Literatura


 









 

''FIRST FRONTIER "


Escrito por:
Diane Carey e Dr. James I. Kirkland

Publicado por: Pocket Books

Lançamento Original: 1995

Formato: Pocket


Séries: Clássica

Páginas: 383

ISBN: 978-0671520458

 
 

“O espaço, a fronteira final...”

Sempre que ouvimos esta expressão de Kirk ou Picard, pensamos na USS Enterprise saindo por aí em busca do desconhecido e apresentando suas novas aventuras sobre o futuro da humanidade. Mas há uma aventura literária que fala da tripulação clássica da nave se envolvendo num problema cabal e anterior a todos nós. Esta é a história contada por Diane Carey e James I. Kirkland em "First Frontier", obra publicada pela Pocket Books há mais de dez anos, em 1995.

A tripulação original está aqui envolvida num teste de uma nova tecnologia de escudos defletores para as naves da Frota Estelar. Junto com a Enterprise, estão a USS Farragut e a USS Exeter, participando da operação, próximas a uma região de instabilidade provocada por Izzell, uma estrela gigante que possui um intenso brilho azul e uma enorme gravidade e energia. Quando a Enterprise entra em velocidade de dobra próximo a Izell, cai numa fenda temporal e tudo, tudo mesmo muda.

Aqui vemos um tema recorrente das viagens no tempo para mostrar uma galáxia onde a humanidade não existe. E isto se dá porque a Terra está dominada pelos dinossauros, que jamais seriam substituídos pela humanidade porque não houve a queda de um fatídico meteoro na região da América do Norte, formando o Golfo do México e apagando o Sol, o que impossibilitou o desenvolvimento dos dinossauros e permitiu que nós, os primatas, tomássemos conta do planeta. Vale lembrar que este tema já foi especulado num episódio de Voyager chamado "Distant Origin".

Ou seja, sem o meteoro, nem eu, nem você, nem o TB, estaria aqui com nossas insignificantes vidinhas num universo de mais de 100 bilhões de galáxias. Kirk e sua turma encontraram Klingons, Vulcanos e Romulanos um pouco diferentes daquilo que conhecem por não terem tido relacionamento algum com a Federação. Eles se sentem, literalmente, como um peixe fora d’água, pois nada daquilo que conhecem existe, nem é tão significativo nesta linha de tempo.

Desse ponto do livro em diante, vem todo um jogo de negociações e intrigas para prever suas intenções pacíficas e direcionadas para voltarem ao seu presente. Mas antes é necessário impedir as razões pelas quais o meteoro foi desviado da rota de colisão com a Terra.

Assim, a trama de "First Frontier" se completa com a presença de um povo dinossauróide acostumado a viver isolado em seu planeta. Por isso temos nessa linha de tempo a existência do clã dos "Ru". Uma missão encabeçada pelo povo Ru foi enviada a uma primitiva Terra para desviar o meteoro e deixar aflorar apenas o contingente de répteis jurássicos primitivos, num estágio anterior dos homens das cavernas. Eles construíram uma máquina defletora lançada ao espaço para impedir a existência de nossa espécie.

Como a Primeira Diretriz não se aplicaria neste caso, Kirk procura intervir para restabelecer o curso dos acontecimentos de nosso tempo. É bom lembrar que, caso a diretriz máxima da Frota exigisse algum tipo de conformismo à situação, isso não seria problema para Kirk e sua gente, vide as diversas vezes em que foi "chutado o pau da barraca" para nos proporcionar algum tipo de aventura. Não contarei o jeito que nosso heróico capitão dá para vencer as dificuldades, apesar da perna quebrada, do racha no clã dos Ru, e na dupla Klingons que acompanha a missão da Enterprise. Deixo as dúvidas e as inquietudes no ar e sugiro ler o livro. Mas, gostaria de dizer que Kirk é desafiado e desrespeitado abertamente por um de seus subordinados, sem que isso resulte em sua prisão.

Retornando ao seu tempo, o capitão reencontra os Ru, que pensam seriamente em fazer parte da Federação, e talvez isso seja um dos motivos da intensa hostilidade dos Gorn, aqueles outros lagartos bípedes, conforme já vimos no episódio clássico "Arena".

Enfim, são 383 páginas de narrativa sobre as ações mais ou menos conhecidas do público acostumado com a tripulação da Frota Estelar .Vale dizer que romance é interessante por explorar um aspecto pouco apresentado nas séries de Star Trek, como é o caso do mundo primitivo. Aí a gente se sente envolvido por uma ambientação bem mais comum em outras produções, como "Elo Perdido" e "Jurassic Park", o que não é nada ruim, em nome da combinação.

Afinal, trata-se da combinação entre centenas de anos à nossa frente com os milhões de anos atrás de nós, que afetam a nossa vidinha ordinária do presente...

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