LDS 3×10: The Stars at Night

♫ Welcome to the class California, such a lovely ship (such a lovely ship) ♫

Sinopse

Data estelar: 58499.2

Enquanto Ransom supervisiona reparos na Cerritos na Estação Douglas, Freeman se encontra em São Francisco, em reunião com o Almirantado federado, onde a capitão é questionada sobre o preparo de sua tripulação para enfrentar os desafios impostos pelo Projeto Swing By. Apesar do Almirante Buenamigo apoiar Freeman, este faz a proposta de descomissionar toda a classe California e a substituir pela classe Texas no papel de segundo contato, ideia sobre a qual Freeman se mostra contrária devido a desumanização de um processo em que interação direta com as espécies visitadas é importante.

Na Cerritos, os boatos a respeito disso correm soltos, com os alferes preocupados em terem que deixar a nave, e com Rutherford intrigado com detalhes tecnológicos dos drones que colocaram em risco suas atuais posições. Mariner, por sua vez, está se divertindo muito com Petra no seu novo trabalho em recuperar artefatos históricos para os retornar a museus de onde foram roubados. Ela está curtindo bem, mas fica meio desconfiada sobre como as operações de Petra são financiadas.

Em São Francisco, Buenamigo oferece a Freeman o comando operacional de toda a classe Texas, mas a capitão propõe ao almirantado um teste de campo antes de decidirem: a Cerritos contra uma unidade da classe Texas, a USS Aledo, para avaliarem que tipo de nave pode realizar de maneira mais eficiente missões do perfil operacional de segundo contato. O comando da Cerritos aperta seus times para se prepararem bem para a “corrida”.

As duas naves federadas partem para a primeira missão: a instalação de usinas de força em Galardon. Apesar da Cerritos chegar primeiro, a Aledo teleporta para o planeta uma unidade pré-fabricada, e a Cerritos quase fica para trás antes de chegar no segundo destino, onde a tarefa é a construção de um posto avançado. A tripulação avança bem com sua parte da construção, mas a Aledo chega e novamente teleporta a sua parte da instalação.

Contudo, Tendi detecta possível presença de forma de vida senciente no planeta, e eles tem que abrir mão de precioso tempo até se certificarem que não era o caso, para a construção ser finalizada.

O terceiro e final destino é a entrega de suprimentos em um daqueles planetas que entram e saem de fase com o espaço normal durante algumas horas por ano, então aderência ao cronograma é fundamental. A Aledo chega a Ockmenic 9 e teleporta sua carga, com a Cerritos não conseguindo chegar a tempo antes do planeta sair de fase novamente.

De volta a Estação Douglas, Tendi lamenta ter sido a responsável pelo atraso deles, no que Boimler e Rutherford a apoiam dizendo que não faria diferença, embora Rutherford continua se mostrando distraído. Um dos comentários do grupo inspira Freeman, que estava perto, a ir argumentar para Buenamigo que a IA da Aledo deveria ter tido a mesma consideração que Tendi teve sobre a possibilidade de presença de vida senciente.

Nisto, Rutherford se lembra de tudo, ao debugar o código fonte da Aledo — ele percebe que foi o código que escreveu para Buenamigo antes do acidente que o fez ter que usar o seu implante, código esse que é instável por se tratar do mesmo que ele usou no Badgey. Rutherford expõe o que descobriu para Freeman no meio da reunião dela com Buenoamigo, que como bom vilão confessa na comunicação que armou tudo para cima de Freeman para ter vantagem em fazer a Frota adotar o seu projeto. Em desespero, Buenamigo ativa o modo independente da Aledo e a ordena engajar a Cerritos, apesar do aviso de Rutherford sobre a instabilidade do sistema.

A Aledo imediatamente se vira contra o almirante, e dispara contra o centro de comando de Buenoamigo no topo da Estação Douglas o destruindo, e continua a atacar a instalação federada. Os sistemas defensivos da estação engajam a Aledo, mas as outras duas unidades já construídas da classe — a Dallas e Corpus Christi, se juntam a Aledo.

Longe dali, enquanto fuçava nos arquivos de Petra para descobrir quem a apoiava secretamente (Almirante Picard), Mariner descobre sobre o ataque da IA renegada a Estação Douglas, e arrastando Petra a contragosto, partem para ajudar. Na batalha, a Cerritos engaja as naves renegadas com a ajuda da Van Citters, uma unidade da Sovereign, que também se junta a briga.

Freeman atrai a atenção da IA da Aledo usando a presença de Rutherford na Cerritos como isca, fugindo do local em dobra para levar as naves renegadas longe dali. Com a Cerritos ficando sem opções, a tripulação fornece alternativas, e no meio de um monte de sugestões, Boimler exclama para usarem a sugestão de Shaxs: ejetar o núcleo de dobra como uma mina para detonarem em cima das naves renegadas. Shaxs sai todo feliz para finalmente conseguir fazer algo que sempre sonhou, e o bajoriano faz o procedimento para o núcleo ser ejetado e detonar na rota das naves, o que destrói duas delas.

A deriva e sem capacidade de dobra, a Cerritos tem pouco tempo para comemorar, pois a Aledo volta a atacar a nave. Antes que a Freeman pudesse ordenar a tripulação a irem para os módulos de escape, a nave de Mariner e Petra sai de dobra e se junta a batalha, acompanhada por dezenas de outras unidades da classe California. A numerosa frota é mais que suficiente para derrotar a Aledo, que é destruída sem muita dificuldade.

De volta a Estação Douglas, os reparos no local já prosseguem, bem como na Cerritos, que recebe um novo núcleo de dobra, com Mariner se juntando a seus colegas no bar da nave para celebrarem a vitória, e Mariner diz que não esta brava com eles pelas circunstancias que a levaram a sair da Frota, pois agora viu o verdadeiro valor de estar com eles naquela instituição. Durante a celebração, Tendi oferece as boas vindas a uma nova alferes vulcana que se junta a nave, T’Lyn, com Shaxs agradecendo o apoio de Boimler, e Mariner voltando a ficar em bons termos com Freeman.

Comentários

A força de “The Stars at Night” se encontra principalmente naquilo que entrega da interação dos personagens de Lower Decks que atuaram neste encerramento da terceira temporada, particularmente com os pares de personagens principais e secundários que tivemos com Mariner e Freeman e Rutherford e Buenamigo. No caso da alferes, foi possível constatar o resultado do contínuo desenvolvimento de personagem feito com Mariner, e a maneira pela qual ela reagiu aos eventos com a Cerritos sem ela, e a maneira pela qual encarou rever seus colegas ao seu retornou demonstrou bem isto, agindo de maneira magnânima, principalmente com sua mãe. Já com Rutherford, tivemos a conclusão do arco que veio na esteira da temporada anterior, e como esse se relacionou com o Almirante Buenamigo, que foi presença constante ao longo da temporada, embora a “confissão de repassar os eventos” na comunicação com Rutherford e Freeman não foi realmente tão necessária assim.

Tal qual os finais de temporada anteriores, o humor aqui é mais contido, para não soar destoante do payoff dos eventos da temporada, uma vez que o elemento “Aquilo Que Está em Jogo” se torna maior em um episódio de encerrar temporada, mesmo sendo um destes de uma série de tramas despretensiosas como Lower Decks costuma ter em seus episódios mais regulares — o mandato da série não envolve salvarem “toda a vida no universo” toda hora (estou olhando para você, Discovery). Ainda assim, tivemos momentos magníficos de humor com os personagens, com destaque para Boimler apoiar Shaxs e este finalmente conseguir fazer uso tático da ejeção do núcleo de dobra da Cerritos.

A “concorrência” entre as classes foi algo que pelo visto em tela não é um procedimento regular do processo de aprovisionamento e aquisição da Frota Estelar, mas talvez devesse ser, uma vez que se tratava não apenas de atualização de hardware, mas sim a modificação completa do conceito de segundo contato. Freeman tinha razão em bater o pé e exigir aquele tipo de missão ser cumprido por naves tripuladas, pois é algo que depende demais de tête-à-tête com as espécies sendo visitadas, não se trata meramente de entregar itens em locais, e foi basicamente isso que a Aledo fez, nada mais.

Outro conceito muito bem-vindo que “The Stars at Night” introduziu — ou melhor, consolidou — foi o estabelecimento claro de um “Esprit de Corps” para o departamento da Frota Estelar que cuida dos serviços de segundo contato e logística relacionada. Esse tipo de formalização de departamentos e setores dentro da Frota como um todo é algo que faz muita falta, e mais uma vez Lower Decks colabora na construção de mundo geral da franquia com os elementos que retrata.

Pessoalmente eu teria preferido que isso tivesse sido centrado mais no conceito de criarem um departamento específico com título próprio do que centrar apenas e tão somente na classe de naves utilizada para tal, pois isso ajudaria a formalizar o estilo de uniforme da série como sendo desse departamento, ao incluir outras classes de naves que tem perfil operacional semelhante e usam o mesmo uniforme, como a classe Parliament (USS Vancouver). Mas, considerando os termos pelos quais eles queriam escrever o final da temporada, e os elementos da “conspiração” retratada, é compreensível que tenham optado por centralizar isso na classe Califórnia, uma vez que o conceito em si da classe é bem enraizado na premissa geral da série.

Mais do que qualquer outra série de Jornada, Lower Decks está consolidando seu núcleo regular de vilania em torno de inteligências artificiais, e foi o caso com esse final de temporada. Algo positivo na medida que oferece para a série uma voz e estilo próprios neste campo, e deixa possibilidades de integração com elementos do mesmo tipo visto em outras séries, como o rolo com androides que ainda está alguns anos adiante da época da série, tal qual relatado na primeira temporada de Picard. E com Badgey, AGIMUS e Cesta de Amendoim ainda aí fora, temos muito a ver sobre o tema ainda.

O episódio, contudo, demonstrou ter dois problemas conceituais que isoladamente talvez não fizessem tanto ruído, mas chamam a atenção demais em conjunto. O primeiro destes é novamente o uso do conceito de “Almirante Malvado” (Badmiral). Velha trope de Jornada ao ponto de ter verbete próprio no TV Tropes e até mesmo Freeman mencionar em tela, é algo que já foi retratado de formas mais inócuas, como meramente incompetência (Comodoro Stocker em TOS) ou somente chatice (Almirante Nechayev em TNG) e também já ocorreu de maneiras bem mais nefastas, como conspirações (Almirante Cartwright em Star Trek VI), tentativas de golpe (Almirante Leyton em DS9), extrapolação de autoridade em operações clandestinas (Almirante Dougherty em Star Trek: Insurrection), etc.

Tudo isto ocorre por puro fiat de escritor para servir as tramas, claro. Contudo, é o tipo de coisa que quanto mais acontece, pior todas as utilizações anteriores também se tornam devido o histórico criado, e faz o Almirantado federado parece uma junta de generais bananeiros de algum Buracostão de terceiro mundo. Aqui em “The Stars at Night” foi até bem integrado ao arco geral da temporada e a história pregressa de Rutherford, mas a agenda em particular de Buenoamigo era mesquinha demais para o tipo de decisão que tomou, então além de ser mais uma vez um uso indesejado de uma trope batida, ocorreu com uma motivação frívola. Se a trama pede o uso do Badmiral, a essa altura do campeonato tem que se ter uma razão muito boa para isso, e não me pareceu que foi o caso, por mais bem integrado ao arco que tenha sido.

E o segundo problema conceitual está em seu clímax. Por nada menos do que quatro vezes em quatro anos, tivemos a situação de vermos naves federadas disparando umas contra as outras em finais de temporada de séries modernas de Star Trek. A primeira delas foi no final da segunda temporada de Discovery (“Such Sweet Sorrow, Part II”), a segunda com este final da terceira temporada de Lower Decks, a terceira com o final da primeira temporada de Prodigy (“Supernova, Part 2”) e a quarta vez com o final da terceira temporada de Picard (“The Last Generation”), sendo que as três vezes mais recentes aconteceram com apenas meses de distância na produção e exibição uma da outra.

Sim, as situações são distintas e plenamente justificáveis dentro dos contextos das tramas. Também é de se mencionar que destas quatro ocasiões diferentes, a de “The Stars at Night” foi a segunda, precedendo aquelas vistas em Prodigy e Picard. Contudo, ter esse trope se repetindo tantas vezes chama a atenção demais para si mesmo, e não de uma forma boa, e se trata de mais outro tipo de situação que toda vez que é utilizada, faz todas as demais utilizações anteriores também piorarem em retrospecto, tal qual com o conceito de Badmiral.

É compreensível que os showrunners individuais não devem sentir-se podados em suas intenções criativas ao mapearem uma temporada, e não seria absolutamente justo julgar um elemento do episódio apenas e tão somente por sua relação indireta ao restante da franquia. Contudo, uma coordenação entre as diferentes equipes poderia ter evitado uma situação destas que individualmente não teria tanto problema, mas em conjunto cria ruído demais, especialmente com tão pouco tempo entre três destes episódios. Talvez isso seja resultado de um esgotamento do estoque de espécies potencialmente antagônicas para oferecerem situações válidas de finais de temporadas? Talvez, considerando que algumas espécies foram transformadas em aliados (Klingons), outras foram enfraquecidas (Romulanos, Cardassianos), outras nerfadas (Ferengis) e assim por diante.

Em itens menores, finalmente tivemos a introdução tão esperada de T’Lyn ao elenco. Que a vulcana viria a dar as caras eventualmente não é surpresa, dado o histórico da série em desenvolver os seus personagens secundários, mas isso ocorreu apenas no apagar das luzes da produção da terceira temporada devido a eles não terem realmente antecipado o quão popular a personagem viria a ser na esteira do episódio “wej Duj”.

No frigir dos ovos, um episódio que tem o coração no lugar certo, mas problemas conceituais dos elementos utilizados nele comprometem a coesão geral do conjunto. Ainda assim, as suas melhores partes deixam a promessa de uma interessante quarta temporada.

Avaliação

Citações

“Shall I commence, Admiral?”
“Negative, Aledo. Let’s make this interesting. Give them a head start.”

(Eu devo iniciar, almirante?)
(Negativo, Aledo. Vamos deixar isso interessante. Deixe eles saírem na frente.)
Computador da Aledo e Buenamigo, sobre iniciar a corrida

“The Aledo has activated two more Texas-class ships, Captain.”
“There’s too many of them! Put out a distress call, all channels!”

(A Aledo ativou duas naves adicionais da classe Texas, capitão.)
(Tem naves demais destas…! Mande um sinal de socorro, todos os canais!)
Shaxs e Freeman, sobre a Aledo ganhar reforços

“Maximum warp me!”
(Me dobre ao máximo!)
Freeman, ordenando a Cerritos entrar em dobra

“I’ve dreamed of this for so long. Eject.”
(Eu sonhei por tempo demais com isso. Ejetar.)
Shaxs, ativando o processo de ejeção do núcleo de dobra da Cerritos

“You gave me everything I ever asked for. You’re in the bear pack now!”
“Are you… my bridge buddy?”
“Absolutely, Baby Bear!”
“Awww, bears!”

(Você me deu tudo o que sempre quis. Você está no grupo dos ursos agora!)
(Você é… meu amigo de ponte?)
(Absolutamente, Ursinho!)
(Awww, ursos!)
Shaxs, Boimler e Rutherford, sobre o tenente agradecer ao alferes pela chance de ter ejetado o núcleo de dobra.

Trivia

  • “The Stars at Night”, o título do episódio, vem da primeira linha da letra da canção popular Deep in the Heart of Texas.
  • O primeiro nome do cara da toalha é Hans e ele é o rei das fofocas da Cerritos. Seu sobrenome Federov foi revelado em “Room for Growth”, o 4º episódio desta temporada,
  • A nave Van Citters da classe Sovereign (NCC-72504) é nomeada para John Van Citters, vice-presidente de desenvolvimento da marca Star Trek na Paramount.
  • A Carlsbad NCC 73110 apareceu no início desta temporada em “Mining the Mind’s Mines”, a USS Oakland NCC 75012 em “Much Ado About Boimler”, a USS Merced em “Moist Vessel”, a USS Inglewood em “The Least Dangerous Game”. A Sacramento também já tinha sido mencionadas.
  • A Alhambra foi a nave que a Dra. T’Ana confundiu com a Cerritos, com a tripulação bizarra que incluía o Freeman masculino e o Boimler voador no episódio “Veritas”.
  • A Inglewood é a nave com a tripulação totalmente boliana, liderada pelo alferes Vendome da Cerritos.
  • Incluindo a Cerritos, a frota da classe Califórnia inclui 24 naves, cada uma com desenhos sutilmente diferentes da pintura do casco: Oakland, Alhambra, San Diego, San Clemente, Sherman Oaks, Vacaville NCC 72707, Burbank, Fresno, Santa Monica, San Jose, Sacramento, Culver City, Anaheim, Riverside, Vallejo, West Covina, Pacific Palisades, Redding, Eureka, Mount Shasta, Merced, Carlsbad e Inglewood.
  • Há algumas naves de classe California previamente vistas ou referenciadas, que não foram nomeadas, mas que presumivelmente fizeram parte da batalha, incluindo a Bakersfield e a Ventura.
  • Quase todas as naves da classe Califórnia parecem ter displays LCARS em cores diferentes.
  • As outras duas naves da classe Texas eram a Dallas e a Corpus Christi, nomeadas para cidades do Texas.
  • O episódio final da temporada teve a Cerritos lutando contra a inteligência artificial (IA) desonesta no controle das naves da classe Texas do almirante Buenamigo, começando com a USS Aledo. Star Trek tem uma longa história de IAs do mal, desde o episódio “The Ultimate Computer” da Série Clássica, quando a unidade multitrônica M-5 foi instalada na USS Enterprise e ficou descontrolada, dando início a uma onda de destruição. A interface do Buenamigo para a USS Aledo era compatível com a M-5. No final, o capitão Kirk foi capaz de convencer a M-5 a se autodestruir, mas quando a capitão Freeman perguntou “Há algo que eu possa dizer para aprisionar essas IA em uma espiral lógica? Rutherford, que projetou a IA, disse que ela “estava protegida contra paradoxos”.
  • Este episódio revelou que o almirante Les Buenamigo estava por trás de uma trama nefasta, adicionando-o a uma longa lista de almirantes maus de Star Trek. Freeman na verdade afirmou isso, implorando a Buenamigo como “não um daqueles almirantes de má-fé que não está fazendo nada de bom, você é melhor do que isso, Les”, mas ele deixou claro que não era melhor, dizendo “Eu realmente não sou”. Buenamigo era parte de uma conspiração que apareceu quando ele trabalhou com outros para roubar os planos de IA de Rutherford e apagar sua memória. Mas a morte horripilante do almirante no final, sob o feiser da Aledo, lembra o fim de outra conspiração, no episódio “Conspiration” de A Nova Geração.
  • Enquanto os chefes de departamento preparavam suas divisões para a grande corrida com a Aledo, o comandante Billups disse a seus engenheiros que queria “engenharia de classe Galaxy”, referindo-se às naves de classe Galaxy introduzidas em A Nova Geração, como a USS Enterprise-D. Billups acrescentou: “Eu quero ver o trabalho do nível do comandente Data, pessoal. É melhor que esses chips isolineares sejam um borrão”. Isto se refere à cena do episódio “The Naked Now” de A Nova Geração quando o comandante Data teve que substituir rapidamente um banco de chips isolineares na engenharia, para ligar novamente os motores e salvar a nave.
  • A Dra. T’Ana também estava emitindo ordens na enfermaria e para garantir total obediência utilizou seu chicote de equitação. Isto parece ser uma referência ao capitão Styles, que comandou a Excelsior em Jornada nas Estrelas III: À Procura de Spock, e carregava um chicote. Esta também é uma referência ao final da 2ª temporada de Lower Decks, quando Mariner estava preocupada em conseguir um novo oficial comandante dizendo: “Podemos acabar com algum esquisitão com um chicote de equitação”.
  • A contribuição de Ransom para o preparo da nave foi informar ao pessoal de comando sobre a maneira adequada de sentar-se em uma cadeira, demonstrando a manobra Riker da cadeira, a maneira única do comandante William Riker de entrar e sair de cadeiras. Ransom instruiu: “Passe sua perna por cima do encosto e se senta aí. Comande essa cadeira”!
  • A reunião do Comando da Frota Estelar, onde Buenamigo enfrentou Freeman apresenta a mesma mesa e as lâmpadas Jazz, projetadas pela Porsche para a Italiana Luce, junto com ângulos de iluminação do Comando da Frota Estelar de Jornada nas Estrelas VI: A Terra Desconhecida, quando Spock fez seu resumo no início do filme. As lâmpadas também foram vistas em “The First Duty” de A Nova Geração e “Horizon” de Enterprise.
  • Shaxs finalmente consegue seu maior desejo: ejetar o núcleo de dobra. Este foi um grande momento para ele e sua viagem da ponte para a engenharia teve a tripulação alinhada nos corredores, mostrando o respeito que ele merecia. Isto fez lembrar o episódio “Homestead” de Voyager, quando Neelix deixou a nave pela última vez, com a tripulação alinhada nos corredores para mostrar seu respeito.
  • Naves da Frota Estelar que ejetaram seu(s) núcleo(s) de dobra ocorreram no episódio “Day of Honor” de Voyager, e nos filmes Star Trek, de 2009 e Jornada nas Estrelas: Insurreição.
  • Enquanto a tripulação da Cerritos corria com a USS Aledo, Mariner teve sua própria aventura após deixar a Frota Estelar para se juntar à arqueóloga espacial Petra Aberdeen. Primeiro vemos Mariner recuperando um ídolo de alguns ferengi e sendo perseguida em uma cena de Indiana Jones, tirada de Os Caçadores da Arca Perdida (Raiders of the Lost Ark), com a Mariner segurando uma versão klingon do clássico ídolo da fertilidade Chachapoyan do filme. Uma versão deste ídolo também foi vista nos aposentos de Dax no episódio “Dax” de Deep Space Nine.
  • A partitura desta cena é semelhante à de John Williams no filme.
  • O episódio também revelou que Jean-Luc Picard estava apoiando o Guilda de Arqueologia Independe com uma enorme doação, com Petra observando “Esse cara ama múmias ainda mais do que você”. Em A Nova Geração, foi estabelecido que Picard tinha interesse em arqueologia desde o seu tempo na academia. No episódio “The Chase” Picard revelou que uma vez considerou seguir uma carreira na arqueologia. Esta é a referência mais antiga da linha do tempo para Picard como almirante. O interesse de Picard pela arqueologia espacial continuou até o século 25, incluindo a posse de uma tábua bajoriana, como visto no Chateau Picard no episódio “The Star Gazer” de Picard.
  • Além de visitar a Estação Douglas e o Comando da Frota Estelar, o final da temporada referiu a uma série de outros locais importantes. O ídolo que o Mariner recuperou deveria ser devolvido ao Museu Histórico de Qualor, em Qualor III. O Sistema Qualor foi mencionado muitas vezes na franquia e a USS Enterprise-D visitou Qualor II no episódio “Unification” de A Nova Geração. Mariner e Tendi também visitaram Qualor II no episódio “We’ll Always Have Tom Paris”. O episódio anterior de Lower Decks também estabeleceu que Qualor é conhecido por suas vitaminas e Petra disse à Mariner que ela teria suas duas vitaminas no caminho de volta do museu.
  • Os três destinos da corrida Cerritos/Aledo também tinham conexões. O primeiro foi o planeta capital do sistema Galar, do episódio “Second Contact”, de estreia de Lower Decks. A segunda parada foi para o planeta sem vida LT-358, com um estilo de nomenclatura similar ao usado na franquia Alien, como o planeta do primeiro filme LV-426. E a última parada foi para Ockmenic 9, descrito como um planeta do tipo Brigadoon, nome de um filme americano, que só se transforma em espaço regular periodicamente, como o planeta Meridian do episódio “Meridian” de Deep Space Nine.
  • Além das naves galardonianas já vistas no episódio “Second Contact” da primeira temporada, este episódio apresenta dois novos designs de naves galardonianas.
  • A Cerritos inicia o episódio na Estação Douglas, que é onde estava na abertura do episódio piloto “Second Contact”.
  • O exterior do Comando da frota Estelar sua aparência no episódio “Home Front” de Deep Space Nine, com seu design baseado no pavilhão da General Motors da Feira Mundial de 1969.
  • A rota de Mariner e Aberdeen até Qualor os leva através da Expansão Bitrus. A Cerritos se dirigia anteriormente para a Expansão Bitrus após os eventos de “Strange Energies”, o primeiro episódio da 2ª temporada.
  • Para Freeman é oferecida sua promoção ao posto de capitão de Frota, um posto raramente ouvido em Star Trek, mas que foi anteriormente ocupado tempor[ariamente por Christopher Pike.
  • O cargo anterior da Doutora T’Ana era a bordo de uma nave de classe Oberth, a nave científica que estreou em Jornada nas Estrelas III: À Procura de Spock. Ela serviu lá por sete anos.
  • Quando a Cerritos aumenta a velocidade para tentar fugir das naves da classe Texas, a temperatura do núcleo de dobra aumenta, assim como em “Where No One Has Gone Before”. A sequência de ejeção também espelha a da Voyager, ejetando seu núcleo de dobra em “Day of Honor”.
  • T’Lyn está usando uma insígnia provisória , vista com mais destaque nos tripulantes Maquis da Voyager,  significando que serve a bordo de uma nave da Frota Estelar, mas não teve originalmente treinamento da Frota Estelar.
  • A Cerritos faz uma avaliação completa de autoconsciência na areia onde eles constroem o posto avançado, provavelmente inspirados pelos eventos de “Home Soil” de A Nova Geração.
  • As torres da Estação Douglas parecem semelhantes às que foram instaladas em Deep Space Nine antes dos eventos de “The Way of the Warrior”.
  • A frota de naves apenas da classe californiana pode ser um aceno sutil ao “copia e cola” da frota da classe Inquiry, liderada por Will Riker, no final da 1a temporada de Star Trek: Picard.
  • Depois de um ano de espera, a vulcana T’Lyn faz sua primeira aparição após ser enviada à Frota Estelar em “wej duj” – e parece que vamos vê-la muito mais na quarta temporada.
  • O oficial de operações da USS Merced, que foi em uma missão distante na nave geracional e ainda era tenente no episódio “Moist Vessel”️ foi promovido a comandante nesse meio tempo e é o primeiro oficial desta nave.
  • O cartão perfurado (Compre 10 e ganhe 1 grátis) de Petra Aberdeen, que ela quer usar para comprar vitaminas (slushies) em Qualor II apresenta os copos de vitaminas vistos anteriormente em Qualor II no episódio “We’ll Always Have Tom Paris”.
  • A tática de derrotar naves inimigas usando o núcleo de dobra ejetado como uma mina/torpedo poderá um dia ser chamada de Manobra Shaxs ou de a Manobra Dal que fez o mesmo no episódio “Kobayashi” de Star Trek: Prodigy.
  • O auricular que a Mariner está usando em sua viagem arqueológica lembra aquele usado por Hoshi Sato no episódio “Broken Bow” de Enterprise.
  • Quando Billups pede a Rutherford para jogar “o scanner que parece um discriminador de fase”, o que ele joga realmente parece uma braçadeira discriminadora de fase, como vista no episódio “Deadlock” de Voyager.

Ficha Técnica

Escrito por Mike McMahan
Dirigido por Jason Zurek

Exibido em 27 de outubro de 2022

Título em português: “As Estrelas à Noite”

Elenco

Tawny Newsome como Beckett Mariner
Jack Quaid como Brad Boimler
Noël Wells como D’Vana Tendi
Eugene Cordero como Sam Rutherford
Dawnn Lewis como Carol Freeman
Jerry O’Connell como Jack Ransom
Fred Tatasciore como Shaxs
Gillian Vigman como T’Ana

Elenco convidado

Carlos Alazraqui como Les Buenamigo e Computador da Aledo
Georgia King como Petra Aberdeen
Paul Scheer como Andy Billups
Carl Tart como Kayshon
Paul F. Tompkins como Migleemo
Jessica McKenna como Barnes
Toks Olagundoye como Amina Ramsey
Sam Richardson como Vendome
Al Rodrigo como Durango
Baron Vaughn como Maier
Michelle Wong como almirante da Frota Estelar
Gabrielle Ruiz como T’Lyn

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