúne todas as informações, memórias, conhecimento, realizações, sentimentos e personalidades de cada um deles, seria a alma ? E se for, se esta “energia” pode ser simplesmente transferida para outro corpo físico, isto poderia ser considerado uma espécie de reencarnação? Questões interessantes, que o segmento aponta de forma subliminar, mas evita discutir, como sempre.

De qualquer forma, o episodio faz eco com “What Are Little Girls Made Of?”, da primeira temporada da série. Lá, Roger Corby, sem alternativas para sobreviver, transfere a sua consciência para um corpo andróide, mas ao fazer isto, a essência que o torna um “ser humano” é perdida. Aqui, Henoch e Thalassa não compartilham do sentimento de nobreza de Sargon por terem esta mesma percepção.

Estes se tornaram quase Deuses, mas o preço a ser pago parece agora ser alto demais. Uma mensagem sobre as pequenas coisas para as quais não damos importância, mas que nos fazem humanos, e que por isto devem ser preservadas. Mensagens similares serão encontradas no segmento anterior, By One Other Name, porem de um outro ponto de vista.

Menos simples são as diversas considerações que esta questão trás. De acordo a linha humanista adotada pela Série Clássica, um andróide (como Ruk – “What Are Little Girls Made Of” -  ou Data ), mesmo sendo capazes de tomar sua próprias decisões e tendo consciência de sua existência,  não podem ser considerados humanos por que lhes faltam esta essência, e os andróides Roger Corby,  Thalassa, Henoch, e Sargon, mesmo tendo estas consciências não podem ser considerados humanos, o que nos torna humanos ? Qual é o elo que falta ? Deixaremos mais esta questão no ar para aquele que quiserem se aventuraras pelos caminhos tortuosos da filosofia.

Deixando o terreno da filosofia e passando a questão entretenimento. Em termos de diversão o segmento nos proporciona um texto dramático. Sargon nos é apresentado como um homem de espírito nobre, capaz de realizar grandes sacrifícios pessoais em nome do bem comum, um personagem muito similar a figura do Lendário Rei Arthur. Neste sentido, e não por acaso os personagens Sargon e Kirk tem as mesmas características. Tal sensação nos leva a estender de forma inconsciente nossa simpatia por Kirk a Sargon.

Na outra ponta está Henoch, um sobrevivente da facção rival de Sargon, movido por motivos menos nobres. Diferente da dupla Sargon-Kirk, o elo Henock-Spock é deliciosamente contraditório. Jamais houve em Jornada nas Estrelas personagem tão nobre como o Spock, que vê no controle total da emoção e no uso da lógica a chave para um mundo melhor. Henoch é a antítese destes valores. Egoísta e amoral, ele coloca o seu bem estar à frente de tudo.

Tal situação permite a Leonard Nimoy deixar claro por que é melhor ator a trabalhar na Série Clássica, e um dos melhores em toda a franquia. Nimoy consegue dentro do mesmo espaço saltar de um personagem para outro com facilidade e competência admiráveis. Henoch é claramente outra pessoa, nas reações, no tom de voz, nos trejeitos, em tudo enfim. Um trabalho difícil se realizar, mas onde o ator consegue atingir nota máxima.

Quem não consegue o mesmo sucesso é Shatner. O ator exagera na dose quando já na cena onde Sargon transfere sua consciência para o corpo de Kirk, que mais parece estar recebendo uma entidade espírita. Além disto, Shatner não tem o mesmo sucesso que Nimoy enquanto Sargon  ocupa seu corpo, a bordo da Enterprise. O Sargon-Kirk sempre foi muito mais Kirk do que Sargon. Deve-se descontar o fato de que, como já foi dito antes, as características de ambos são muito parecidas, mas mesmo assim, não dá para elogiar muito o trabalho de Shatner aqui.

O momento em que o grupo está reunido para decidir se aceita ou não ceder seus corpos é um momento que tinha tudo para ser um dos mais significativos da Historia de Jornada nas Estrelas. Na verdade, o discurso de Kirk define de forma inequívoca o que “é” Jornada nas Estrelas e poderia estar no lugar do famoso “Space, The Final Frontier..."

O espírito aventureiro de Kirk, o respeito e paixão pela vida, e a forma passional que McCoy tem de defender esta agenda pessoal, em detrimento de qualquer outra coisa e  firmeza de propósito e caráter de Spock, baseados eu sua razão absoluta, tudo isto é mostrado de forma limpa clara e cristalina. O tema de abertura da Série fazendo fundo para as palavras de Kirk, enfim uma cena pensada para ser antológica, e só não o foi por que  atuação de Shatner falhou em achar o tom certo para representar este momento. Uma pena.

Assim como também é uma pena que um segmento que tinha tudo para dizer tanto acabe se perdendo, ao adocicar o relacionamento do casal, dando-lhe uma importância e tempo exagerados, e um tom de novela mexicana. O amor dos dois não é um defeito em si, mas a sua representação está totalmente fora de sincronia com o restante do contexto. Tal decisão torna um episodio que tinha tanto a oferecer, apenas mediano.

A impressão que fica é que não se sabia muito bem onde se queria chegar com este roteiro, que chega a sua cena final de forma absurda. Henoch, Sargon e Thalassa os últimos representantes de toda uma raça estão mortos, para dizer o mínimo. Mesmo o amor de  Sargon e Thalassa termina como uma tragédia Grega. Ambos passaram milênios esperando apenas para morrerem de forma vazia na ponte da Enterprise, tudo isto sob os olhares emocionados do restante da tripulação, enquanto Chapel declara “Foi Lindo!”. Faltou no mínimo, bom senso.

Temos ainda outros problemas no segmento. Para que o ele funcione, é preciso fechar os olhos para algumas possibilidades, como, por que os sobreviventes não foram depositados em corpos andróides antes, ao invés de ficaram presos em uma esfera esperando serem resgatados? Será que tão avançada civilização não poderia ter deixado o planeta atrás de outro lugar para viver? Para uma civilização que foi as estrelas milênios antes, este deveria ser um feito simples e fácil.

Juntando tudo e sacudindo, sobra um episodio razoável, mas um sentimento ainda maior de que um material muito promissor foi desperdiçado de forma tão pueril.

 

Citações:

McCoy: "Let's get back to this solid rock business.”
("Vamos voltar ao negó
cio de rocha sólida.")

Kirk: "We faced a crisis in our earlier nuclear age. We found the wisdom not to destroy ourselves."
("Nós enfrentamos uma crise em nossa era nuclear. Nos encontramos a sabedoria para não destruir a nós mesmos.")

Sargon: "There comes to all races an ultimate crisis which you have yet to face... One day our minds became so powerful we dared think of ourselves as gods."
("Virá para todas as raças uma crise final, a qual vocês ainda terão que enfrentar... Um dia nossas mentes se tornaram tão poderosas que ousamos pensar que éramos Deuses.")

Kirk: "Risk. Risk is our business. That's what the starship is all about."
("Risco. Risco é o nosso negocio. É a razão se de ser desta nave estelar.")

 

Trivia:

"Who Mourns for Adonais?" aponta para a possibilidade de sermo todos descedentes de astronautas que teriam vindo para a Terra a Milênios. “Return to Tomorrow”Mantem a linha “Eram os Deuses Astronautas” do outro segmento, como podemos notar pelas origens dos nomes dos convidados especiais.

Thalassa: Thalassa era uma filha de Aether e Hemera. "Thalassa" é também a palavra grega para "mar” e um pequeno satélite natural do planeta Netuno descoberto pela sonda Voyager 2 em 1989.

Henoch: É a adaptação do nome Bíblico Enoque (Chanoch ou Hanokh). Nascido na sétima geração depois de Adão, filho de Jarede, e pai de, Matusalém. Gênesis, capítulo 5, versos 22-24: “E andou Enoque com Deus, depois que gerou a Matusalém, trezentos anos, e gerou filhos e filhas. E foram todos os dias de Enoque trezentos e sessenta e cinco anos. E andou Enoque com Deus; e não apareceu mais, porquanto Deus para si o tomou.”

Sargon.: Sargão da Acádia (2.334 a.C. - 2.279 a.C.) Um dos reis da Suméria, considerada a civilização mais antiga da humanidade, localizava-se na parte sul da Mesopotâmia (atual Iraque), situada entre os rios Tigre e Eufrates. Evidências arqueológicas datam o início da civilização suméria em cerca de 5000 a.C.

Diana Muldaur (Dr. Ann Mulhall): A atriz retornaria a Serie Clássica no episodio “Is There In Truth No Beauty?” como Dr. Miranda Jones. Atriz também substituiu a Doutora Beverly Crusher na segunda temporada da Nova Geração, onde viveu o papel da Dr. Katherine Pulaski. Muldaur recebeu duas indicaçes ao Emmy por sua participação na Serie L.A. Law (1986 - 1994) onde viveu a personagem Rosalind Shays.

James Doohan Mais uma vez o ator mostra seu talento, ao emprestar a sua voz para Sargon.

George Takei: Este foi o primeiro episodio que teve a presença do ator, após a sua ausência devido as filmagens do filme “Os Boinas Verdes” (The Green Berets).

É de estranhar o fato da Doutora Ann Mulhall estar vestindo um uniforme vermelho, e não azul, assim como é de se estranhar que Kirk não a conhecesse, visto que a moça usava nas mangas as insígnias de Tenente Comandante, logo um posto graduado. Alguém pisou na bola.

O primeiro pouso do homem na lua, citado por Kirk, só viria a acontecer um ano após este episodio ter ido ao ar pela primeira vez.

 

Ficha técnica:

Escrito por John Kingsbridge
Direção de Ralph Senensky
Música de George Duning
Exibido em 9 de fevereiro de 1968
Produção: 51

Elenco:

William Shatner
como James Tiberius Kirk
Leonard Nimoy
como Spock
DeForest Kelley
como Leonard H. McCoy
Nichelle Nichols como Uhura
George Takei como Hikaru Sulu

Elenco convidado:

Diana Muldaur como Dr. Ann Mulhall
Majel Barrett como Christine Chapel

 

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