DS9 2×05: Cardassians

Conflito entre Bajor e Cardássia dá combustível à dupla Bashir e Garak

Sinopse

Data Estelar: 47177.2.

Bashir e Garak estão tendo o seu já tradicional almoço semanal, quando uma coisa chama a atenção do alfaiate. Ele vê um bajoriano de meia idade e um menino cardassiano (de uns 12 anos) em uma mesa próxima. Garak vai até a mesa deles e oferece os seus cumprimentos ao garoto, quando este o ataca e dá uma mordida em sua mão. Bashir intervém e separa os dois, enquanto o garoto procura segurança, abraçando o bajoriano.

Bashir informa o incidente aos outros oficiais no OPS (Centro de Operações da estação), e diz também que o bajoriano está criando o garoto cardassiano como seu próprio filho. Kira diz que ele provavelmente é um dos órfãos deixados para trás quando os cardassianos abandonaram o setor bajoriano. Dukat chama Sisko pelo subespaço.

Dukat (para surpresa de Sisko) já soube do incidente entre o garoto e Garak. Ele insiste que os órfãos cardassianos estão sendo criados para odiar a sua própria espécie. O comandante acha que ele está exagerando o incidente, e se oferece para investigar. O gul agradece a oferta e diz que o caso dos órfãos o interessa muito e que ele anseia poder trazer todas essas crianças de volta à sua terra natal.

(Dukat também demonstra uma estranha preocupação com Garak.)

Sisko e Bashir visitam Proka, o pai adotivo bajoriano do menino cardassiano, que se chama Rugal. O bajoriano diz que as suspeitas de Dukat são infundadas e que ele e sua esposa apenas disseram ao rapaz o que os cardassiano fizeram durante a ocupação, deixando que ele tomasse as suas próprias conclusões. Ele e sua esposa o amam como se ele fosse, DE FATO, bajoriano, sua própria carne e sangue.

Bashir se encontra com Zolan, um empresário alienígena conhecido da família de Proka. Ele diz que Rugal é vítima de extremo abuso e que Proka e sua esposa o transformaram em sua “vingança pessoal” contra os cardassianos. Proka nega totalmente tais acusações. Sisko decide, por bem, transferir provisoriamente a guarda de Rugal para os O’Brien, enquanto ele determina quem está dizendo a verdade.

Bashir diz a Garak na enfermaria, que o incidente pode ajudar Dukat em seu esforço de trazer os órfãos de volta a Cardássia.

Sisko está falando com Dukat pelo subespaço. O comandante vai enviar uma amostra de DNA de Rugal para que o cardassiano possa verificar se o garoto ainda possui algum parente vivo. Bashir interrompe a conversa e pergunta a Dukat se ele foi o responsável pela evacuação dos cardassianos de Bajor e por que, então, ele resolveu deixar os órfãos para trás. O gul confirma que foi o responsável pela evacuação. E diz também que todas as decisões envolvendo a retirada dos cardassianos foram tomadas pelos líderes civis, decisões das quais ele sempre discordou. Dukat agradece Bashir pela preocupação e desliga.

Bashir diz que Dukat está mentindo, porém não tem nada em se que apoiar a não ser na desconfiança de Garak. Sisko está bastante bravo com o médico por ele ter interrompido a conversa com Dukat, e diz para ele avisar a Garak que se apresente em seu escritório às 21:00 horas.

O’Brien chega em casa e encontra Rugal com um PADD em seu sofá, enquanto Keiko põe a mesa do jantar. O chefe está preocupado por saber que o garoto brincou com a sua filha Molly. O’Brien não faz muita força em disfarçar o preconceito em relação aos cardassianos, adquirido quando ele lutou contra eles nas guerras de fronteira. Porém, quando todos sentam-se à mesa, O’Brien e Rugal têm algo em comum: nenhum deles quer comer o prato típico cardassiano que Keiko preparou especialmente para o jovem hóspede.

Tarde na noite, Rugal retorna à sala de estar, enquanto O’Brien está trabalhando no computador. Ele diz que considera Bajor a sua casa e o casal de bajorianos que o adotaram, os seus pais. Eles podem odiar cardassianos, mas não a ele, eles nunca o maltrataram. O’Brien diz que não podemos fazer generalizações sobre uma raça inteira e que gostou de tê-lo conhecido. Rugal se ressente por ser cardassiano.

Bashir acorda Sisko e pede um explorador, pois Garak (que havia acordado Bashir anteriormente) precisa ir a Bajor mas não quis dizer o motivo. Um sarcástico Sisko pergunta se um explorador será suficiente e, em seguida, chega uma nova transmissão de Dukat. Os cardassianos descobriram que o pai de Rugal é um proeminente político de nome Kotan Pa’Dar, que acreditava que o filho tinha morrido em um ataque terrorista em Bajor. Pa’Dar já soube das boas novas e está a caminho da estação para se reencontrar com o seu filho. O comandante observa que não é tão simples assim, pois a acusação de abuso não foi confirmada e o garoto chama Bajor de lar e Proka, de pai. Dukat diz que o reencontro com o verdadeiro pai vai mudar isso tudo, e desliga. Bashir diz que isso e o pedido de Garak não podem ser uma simples coincidência. Sisko diz que só existe um meio de descobrir o que o alfaiate sabe.

Bashir e Garak visitam um (de fato) orfanato na província Tozak, no planeta Bajor. O médico diz à supervisora do local (uma bajoriana de nome Deela) que eles procuram informação sobre o processo da adoção de Rugal por Proka. Deela não reconhece nenhum dos nomes e diz que não vai ser possível recuperar registros tão antigos. Garak insiste em que os cardassianos são meticulosos mantenedores de registros e que, com certeza, existem registros detalhados daquele tempo.

Os computadores não funcionam, mas Garak se oferece para consertá-los (mais uma desconhecida faceta dele). Ele consegue fazer o computador funcionar, mas não acha registro com os nomes de Rugal ou Pa’Dar. De qualquer forma, ele “baixa” toda a base de dados da província em um “clip” de dados, mas, quando os dois se viram da frente do terminal, dão de cara com um monte de crianças cardassianas. Uma menina (Asha) pergunta se eles vieram para levá-los para Cardássia e Garak responde que ele lamenta que não. Eles vão embora, com Bashir olhando para trás um sem número de vezes.

Na viagem de volta no explorador, Bashir ordena parada total e diz que quer respostas de Garak. Este lamenta que Bashir esteja chateado com a situação dos órfãos, mas crianças sem família não têm status algum em Cardássia. Bashir diz que, se Garak não explicar o que está acontecendo, eles vão ficar ali até apodrecer.

Garak, então, guia Bashir na “descoberta” de que Pa’Dar, um grande líder civil, foi responsável pela ordem de evacuação de Bajor, tornando-o um inimigo político de Dukat. Juntando isso ao reaparecimento do filho perdido de Pa’Dar e ao imediato e absoluto interesse do gul pelo menino, não resta dúvida de que Dukat está envolvido até o pescoço em toda essa história.

Pa’Dar chega à estação e vai aos aposentos de O’Brien, onde fala a sós com o chefe de operações. O’Brien diz que o garoto odeia tudo o que ele é, e que ele não vai querer voltar para Cardássia. Pa’Dar lamenta muito, e diz que, em Cardássia, família é tudo. Abandonando o seu filho (mesmo sem conhecimento disso), ele arruinou tudo que um cardassiano acredita. Keiko entra nos aposentos com Rugal e pai e filho ficam frente a frente. Mesmo diante das desculpas sinceras do seu pai biológico, o garoto diz que foi tudo culpa de Pa’Dar, chama-o de açougueiro e que os bajorianos mataram seu filho pelos seus crimes e corre para o quarto de dormir.

Pa’Dar e Proka discutem no escritório de Sisko. Após alguma conversa com o comandante, eles concordam que ele seria um bom arbitrador na questão. Odo informa Sisko que Dukat acaba de chegar.

Uma audiência informal de custódia é convocada e Dukat está presente, “pelas crianças”, diz ele. Enquanto Pa’Dar explica a todos os acontecimentos envolvendo a suposta morte do filho, Bashir e Garak continuam trabalhando na base de dados “baixada” pelo alfaiate. Este deduz que o arquivo foi apagado e (aparentemente por mágica) descobre quem o escreveu originalmente: Jomat Luson. Luson, chamada pelo subespaço, diz que se lembra de Rugal, pois ele era o único menino vivendo no orfanato naquela época. O mais estranho nesse caso é que ele foi trazido por uma oficial cardassiana, que disse o nome do rapaz para registro. Essa oficial era ligada ao comando de Terok Nor.

Bashir e Garak entram no recinto da audiência e o médico, com permissão de Sisko, começa a questionar as testemunhas. Ele pergunta a Pa’Dar se o assunto Rugal já se tornou público em Cardássia e o que acontecerá com ele se isso vier a acontecer. Pa’Dar responde que ainda não e que, quando isto vier à tona, sua carreira política será arruinada. Bashir levanta a coincidência de que está para começar um inquérito em Cardássia sobre o envolvimento de cardassianos na recente tentativa de golpe de Estado em Bajor, inquérito no qual Dukat é uma testemunha chave.

Dukat sugere que eles retornem ao assunto do órfão e Bashir concorda. Ele explica o que ouviu de Jomat Luson e diz acreditar que garoto foi levado ao orfanato, com conhecimento de que ele não era um órfão, e tal ato foi feito na esperança de um dia ser usado contra Pa’Dar. A oficial que levou Rugal era ligada ao comando de Terok Nor. Dukat diz que Terok Nor é o nome cardassiano de DS9, ao que o médico lhe pergunta quem era o comandante de Terok Nor naquela época. O gul, sem palavras (e saída), se retira do recinto. Bashir diz para registro que gul Dukat era o comandante de Terok Nor naquela época.

Sisko dita em seu diário que tomou a decisão de retornar Rugal a Pa’Dar.

Pa’Dar diz ao comandante que ele e Dukat chegaram a um “acordo de cavalheiros” sobre o assunto e que nada virá a público. O político cardassiano diz dever-lhe um favor, devido ao ocorrido. Sisko lhe pergunta se ele pode fazer algo pelos demais órfãos de guerra, ao que Pa’Dar responde vagamente, dando a nítida certeza que esse assunto não lhe interessa. Pai e filho embarcam, sob os olhares de Sisko e O’Brien, para um difícil recomeço em Cardássia.

Comentários

Histórias entre cardassianos e bajorianos vão estar sempre entre as favoritas porque trazem à tona naturalmente conflito, questões relevantes, falta de respostas fáceis e deliciosos tons de cinza. Então, enaltecendo a total falta de “tecnobaboseira” e “falsa encrenca” do episódio em questão, vamos ao que interessa…

Cabe salientar, inicialmente, uma ótima presença de Sisko, com muita sensibilidade (ou melhor, talvez com muitos diferentes tipos de “sensibilidade”) o tempo todo. O’Brien (e seu contínuo desgosto e desconfiança pelos cardassianos) foi posto para ótimo uso aqui também.

A sinopse acima descreve bem o papel de Dukat na trama e o fato de que ele se “converteu”, em apenas uma hora de televisão, de um altruísta e íntegro “embaixador pelo retorno dos órfãos de guerra cardassianos a sua terra natal” em um homem capaz de tudo, inclusive usar uma criança de 4 anos para conseguir uma vingança pessoal, não deve ser encarado de uma forma leviana. É razoável supor que Dukat manteve, ao longo dos anos, determinados contatos que pudessem “olhar” por seus interesses em Bajor, mesmo em sua ausência. Não é também difícil supor que um desses contatos fosse o negociante Zolan, que teria dado, assim, a informação do ataque a Garak a Dukat e, depois, a mando do cardassiano, desse um testemunho falso, para forçar o envolvimento de Sisko, e depois sumir. Se pensarmos ainda melhor, podemos pensar que foi Dukat quem ordenou que Zolan desse auxílio a Proka um pouco antes, talvez se preparando para uma futura chantagem ao bajoriano. Seja o que for que Dukat e Garak tiveram no passado (mais sobre isto em “Civil Defense”, na terceira temporada), isso não ficou nada melhor aqui, pois fica claro que, se não fosse Garak, Dukat teria conseguido o seu objetivo.

A dupla Bashir/Garak (introduzida em “Past Prologue”, da temporada passada) retorna melhor do que nunca e é a força que move este episódio à frente. A interação entre o ingênuo, inexperiente e sedento por aventura Bashir (em seu melhor episódio até então) e o misterioso alfaiate se mostra como sempre muito divertida e, ainda assim, sem perder nem um pouco de relevância no contexto da história. Os diálogos entre os dois são incríveis (como sempre, quando Garak está envolvido). Aprendemos sobre Garak muitas coisas, tais como: ele conhece muito bem o processo de obtenção de informação (oficial ou não), ele conhece BEM computadores, ele conhece a REALIDADE do sistema político cardassiano, ele ainda possui contatos em Cardássia (para obter tão rapidamente a informação sobre Pa’Dar) e ele tem uma história passada com Dukat.

(Não percam mais Bashir e Garak, nesta mesma segunda temporada, em “The Wire”.)

Proka (e sua esposa), Rugal e Kotan Pa’Dar são, de fato, vítimas inocentes da situação. Sisko, em sua decisão, tem por objetivo restaurar a situação de direito, se não fosse a interferência de Dukat. É interessante que Kotan Pa’Dar toma a decisão de levar Rugal para Cardássia, quaisquer que sejam as consequências, ANTES de Dukat ser desmascarado. E, mais, ao final, o próprio Kotan Pa’Dar demonstra pouco interesse pelo assunto dos órfãos como um todo. Ele terá que arrumar algum tipo de desculpa para a volta de Rugal e, COM CERTEZA, a vida não será fácil para nenhum dos dois em Cardássia.

(De fato, Sisko tem autoridade para tomar decisões como a deste episódio. Em “Dax”, da primeira temporada, ele trouxe a juíza bajoriana como uma forma de atrasar o processo de extradição de Jadzia Dax.)

A direção do veterano Cliff Bole é excelente. Belos enquadramentos e pausas abundam de forma a extrair até a última gota de drama das cenas. Merecem destaque especial: a bela tomada, “passando” sobre a mesa de dabo, que introduz o negociante Zolan, o “encontro dos pratos” de Rugal e O’Brien, um belo plano do planeta Bajor e as expressões nos rostos de Sisko e O’Brien quando Rugal deixa a estação com seu verdadeiro pai.

Belo trabalho do elenco regular, especialmente de Brooks, Meaney e, acima de todos, de El Fadil, dando ao seu personagem uma dose extra de frenético idealismo e ingenuidade.

Chao é posta para bom uso nas cenas com Meaney (é inegável a boa química entre os dois). Alaimo interpreta Dukat como um herói de sua própria história, por isso ele é tão interessante. Aqui, ele consegue dar um ar de credibilidade que faz o espectador duvidar se ele está de fato armando alguma, sem ganhar totalmente a sua confiança no processo, algo nada fácil para um ator. Robinson é um caso à parte, é simplesmente incrível como ele dá vida a um personagem tão opaco e enigmático e, ao mesmo tempo, capaz de angariar tanta simpatia.

Dentre os demais atores convidados, temos um ótimo Robert Mandan como Kotan Pa’Dar e os demais não comprometem, mas também não brilham.

Um momento hilário é quando Bashir pede um explorador de madrugada a Sisko, que lhe responde “Eu estou esperando…”.

Gostei bastante da ambiguidade quanto à reposta da pergunta da pequena órfã cardassiana no orfanato bajoriano. Qual era a resposta que ela REALMENTE queria ouvir? BRAVO!

Foi bom saber que a recente tentativa de golpe de Estado (apresentada nos 3 primeiros episódio desta segunda temporada) em Bajor (com envolvimento cardassiano) está tendo repercussões em Cardássia, embora este seja um ponto não retomado durante a série.

É interessante que os próprios personagens reparem na coincidência (ou melhor, a conveniência para o funcionamento do episódio em seus termos) do assunto sobre os “órfãos cardassianos” ser trazido à tona logo nesse momento. A falta de resolução em definitivo do problema dos órfãos também fortalece o episódio como um todo.

Uma pergunta: como Garak sabia que Jomat Luson foi a bajoriana que tratou o caso de Rugal? E mais, como ele a encontrou? É facilmente consertável, pena que o roteiro não dá nenhuma explicação e eu não acho correto debitar isto a mais um dos truques da manga de Garak.

Também não fica claro o cenário do desaparecimento de Rugal e de como foram os detalhes da obtenção da posse da criança por parte de Dukat. Entretanto, isso não é necessariamente um problema do episódio.

“Cardassians” é um excelente episódio que representa claramente as virtudes de DS9, tratando temas sofisticados e relevantes com difíceis tons de cinza, tais como: ódio racial, problemas com generalizações, o rancor e preconceito de um povo devastado e mesmo as mais agonizantes questões de um caso de custódia de filhos. O episódio não oferece respostas fáceis a nenhuma das questões levantadas e deixa um perene convite à ponderação após o seu final.

Avaliação

Citações

“I believe in coincidence. Coincidences happen every day. But I don’t trust coincidences”
(Eu acredito em coincidências. Coincidências acontecem todos os dias. Mas eu não confio em coincidências..)
Garak

I am no more a spy than you are ...”
… a doctor.”
(Eu não sou um espião mais do que você é …)
(um médico.)
Garak e Bashir

Trivia

  • O nome cardassiano da estação é Terok Nor. Dukat foi comandante da estação desde, pelo menos, 2362 e foi responsável pela retirada das forças cardassianas de Bajor.
  • Desde a sua primeira participação em “Past Prologue”, na primeira temporada, os produtores estavam tentando trazer Garak de volta. Quando Robinson voltou ao set de filmagem para este episódio, Ira Behr pediu desculpas pessoalmente por não ter trazido Andy de volta mais cedo.
  • Observem os “chapéus esquisitos” que os alienígenas estão usando em uma mesa do Replimat, quando chegam Rugal e Proka, logo no início do episódio. “Chapéus esquisitos”: esse foi um esforço consciente de Robert Blackman durante toda a segunda temporada da série.
  • Na prática, em Cardássia, o governo civil não tem controle algum sobre os militares, como seria visto em “Defiant” (terceira temporada da série).
  • De acordo com Dukat, a decisão de deixar Bajor foi uma decisão política (à qual os militares se opuseram) tomada pelo governo civil (bem como a decisão de deixar os órfãos para trás). Crianças sem pais não têm status algum em Cardássia.

Ficha Técnica

História de Gene Wolande & John Wright
Roteiro de James Crocker
Dirigido por Cliff Bole

Exibido em  25 de outubro de 1993

Título em português: “Cardassianos”

Elenco

Avery Brooks como Benjamin Lafayette Sisko
René Auberjonois como Odo
Nana Visitor como Kira Nerys
Colm Meaney como Miles Edward O’Brien
Siddig El Fadil como Julian Subatoi Bashir
Armin Shimerman como Quark
Terry Farrell como Jadzia Dax
Cirroc Lofton como Jake Sisko

Elenco convidado

Rosalind Chao como Keiko O’Brien
Andrew Robinson como Garak
Robert Mandan como Kotan Pa’Dar
Terrence Evans como Proka
Vidal Peterson como Rugal
Dion Anderson como Zolan
Marc Alaimo como gul Dukat
Sharon Conley como Jomat Luson
Karen Hensel como Deela
Jillian Ziesmer como Asha

Balde do Odo

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Edição de Muryllo Von Grol
Revisão de Nívea Doria

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