Nana Visitor queria ser Kathryn Janeway!

A atriz Nana Visitor (Kira Nerys) deu uma entrevista a Ian Spelling para a última edição da revista britânica “Star Trek: Monthly”. O que mais chamou a atenção dos fãs da atriz foram dois pontos. O primeiro foi ela dizendo ter tremido nas bases ao encontrar uma pessoa famosa (afinal, então ela sabe como nós nos sentimos!); o segundo quando disse que o copo está cheio até a boca, uma alusão ao seu estado extremamente otimista. Alguém está muito feliz!

Além disso, Visitor comentou seu trabalho em Jornada nas Estrelas e o papel que ela gostaria de ter tido: Kathryn Janeway. O Trek Brasilis publica agora a entrevista na íntegra em português, traduzida por Mariana Pedroso.

Por Ian Spelling para Star Trek: Monthly.

Em cada número, nós perguntamos para as estrelas de Jornada nas Estrelas grandes questões. Esse mês: Nana Visitor. Como Coronel (Major) Kira ela ajudou a manter Deep Space Nine girando constantemente em seu eixo por sete temporadas, e recentemente completou a participação como uma vilã em Dark Angel e estrelando em Chicago na Broadway. Mas Nana Visitor já viu um filme ‘Carry On’? Ian Spelling encontra com Visitor (e seu filho mais velho, Buster) em Manhattan num jantar e descobre.

Você já desejou viver no futuro? “Sim. Atualmente, uma coisa que eu desejaria é poder ser teletransportada para os lugares. Na minha mente, quando marco encontros e coisas é como se eu pudesse ser teletransportada. Eu nunca me dou tempo para as viagens, então eu sempre acabo chegando atrasada. Então, teletransporte seria uma grande coisa.”

Deus é um velho homem com uma barba branca? “Não. Ele é tudo o que vemos e sentimos e observamos, e em alguns casos não.”

Qual é a sua idéia de felicidade perfeita? “Paz.”

O que a deixa triste? “Como as pessoas podem ser cruéis.”

Qual é a sua memória mais apreciada por trabalhar em Star Trek: Deep Space Nine? “Eu tenho uma que realmente aprecio. Foi no fim da primeira temporada e início da segunda. O elenco foi reunido e nós tínhamos uma cena todos juntos, o que não era usual. Era começo do dia e nós os encontramos. Nós tínhamos muito o que falar e estávamos andando por lá. O diretor disse que era como dirigir um bando de cachorros selvagens. E era verdade, porque nós éramos incontroláveis. Mas ainda havia tanto prazer nisso, porque estávamos realmente felizes em vermos uns aos outros.”

Qual tem sido o aspecto mais estranho de sua associação com Jornada nas Estrelas? “Estranho? Eu não acho que haja nada estranho. Tudo tem sido ótimo. Todas as viagens que tenho feito ao redor do mundo como resultado de Jornada nas Estrelas tem sido maravilhoso. Mas não é estranho. Estranho? Ok, estranho. Estranho é se ver em uma efígie. A coisa da boneca é estranho. Ser vendida na Toys R Us é estranho.”

Qual a sua piada favorita? “Eu tenho uma. O que você sabe… Oh, eu não posso dizer. Por causa do Buster e porque estamos falando para uma revista para a família. Eu simplesmente não posso dizer.”

Qual a melhor fofoca você já ouviu sobre si mesma? “Oh meu Deus! Não pode ser melhor do que qualquer coisa que eu sei, as coisas que são verdade.”

Qual objeto você sempre carrega contigo? “Eu sempre carrego um telefone. Eu deveria dizer novas fotos dos meus filhos, mas eu tenho fotos amassadas na minha carteira. Então é meu telefone, fotos amassadas dos meus filhos e minha agenda de compromissos que eu nunca abro.”

As mulheres são melhores capitãs de naves? “Sim.”

Qual seria seu lema pessoal? “Namaste. É um termo usado em ioga. E isso significa reconhecer Deus em todo mundo.”

Como foi seu último aniversário? “Eu estava em Vancouver trabalhando em Dark Angel. Eu estava longe da minha família e fui sozinha a um restaurante. Eu pedi um Martini e um bife. Eu liguei para todo mundo do meu celular. Foi triste, mas não tanto. Eu estava trabalhando”

Se você pudesse estrelar num filme ou seriado do passado ou presente, o que você faria? “Um filme do Bond. Eu seria uma garota Bond.”

Se você pudesse ter feito qualquer outro papel que não a Kira em Jornada nas Estrelas, quem você gostaria de fazer? “Ah, isso é fácil. Eu teria feito a Janeway. Eu fui desesperada atrás dos produtores para eles me darem uma chance e eles disseram, ‘Você já tem um emprego.'” Como é a sua casa? “Como é minha casa? Meu apartamento é pintado de preto, e nós temos almofadas muito coloridas e quadros muito coloridos nas paredes. Então tudo o que você pode ver são cores e o céu de Nova York.”

Você já viu um filme ‘Carry on’? “Não, eu nem sei o que é isso.” [N.T.: Nem eu!]

Quem você diria que foi a grande inspiração da sua vida? “Minha mãe.”
Quando foi a última vez que você surpreendeu-se a ver alguém famoso? “Eu realmente não me surpreendo ao ver gente famosa, mas a última vez foi quando eu tinha 25 e estava fazendo 42nd Street. Cary Grant foi assistir ao show e depois foi ao camarim. A 100 metros você podia sentir o carisma do homem. E eu me surpreendi. Tem uma foto nossa juntos e eu nem o abracei. É como se eu não pudesse tocá-lo. Eu parecia um animal na frente do farol de um carro. Eu estava estupefata.”

Quando você teve sua última ressaca? “Oh meu Deus. Anos e anos atrás. Eu não sou tão estúpida.”

Você trabalha muito? “Sim. Regularmente. Duro.”

O copo está meio vazio ou meio cheio? “Meio cheio. Na realidade, no momento está quase cheio até a boca.”

Você mesma faz suas compras? “Absolutamente. Eu não confio em ninguém para comprar minhas verduras.”

Com que freqüência você é reconhecida pelas pessoas na rua? “Freqüentemente. Eu estava conversando outro dia com alguém que não é do show business e eles disseram que deveria ser chato. Eu devo dizer que quando anos atrás eu estava fazendo novelas, isso poderia ser chato porque as pessoas as vezes não faziam distinção entre eu e meu personagem, e eles pensavam que me conheciam. Mas em sua maioria, fãs de Jornada nas Estrelas são pessoas sofisticadas. Eles dizem, ‘Eu não quero atrapalhar, mas eu realmente quero dizer o quanto gosto de seu trabalho.’ O que poderia ser melhor do que isso? Você não gostaria que alguém viesse até você para dizer, ‘Seu trabalho é incrível, obrigada por isso?’ E eles fazem isso.”

Quando foi a última vez que você se preocupou com dinheiro? “Eu sempre me preocupo com dinheiro.”

Qual o tamanho de um pedaço de barbente? “Ah, essa é uma daquelas perguntas profundas. Eu gosto disso. Qual o tamanho de um pedaço de barbante? Eu diria que infinito.”

Quando foi a última vez que você esteve nua em público? “Nunca. Nunca. Eu não faço nudez em meu trabalho.”

Qual foi o último livro que você leu? “Eu leio tantos. O último? ‘The Three Agreements’.”

Qual foi o último álbum que você escutou? “Um álbum de natal de jazz. É uma daquelas compilações de feriado.”

Quão longe é muito longe? “Quando a sua ética pessoal é comprometida.”

Catchup ou brown sauce? “Catchup.”

Nick Jones, editor da Star Trek Monthly gênio ou louco? “Eu diria gênio.”

Você já sentiu-se tentada a bater em algum colega? “Lembrar ou bater? Nós sabemos a resposta para lembrar! Se você quer dizer bater, então não.” [N.T.: A formulação pergunta tem duplo sentido –‘hit on something’ pode significar bater em algo ou lembrar de algo]

Você mentiu desde que eu comecei a te fazer essas perguntas? “Não!”