Review dos quadrinhos Star Trek Boldly Go #9

Após a destruição da nave Enterprise em Star Trek Sem Fronteiras, a tripulação encontra-se espalhada pelo quadrante, aguardando a construção da Enterprise-A. Spock e Uhura decidiram aproveitar esse tempo em Nova Vulcano. Enquanto supervisionava uma operação de mineração no planeta, Spock encontra algo inesperado. Veja o desenrolar dessa história na edição #9 dos quadrinhos Star Trek Boldly Go, da editora IDW.

Esta edição é uma história autônoma de Spock e Uhura que se enquadra no contexto do universo Kelvin e seguindo a coleção Boldly Go.

Após os acontecimentos na edição #8 “Murder at Babel”, vemos Spock e Uhura retornando a Nova Vulcano para voltarem as suas novas atividades no planeta.

Neste ponto, ficamos sabendo que a Enterprise-A encontra-se em construção, faltando ainda a colocação das naceles.

Uhura tenta ajustar-se à vida civil na sociedade vulcana, ensinando um curso de Cultura da Terra na Vulcan Science Academy e Spock procura novas maneiras de ser útil para o seu povo, uma das quais está em encontrar uma nova fonte de energia sob a superfície do planeta.

Spock e Uhura experimentam a hospitalidade na casa de Sarek, que faz sutis observações favoráveis a união entre os dois. Em conversa reservada, Uhura confessa que, apesar da aceitação de Sarek e da comunidade vulcana, ela não tinha intenção de se casar antes da missão de cinco anos terminar, o que é apoiado por Spock, ambos preferem discutir isso em um momento mais oportuno.

Mais tarde, contemplando a cidade de Nova Vulcano, Uhura conversa com Sarek a respeito de sua adaptação a nova vida.

De repente, a oficial de comunicações começa a experimentar visões estranhas dos seus pais e depois do seu tio avisando-a sobre um perigo iminente na perfuração. Uhura fica apreensiva com o ocorrido, embora Sarek acredita que esteja sofrendo algum efeito colateral da gravidade do planeta.

Em visita a área de prospecção, Spock descobre um novo isótopo radioativo que tornaria o planeta auto-suficiente e, portanto, não mais dependente direto da Federação em termos de energia . O isótopo está a mais de 300 metros abaixo da superfície e exigiria uma grande broca para chegar até ele.

Uhura contata Spock falando sobre as visões, mas para Spock nada mais é do que o efeito da gravidade a fisiologia humana.

Com o passar do tempo, as visões aumentam, mostrando agora uma plataforma e símbolos desconhecidos, o que a deixam mais preocupada.

Spock e o grupo técnico preparam a sonda. Uhura chega ao local numa pequena nave.

Ela tenta explicar que as visões insistem em avisar de algum perigo na perfuração e sente que alguém ou alguma coisa quer impedir que isso aconteça. Os mesmos símbolos de suas visões são visíveis em uma estrutura antiga de pedra próxima a plataforma.

Quando se aproximam da estrutura surgem projeções de criaturas brilhantes e azuis. Elas aparentam serem amistosas mas falam uma língua desconhecida.

Uhura diz não compreender sua linguagem mas entende o significado da mensagem dos seres azuis, na forma de comunicação telepética.

Spock acredita que seja uma espécie de eco psíquico deixado pelos antigos seres que habitavam o planeta como forma de aviso. Uhura entende que eles alertam para os perigos do isótopo, que outrora foi explorado pelos próprios seres e causou um cataclismo, mudando o clima do planeta, tornando-o mais árido.

Eles usaram os símbolos no local avisando a quem viesse fazer alguma exploração do mineral.

A perfuração é interrompida e o projeto é reavaliado.

Sarek questiona o motivo de não fazerem o primeiro contato com os próprios vulcanos, mas tão somente com uma humana. Uhura diz que as criaturas são uma espécie empática e as emoções foram um meio de comunicação que encontraram. A condição humana e sua sensibilidade ao que está passando em sua vida permitiu isso. Nem mesmo o lado humano de Spock foi capaz de perceber.

No fim da história, Uhura mostra uma incerteza quanto ao seu futuro. Sua vida parecia ter um propósito, uma direção que nunca mudaria, mesmo com a longa espera da Enterprise-A. No entanto, sua vida em Nova Vulcan pode mudar tudo o que ela planejou.

Na próxima edição, a de número dez, temos Scotty retornando à base de Yorktown para verificar a construção da nova Enterprise … só para descobrir que a construção vem com perigos inesperados.