Epidemia na Enterprise, uma colônia perdida e um grande segredo de Una
Sinopse
Data estelar: 1224.3
A Enterprise está investigando a colônia abandonada de Hetemit IX, fundada pelos ilirianos, uma espécie misteriosa que pratica melhorias genéticas e por isso tem sua entrada na Federação vetada.
O grupo de descida tem sua pesquisa apressada quando uma tempestade iônica se aproxima. Una sobe com a maior parte da equipe, e o teletransporte quase falha por conta da interferência da tempestade. Pike e Spock ficam presos e isolados na superfície. Eles buscam abrigo numa antiga biblioteca iliriana, onde Spock investiga o destino da colônia.
A bordo da Enterprise, o alferes Lance, um dos membros do grupo de descida, trouxe consigo uma misteriosa doença que o faz ser atraído por luz. Una também foi infectada, mas ela parece fazer uma recuperação rápida e miraculosa.
Conforme a doença começa a se espalhar, a primeira oficial inicia uma investigação e ativa protocolos de quarentena. Hemmer é encarregado de descobrir por que os biofiltros do transporte não impediram o patógeno de vir a bordo. E, graças a um incidente com Uhura e os cadetes que dividem quarto com ela, Una descobre que o misterioso vírus viaja por luz. Uma vez infectado, um paciente fica atraído por luz, às vezes de forma suicida, e com isso ajuda o agente infeccioso a se espalhar.
M’Benga e Chapel sugerem apagar as luzes da nave para conter a epidemia, sedando os pacientes da enfermaria. Mesmo assim, o vírus continua a se espalhar. Hemmer tenta transportar um pedaço do manto do planeta para se banhar em sua luminosidade incandescente. Ele é impedido por Una, que o carrega à enfermaria.
Lá, ela revela que de fato já foi infectada e se recuperou, por conta de seu sistema imune geneticamente melhorado. M’Benga e Chapel se surpreendem com a revelação de que ela é uma iliriana. Contudo, a informação é de pouca valia, pois a imunologia dos ilirianos não produz anticorpos de longa duração, apenas destroem a infecção quase instantaneamente.
La’An desperta da sedação na enfermaria e parte para a engenharia, onde tenta provocar uma ruptura do reator para se banhar em luz. Una vai até ela, e as duas têm uma luta. La’An entreouvira a conversa na enfermaria e está revoltada por descobrir que a amiga e mentora é uma iliriana. Descendendo do notório aumentado Khan Noonien-Singh, La’An viveu a vida toda sob o preconceito com pessoas geneticamente modificadas, odiando sua própria origem. Saber que Una é algo parecido e ocultou sua natureza para poder entrar para a Frota Estelar apenas adicionou mais lenha à fogueira de sua raiva.
Una consegue conter a ruptura do reator, mas não sem antes levar uma dose brutal de radiação, que fez seu sistema imune se ativar. Por proximidade com La’An, ela induziu a formação de anticorpos quiméricos na tenente, que por sua vez foram extraídos e replicados pela enfermeira Chapel para salvar todos a bordo.
No planeta, Pike e Spock enfrentam condições cada vez mais adversas. Eles veem criaturas fantasmagóricas estranhas em meio à tempestade iônica e fazem o que podem para se proteger delas. Contudo, a pressão da sala em que estão aumenta, até que as criaturas conseguem adentrá-la. Curiosamente, o que elas fazem não é atacar, mas proteger a dupla, até que o pior da tempestade passasse. No fim, Spock descobre que os ilirianos daquela colônia pegaram a doença, foram atraídos por tempestades iônicas e acabaram se convertendo nas criaturas. O tenente também obtém documentos que mostram que os ilirianos daquela colônia tentaram desfazer suas alterações genéticas para se juntar à Federação – algo que provavelmente lhes custou a vida.
Depois que os dois são resgatados e voltam à nave, Una decide pedir baixa ao capitão, por ter violado regulamentos ao ocultar sua origem iliriana. Pike se recusa a aceitar. De volta à função, a primeira oficial procura M’Benga e revela o achado de Hemmer: os biofiltros falharam porque o médico impediu a atualização dos sistemas de transporte da enfermaria na doca espacial. Aparentemente, ele está mantendo algo armazenado no acumulador de padrão do transporte. M’Benga revela que é sua filha, portadora de uma doença terminal. O médico está usando o transporte como uma forma de animação suspensa, enquanto busca por uma cura. Una, contudo, decide acobertar seu segredo, do mesmo modo que Pike fizera com ela.
Comentários
“Ghosts of Illyria” é o primeiro episódio a explorar para valer a personalidade e a história pregressa de Una, personagem introduzida no piloto original da Série Clássica, “The Cage”, mas nunca de fato esquadrinhada até seu resgate agora em Strange New Worlds. E temos aqui uma revelação bombástica, com a ideia de que ela é secretamente uma iliriana, membro de uma espécie que promove manipulações genéticas proibidas pela Federação.
A história, que ao fim das contas versa sobre preconceito e aceitação, vem empacotada em duas tramas que caminham de forma paralela: uma principal, em que vemos pela primeira vez Una assumindo o comando da Enterprise, e outra secundária, com Pike e Spock na superfície.
De início, quando há uma falha do transporte em razão da tempestade iônica, o fã das antigas já sente um frio na espinha: fora exatamente assim que James Kirk e parte de sua tripulação acabaram indo parar no universo Espelho, no clássico “Mirror, Mirror”, da segunda temporada do seriado original. Desta vez, contudo, o gênio Hemmer está a bordo para evitar o problema, e o que acabamos tendo é uma história de epidemia descontrolada na Enterprise, outro velho clichê da Série Clássica, lembrando muito o episódio “The Naked Time”.
E isso não só por trazer a trama de um patógeno à solta ameaçando a tripulação, mas por conta do comportamento errático que ele induz nos que infecta, buscando de muitas e perigosas maneiras aumentar sua exposição à luz. Se em “The Naked Time” os contaminados perdiam as inibições e se comportavam como se estivessem embriagados apenas incidentalmente, aqui a racionalização é mais inteligente, e a atração por luz é um mecanismo evolutivo para promover o espalhamento do agente infeccioso. Bem sacado, permitindo inclusive um desenvolvimento mais inteligente da descoberta da doença e de seu modo de transmissão.
É possível também notar influências diretas da pandemia do novo coronavírus no linguajar e nos procedimentos da tripulação (com estratégias de isolamento e quarentena), o que faz total sentido. Afinal, foi um episódio escrito e filmado em meio ao combate contra a covid, e é natural que os roteiristas estivessem influenciados pelos eventos daquele momento.
Apesar de bem resolvido e executado, nos seus primeiros 25 minutos estamos diante de um segmento bastante derivativo e pouco arrojado. Nesse trecho, o que há de melhor é vermos Una em ação, algo que foi bastante raro ao longo de toda a primeira temporada da série.
Contudo a coisa fica boa mesmo quando a primeira oficial revela que é uma iliriana. Mostrando o nível de pesquisa que a equipe de Strange New Worlds tem feito para escrever esses episódios, esse pano de fundo para a personagem foi pescado diretamente dos romances de Star Trek, mais especificamente de Vulcan’s Glory, escrito por ninguém menos que D.C. Fontana, uma das grandes roteiristas da Série Clássica. No livro de Dorothy, porém, isso é apresentado en passant, como apenas um fato sobre a enigmática Número Um. Aqui, é algo que vem como uma revelação bombástica e coloca Una na posição de ter de esconder sua origem para poder permanecer na Frota Estelar.
É obviamente uma trama que implora por continuação, e é certo que haverá repercussões futuras, embora Pike tenha terminado este segmento num corajoso “abafa o caso”. Porém, mesmo nos limites do episódio, vale destacar a forma interessante como foram contrapostas Una e La’An, mentora e mentorada, no que diz respeito ao tabu da Federação, em particular da Terra, com manipulação genética, sobretudo após as Guerras Eugênicas, das quais o ditador Khan Noonien-Singh foi um protagonista.
A solução óbvia seria explorar o ângulo da manipulação genética por meio da personagem La’An, que é descendente direta de Khan. Mas, ao transferir isso para Una, a trama acaba jogando La’An para o canto oposto, na posição de abominar a herança dos aumentados em razão do preconceito que sofrera, mesmo ela mesma não sendo um deles. Já Una, que de fato é, fugiu das repercussões que poderia ter de encarar, ao esconder sua natureza. E agora as duas entraram numa dança entre elas que promete trazer novas consequências.
A história com Pike e Spock, embora uma pequena e divertida aventura por seus próprios méritos, serve mais como suporte e exposição, ilustrando que os ilirianos não são os vilões que se costuma pintar. Os dessa colônia em particular quiseram até reverter suas modificações genéticas para aderir à Federação, algo pelo que pagaram caro.
Parece um esforço de Strange New Worlds para reposicionar a questão da manipulação genética no universo de Star Trek, algo que pode dar ainda muito pano para manga. Sabemos, no entanto, que as coisas não mudariam radicalmente, já que em Deep Space Nine, mais de cem anos depois, o doutor Julian Bashir também teria de enfrentar as consequências por ter ocultado sua origem como um humano geneticamente aprimorado.
No final, temos ainda mais uma revelação bombástica, a de que M’Benga está usando o transporte como um método para manter viva sua filha, a despeito de seu diagnóstico terminal. E é muito bonito como a trama toda reverbera para transmitir a mesma mensagem: preconceito gera mais preconceito; tolerância gera mais tolerância. Ao ser defendida por Pike, Una se sente completamente à vontade para fazer o mesmo pelo médico-chefe da nave. E aí, claro, mais uma trama de personagem se abre para futura exploração.
O discurso final de Una, gravando uma entrada em seu diário pessoal e depois o apagando, é particularmente poderoso. Na forma, ele lembra muito a gravação de Benjamin Sisko no episódio “In the Pale Moonlight”, de Deep Space Nine, em que o capitão confessa todas as decisões moralmente complexas que tomou para, enfim, apagar tudo. Aqui, Una termina com uma reflexão importante, inspirada pelo tratamento que imigrantes costumam receber nos países em que são recebidos. Eles precisam ser exemplares, extraordinários, batalhadores, para obter reconhecimento e direitos, quando na verdade apenas serem o que são, sem grandes atos de heroísmo, já deveria bastar. A roteirista Akela Cooper admitiu que a ideia por trás do texto era essa mesmo, mostrando que, para além da boa ficção científica, Strange New Worlds está determinada a explorar grandes ideias e promover, como já é tradição em Star Trek, comentário social.
Tecnicamente, temos mais um segmento primoroso, com belas filmagens em locação e cenas espetaculares da tempestade iônica, no espaço e no planeta. Os “fantasmas” são bem realizados e trazem uma boa combinação dos sabores sci-fi e terror. E, claro, o que fica é a sensação de que, a despeito de sua natureza episódica, a série trabalha muito bem a noção de continuidade com os personagens. Após esse episódio, continuações específicas são uma obrigação para os dramas de Una e M’Benga.
Avaliação
Citações
“All my life, I’ve hated Augments, hated what people thought of me because I was related to them. Understanding why they were outlawed in the Federation. The damage they did. They almost destroyed Earth.”
“The Augments, yes, but not us. My people were never motivated by domination. Illyrians seek collaboration with nature. By bioengineering our bodies, we adapt to naturally existing habitats. Instead of terraforming planets, we modify ourselves, and there’s nothing wrong with that.”
(Toda a minha vida, eu odiei os aumentados, odiei o que as pessoas pensavam de mim porque eu era parente deles. Entendendo por que eles foram banidos na Federação. O dano que causaram. Eles quase destruíram a Terra.)
(Os aumentados, sim, mas não nós. Meu povo nunca foi motivado por dominação. Os ilirianos procuram colaboração com a natureza. Ao bioprojetar nossos corpos, nós nos adaptamos a habitats existentes naturais. Em vez de terraformar planetas, nós nos modificamos, e não há nada de errado nisso.)
La’An e Una
Trivia
- Este é o primeiro crédito de direção de Star Trek para Leslie Hope, que começou sua carreira como atriz e na última década tem trabalhado tanto atrás como na frente da câmera.
- Hope apareceu em um episódio de Star Trek: Deep Space Nine em 1998, interpretando Kira Meru, mãe de Kira Nerys.
- Este é o primeiro crédito de escrita de Star Trek para a coprodutora executiva Akela Cooper, que anteriormente trabalhou quase exclusivamente em projetos do gênero, incluindo The 100, American Horror Story e Luke Cage.
- Este é também o primeiro crédito de escrita de Star Trek para o produtor supervisor Bill Wolkoff, que também trabalhou principalmente em projetos do gênero, incluindo Star Wars: Rebels e Once Upon a Time.
- Ilirianos foram mostrados uma vez em tela no episódio “Damage” de Star Trek: Enterprise, embora tivessem cristas proeminentes na testa. No episódio o nome ilirianos não aparece nem uma vez. Só consta do roteiro.
- Quando Una está pesquisando seus registros médicos, vemos uma foto do lado esquerdo de uma criança iliriana com próteses e dedos em teia.
- Como seu nome Una, a conexão da Número Um com os ilirianos e sua história de modificação genética vem dos romances de Star Trek, incluindo os anteriores a esse episódio de Enterprise, como Vulcan´s Glory, de D.C. Fontana, Child of Two Worlds de Greg Cox e o audiolivro de Discovery, Desperate Hours de David Mack. Em Vulcan´s Glory, publicado em 1989, ela foi descrita como uma iliriana “geneticamente perfeita”.
- Spock indicou que não tem uma artéria carótida no mesmo local que os humanos.
- Tempestades de íons são um dos pontos básicos de Star Trek, desde a Série Clássica, causando todo tipo de problemas. Uma tempestade de íons foi a razão pela qual Kirk, Scotty, Uhura e Bones foram enviados para o Universo Espelho no episódio “Mirror, Mirror” da Série Clássica. E uma tempestade de íons foi também a razão pela qual o capitão Lorca atravessou do Universo Espelho na 1ª Temporada de Discovery.
- Embora ninguém seja enviado acidentalmente para o Universo Espelho neste episódio, em um aceno para o contratempo de atravessar para o universo espelho em “Mirror, Mirror” da Série Clássica, o chefe de transporte Kyle se preocupa: “Se tentarmos transportar [através de uma tempestade de íons], quem sabe o que receberemos de volta”.
- As cenas em Hetemit IX foram filmadas em Ontário Place, um local de entretenimento à beira-mar, em Toronto.
- M’Benga menciona o resfriado comum. Mais tarde, o Dr. McCoy notaria como a medicina do século 23 ainda estava em busca de uma cura, algo ainda encontrado pela era de A Nova Geração do século 24.
- M’Benga se refere à Enterprise como a nave capitânia da Frota Estelar.
- A enfermaria da USS Enterprise demonstrou ter um segundo nível extra que pode ser aberto para emergências.
- M’Benga diz que alguém pode ser mantido em um buffer de padrão de transporte sem limite, contanto que seja periodicamente materializado. Dentro de algumas décadas, Montgomery Scott se armazenará em um buffer de transporte, travando-o em um diagnóstico contínuo, sendo reavivado 75 anos depois no episódio “Relics” de A Nova Geração.
- Além de um antigo sextante de navegação de navios antigos, a mesa de Pike inclui uma réplica da estátua de bronze “Trooper of the Plains” do artista Frederic Remington, do início do século 20. A escultura retrata um soldado da cavalaria a cavalo, brandindo um revólver.
- Este episódio termina com a Número Um apagando sua entrada de registro, assim como Sisko fez no final do episódio “In the Pale Moonlight” de Deep Space Nine.
- Esta é a primeira vez que se vê a jaqueta do grupo avançado da Enterprise. Elas foram vistas no piloto original “The Cage”, mas não foram usadas na Série Clássica.
- Surpreendentemente, o alferes Lance (Daniel Gravelle) parece ter sobrevivido e não sofreu o destino de morte que muitos alferes do grupo avançado de camisa vermelha sofriam. Isso pode indicar que esta é uma situação que não vai estar presente em Strange New Worlds.
- No episódio “Metamorphosis” vimos um outro ser de energia benevolente, chamado o Companheiro.
- Um suporte do arquivo de pergaminho dos ilirianos foi exibido na exposição de Strange New Worlds, na convenção Missão Chicago.
- A manicure de Una apresenta esmalte azul escuro com um desenho em V invertido prateado.
- Os aposentos de Una são decorados em estilo minimalista, com algumas decorações de bom gosto e uma prateleira, com o que parecem ser maquiagens, altamente organizada em seu quarto.
- La’an usa o termo depreciativo “aumento” para Una, depois de aprender que a Número Um é uma iliriana. Esta a mesma ofensa usada contra ela quando criança graças a seu antepassado Khan. Este termo para seres geneticamente engenheirados foi usado no enredo de Arik Soong em três episódios, “Borderland”, “Cold Station 12” e “The Augments” de Enterprise.
- La’an continua a usar seu apelido para Una (“Chefe”); provavelmente saberemos mais sobre seu passado em um episódio futuro.
- É claro que a herança de La’an como descendente de Khan não é um segredo; como isso jogará com o futuro encontro de Spock com o super-homem genético em “Space Seed” ainda será visto.
- A proibição da Federação da engenharia genética se estende muito além da Terra, ao que parece, já que os ilirianos estão proibidos de entrar para a Federação devido ao uso da ciência de modificação genética por sua sociedade.
- Uhura divide seus aposentos com outros dois tripulantes de baixo escalão, mas seu beliche possui um fechamento para que ela possa dormir sem ser perturbada, algo que os alferes a bordo da USS Cerritos de Lower Decks certamente invejariam.
- Uhura tendo companheiros de quarto na Enterprise também faz referência à cadete Tilly em Discovery, que era companheira de quarto de Michael Burnham.
- No episódio Bashir, I Presume” de Deep Space Nine, o chefe O’Brien diz ao Dr. Bashir que ele não “acha que em cem anos houve um caso que tratou com [um oficial da Frota Estelar com engenharia genética]”. Esse episódio ocorre 114 anos após “Ghosts of Illyria”.
- M’Benga segura seu scanner de mão aparentemente ao contrário enquanto examina Una e La’an na enfermaria (com o mecanismo interno rotativo apontado para si mesmo). A extremidade “reversa” do scanner apresenta um elemento de iluminação, portanto é possível que esta extremidade do scanner tenha uma função diferente do lado rotativo.
- O hipospray de amostra de sangue de M’Benga é similar em design ao usado para a triagem de infiltradores changeling em Deep Space Nine.
- M’Benga descreve uma aversão cultural a misturar “sangue humano e vulcano”, uma ideia que primeiro (cronologicamente falando) veio à tona nos episódios “Demons” e “Terra Prime” de Star Trek: Enterprise.
- A filha de M’Benga, Rukiya (Sage Arrindell) está sendo mantida em estase de transporte para retardar a progressão de uma doença chamada “cygnokemia”.
- As maioria das séries de Star Trek têm episódios baseados em doenças alienígenas nos primeiros episódios da primeira temporada:
- Série Clássica: “The Naked Time” – Episódio 4
- A Nova Geração: “The Naked Now” – Episódio 2
- Deep Space Nine: “Babel” – Episódio 4
- Strange New Worlds: “Ghost of Illyria” – Episódio 3
- Voyager: “Phage” – Episódio 4
- Enterprise: “Strange New World” – Episódio 3
- Lower Decks: “Second Contact” – Episódio 1
- Na Terra, os ilirianos eram um grupo de povos de língua indo-europeia que habitavam a península balcânica ocidental nos tempos antigos. Eles constituíam uma das três principais populações paleo-balcânicas, juntamente com os trácios e gregos. O território habitado pelos ilirianos ficou conhecido como Ilíria para autores gregos e romanos posteriores, que identificaram um território que corresponde à maior parte da Albânia, Montenegro, Kosovo, grande parte da Croácia e Bósnia-Herzegóvina, Sérvia ocidental e central e algumas partes da Eslovênia entre o Mar Adriático a oeste, o rio Drava a norte, o rio Morava a leste e ao sul o rio Aous (Vjosa moderno) ou possivelmente as Montanhas Ceraunianas. O primeiro relato dos povos ilíricos data do século VI a.C., nas obras do antigo escritor grego Hecataeus de Miletus.
- O momento em que a Número Um rasga dramaticamente sua túnica do uniforme pode fazer referência a vários episódios da Série Original em que a túnica de Kirk é rasgada, aparentemente sem nenhum motivo. Como Kirk, a Número Um consegue consertar sua túnica muito rapidamente, ela volta totalmente ao normal na próxima cena.
- Una e La’an falam sobre a história da modificação genética, e porque ela é proibida em toda a Federação. Una diz: “Graças às Guerras Eugênicas, aposto que você sabe tudo sobre esse período da história”. E La’an diz: “Você não cresce com um assassino em massa criado geneticamente como seu ancestral e não sabe como relevar essas coisas”. Esta é a confirmação de que La’an está relacionada a Khan.
- Tanto Una quanto La’an estão muito familiarizadas com a história das Guerras Eugênicas, de uma forma que a maioria das pessoas na Frota Estelar não está. Isto ajuda a preservar o cânone porque no episódio “Space Seed” da Série Clássica, Spock faz questão de dizer a todos que os registros oficiais das Guerras Eugênicas não eram claros. Mas ambas têm informações que estão fora dos registros históricos da Frota Estelar, e ambas têm um interesse pessoal nessa história por causa de seus antecedentes. La’an não é “aumentada”, mas ela é descendente de um. Una é geneticamente modificada, o que explica por que ela sabe tanto sobre esse aspecto da história da Terra.
- Assim como Kirk lutou com Khan na Engenharia em “Space Seed” durante uma potencial sobrecarga dos motores de dobra, Una e La’an lutam na Engenharia da mesma forma. Até mesmo as cores de seus uniformes combinam! A diferença é que a Número Um, a pessoa que não perdeu a cabeça, é a que tem a super força geneticamente melhorada. Há até mesmo uma pequena deixa musical que soa um pouco como a clássica música de luta da Série Clássica.
- A insígnia da cadete Uhura é basicamente a mesma que a insígnia da cadete Tilly na 1a temporada de Discovery.
- Em várias cenas, vemos na enfermaria um crânio atrás de M’Benga. O Dr. McCoy tinha um quase no mesmo lugar.
- No gabinete de Pike, atrás da Número Um, apresentam uma nave estelar da classe Daedalus à esquerda e a NW-01 à direita. Embora a classe Daedalus tenha sido referenciada no episódio “Power Play” de A Nova Geração, ela só foi retratada retroativamente como modelo no gabinete da Sisko em Deep Space Nine. A USS Horizon, a nave que antecedeu a Enterprise em “A Piece of the Action” da Série Clássica, é considerada uma nave estelar da classe Daedalus.
- Quando a Número Um atordoa Hemmer, o efeito sonoro do feiser é exatamente como em vários episódios da Série Clássica.
- Quando M’Benga se solidariza com a Número Um sobre sua herança oculta, ele diz que quando os humanos foram para o espaço, “encontramos novos fanatismos de sangue humano e vulcano. Agora é humano e iliriano”. Isto parece fazer referência aos eventos de Star Trek: Enterprise, especificamente os episódios “Terra Prime” e “Demons”, nos quais um grupo de humanos xenófobos tenta causar histeria criando um bebê híbrido vulcano-humano. Este comentário também pode sugerir que os ilirianos – mesmo antes do melhoramento genético – não são humanos.
- A confissão da Número Um ao Pike sobre seu status como alguém que é geneticamente melhorado ecoa o Dr. Bashir revelando a mesma coisa ao capitão Sisko no episódio “Dr. Bashir, I Presume?” de Deep Space Nine.
Ficha Técnica
Escrito por Akela Cooper & Bill Wolkoff
Dirigido por Leslie Hope
Exibido em 19 de maio de 2022
Título em português: “Fantasmas de Illyria”
Elenco
Anson Mount como capitão Christopher Pike
Ethan Peck como oficial de ciências Spock
Jess Bush como enfermeira Christine Chapel
Christina Chong como La’an Noonien-Singh
Celia Rose Gooding como cadete Nyota Uhura
Melissa Navia como tenente Erica Ortegas
Babs Olusanmokun como Dr. M’Benga
Bruce Horak como Hemmer
Rebecca Romijn como Una Chin-Riley
Elenco convidado
Sábio Arrindell como Rukiya
Andre Colquhoun como Probasco
Daniel Gravelle como Ensign Lance
Alex Kapp como computador da USS Enterprise
André Dae Kim como Chefe Kyle
Curtis Legault como Carter
TB ao Vivo
Enquete
Trivia de Maria Lucia Racz
Revisão de Susana Alexandria