DSC 5×10: Life, Itself

Visuais espetaculares e desafios triviais se combinam em final feliz para Michael

Sinopse

Data estelar: desconhecida.

Michael Burnham se vê em uma estranha paisagem de passarelas e janelas que parecem ter portais para vários mundos, sem comunicação com a Discovery. Uma luz brilhante parece sinalizar a tecnologia dos Progenitores, e ela decide segui-la. Ela encontra um campo de energia que a impulsiona em queda na direção de um dos portais, para um mundo de ventos intensos. Caída lá, ela encontra um dos soldados breens, morto. Outro também está por lá, e ela entra em combate corpo a corpo. Uma poderosa rajada de vento acaba com ele. Ela usa outra rajada para escalar de volta para as passarelas.

Lá ela enfrenta outro soldado breen e então encontra Moll. Michael nota que ela está ferida e a ajuda a se recuperar. As duas forjam uma aliança para buscarem juntas a tecnologia dos Progenitores.

Enquanto isso, na região dos buracos negros binários, a Discovery lida com o encouraçado breen, que libera 40 caças de combate. A nave tem dificuldade de manobrar, e Rayner decide atacar os caças, enquanto Book levará uma nave auxiliar para tentar capturar o portal. Culber decide que precisa ir com ele, sem saber exatamente por quê.

No QG da Federação, Saru convence o almirante Vance a autorizar a missão de convencer Tahal a não avançar em sua incursão. Nhan irá com ele numa nave auxiliar para contatar a primarca.

Nas passarelas, a incerta aliança entre Michael e Moll dura pouco, o que leva a um combate por vários mundos a que os portais dão acesso. Em dado momento, concluem que não podem passar a eternidade em combate e retomam a parceria. Michael se dá conta de que Moll quer ressuscitar L’ak e promete fazer de tudo para ajudá-la. A capitão descobre uma passagem para o que parece ser um planeta idílico, e ela começa a desconfiar que tudo aquilo é a tecnologia dos Progenitores. Elas chegam a um disco central, e uma plataforma emerge dele, com vários triângulos móveis.

Michael lembra a frase “Construir o formato do um entre os muitos.” Moll acha que a solução é unir os nove triângulos para formar um grande triângulo. Michael acha que não. Nisso, Book consegue se comunicar com Michael, pela proximidade de sua nave auxiliar com o portal. Moll aproveita a deixa e nocauteia Michael. Ela tira o corpo de L’ak do acumulador de transporte e usa os triângulos pequenos para montar o triângulo grande. Ela acaba presa ao dispositivo, sob muita dor, e feixes começam a destruir a tecnologia.

Com sua nave auxiliar, Saru intercepta a frota breen e entra em contato com a primarca Tahal. Ela responde, mas não parece disposta a cooperar e acaba manifestando curiosidade sobre o interesse da Federação nos buracos negros binários. Saru tenta oferecer apoio federado. Tahal ameaça destruir a nave auxiliar, mas o kelpiano diz que muitos planetas pretendem atacar os territórios dela e só ele pode dissuadi-los. A primarca então decide mudar de curso e desistir de ir aos buracos negros binários.

Nas imediações deles, a Discovery desabilita os caças breens detonando o plasma com torpedos fotônicos e Rayner ordena que voltem ao portal. Só que o encouraçado está novamente operacional e a caminho do portal. Vai chegar primeiro. Book e Culber tentam capturar o portal com um raio trator, antes que ele caia no horizonte dos eventos do buraco negro e se perca para sempre. Culber miraculosamente sabe como sintonizar o raio trator para realizar a tarefa. Ele vê beleza no mistério, mesmo sem compreendê-lo.

Michael desperta e tira Moll da plataforma, muito ferida. A capitão então pega os triângulos e muda o padrão, para um espaço negativo – nove triângulos criando um vazio triangular ao centro. Isso ativa corretamente o sistema. Michael então se encontra com uma Progenitora, que diz estar esperando por ela.

Ela revela que está morta há bilhões de anos, como todos de sua espécie, mas sua mente está lá, naquela dimensão. Seu dever é explicar a outros como usar a tecnologia. Michael pergunta se algo poderia ser feito por L’ak. A Progenitora diz que poderiam criar uma réplica dele, mas as lembranças e personalidade original estavam perdidas. Ela também revela que a tecnologia para criar e semear a vida não foi criada por eles, mas eles meramente a descobriram. Presumivelmente, ela foi criada por quem criara os Progenitores, num ciclo infinito de criadores e criaturas.

A Discovery recebe uma comunicação de Saru, dizendo que Tahal desviou sua frota, mas mantendo uma nave batedora a caminho dos buracos negros. Rayner então pergunta se podem saltar alguma coisa que não seja a própria nave com o motor de esporos. Tilly, Stamets e Adira desenvolvem um plano para usar o motor como um teletransporte, criando dois polos com a separação da seção disco. A estratégia dá certo, e a Discovery despacha o encouraçado e a nave batedora breen para bem longe, na barreira galáctica.

No interior do portal, a Progenitora diz que Michael agora será a guardiã da tecnologia. A capitão acha que a tecnologia é poderosa demais, com sua capacidade para criar exércitos inteiros, para ser controlada por alguém. Ela também diz que não pode tomar nenhuma decisão enquanto seus amigos estão em perigo. A Progenitora se despede e a devolve à interface a que está conectada. Ela desperta tocada pela experiência e resgata Moll, revelando que L’ak não pode ser salvo. As duas são teletransportadas por Book à nave auxiliar, e o portal é levado ao hangar da Discovery.

Chegando a bordo, Michael se reencontra com Saru. Stamets está empolgado com a descoberta, mas a capitão revela que conheceu um dos Progenitores e que a tecnologia deles é desnecessária e poderosa demais para ser usada. Para a frustração de todos, Michael decide que ela será destruída. Após aprovar a decisão com o almirante Vance e a presidente Rillak, a Discovery então deixa o portal cair no horizonte dos eventos de um dos buracos negros. Adira consola Stamets pela perda da tecnologia.

De volta ao QG da Federação, Book estabelece uma boa relação com Moll, que será detida pela Federação. Ele diz estar lá para ela quando quiser. Nhan informa que Kovich tem planos para ela.

Michael o encontra, e ele comunica que a Diretriz Vermelha foi encerrada e que todas as descobertas sobre os Progenitores serão tornadas secretas. A capitão oferece devolver o acesso à sala do infinito, mas Kovich insiste que ela o mantenha. Michael o confronta e pergunta sobre sua verdadeira identidade. Ele se identifica como o agente Daniels, da Enterprise, entre outras identidades.

Semanas depois, Saru e T’Rina se casam numa bonita cerimônia. Tilly está criando um programa de mentoria na Academia da Frota Estelar, e Michael e Book se reencontram. Book revela que levou a raiz do mundo Kweijan para o planeta Santuário 4 e que sua sentença foi comutada. Os dois admitem seu amor um pelo outro e se beijam, retomando seu relacionamento. Então Kovich entra em contato com ela, com uma nova missão. Michael convida Book para acompanhá-la.

Muitos anos depois, a almirante Michael e Book vivem juntos em Santuário 4. Mais velhos, eles têm um filho, Leto. Capitão da Frota Estelar, ele os visita – ela tem uma última missão de Diretriz Vermelha a cumprir. Numa nave auxiliar, Leto leva Michael até o QG da Federação, onde ela reencontra a Discovery, reformada para ganhar sua aparência original. De volta para uma “última dança”, ela relembra seus antigos colegas de tripulação e se despede de Zora, dizendo que terá de levar a nave para uma nebulosa e deixá-la lá, sozinha, por um longo tempo. Será a última vez que Michael e Zora se encontram. Cheia de emoção e boas lembranças, a almirante dá a ordem: “Vamos voar.”

Comentários

Com a obrigação de dar fim não só à quinta temporada de Discovery, mas também ao fim da série, “Life, Itself” é um episódio em geral bem executado e com visual estonteante que consegue envolver praticamente todos os personagens principais em sua trama.

Apesar dessas qualidades, o segmento também traz algumas decepções: nem todo mundo teve algo realmente inspirado para fazer e a coisa toda da tecnologia dos Progenitores acaba quase tão vaga quanto começou, causando certa frustração em quem esperava mais respostas. E não há boas intenções e mensagens suficientes que consigam superar isso.

A história se divide em basicamente quatro núcleos: o mais importante conta a história de Michael e Moll dentro do misterioso portal que leva à tecnologia dos Progenitores; os demais envolvem Saru e Nhan numa nave auxiliar negociando com a primarca Tahal, Book e Culber noutra segurando o portal para que ele não se perdesse com Michael e Moll dentro, e Rayner e o resto da tripulação a bordo da Discovery dando cabo de 40 caças, um encouraçado e uma batedora breens.

Como não seria de surpreender, o mais importante é também o mais espetaculoso. O diretor Olatunde Osunsanmi, ajudado por escolhas de movimento de câmera ousadas e uma tonelada de efeitos visuais de primeira linha, nos conduz a um panorama fabuloso para representar essa estranha realidade extradimensional que abriga a tecnologia dos Progenitores.

É verdade que essas sequências agradarão mais quem tem apreço por cenas de ação, porque Michael e Moll passam boa parte delas se estapeando, conforme visitam temporariamente vários mundos diferentes e exóticos, por meio dos etéreos portais que compõem esse estranho complexo.

Já aqueles que estavam à procura de respostas e um conteúdo intelectual mais profundo sairão um pouco decepcionados. Em nenhum momento fica claro o que exatamente faz a tecnologia dos Progenitores, nem que perigos ela pode oferecer. Os diálogos tentam trazer algo sobre isso, com a Progenitora dizendo que a tecnologia pode replicar um ser vivo, mas não ressuscitá-lo (adeus, L’ak!), e Michael concluindo que o sistema poderia ser usado para criar um exército de clones (alô, George Lucas!) ou algo do tipo. A julgar apenas por essas frases, os Progenitores detinham apenas uma tecnologia um pouco mais sofisticada de clonagem do que a que nós, pobres humanos do século 21, temos atualmente. É muito pouco, de onde se esperava algo muito mais grandioso.

Por sinal, o aspecto menos elaborado desse poderio tecnológico – mas aparentemente muito mais relevante – é a tecnologia dos portais, que permite acesso essencialmente instantâneo a muitos planetas diferentes. Isso sim seria uma tecnologia extraordinariamente perigosa, propiciando que seu dono pudesse invadir qualquer mundo que quisesse (à moda dos portais iconianos, introduzidos em “Contagion”, da segunda temporada de A Nova Geração). Mas nada é dito especificamente sobre esse perigo.

Igualmente peculiar é a noção de que os Progenitores na verdade só encontraram essa tecnologia, em vez de tê-la desenvolvido, pressupondo um criador para os criadores. A ideia de ciclos infinitos de criação é bonita, mas aqui é absolutamente trivializada, como se não fosse preciso responder quem são esses misteriosos criadores dos Progenitores e por onde eles andam. E por que eles criaram esse complicado sistema, mas não o usaram, criando apenas os Progenitores, que por sua vez o usariam para polinizar a galáxia com formas de vida humanoides?

Se você é dos que esperavam respostas mais satisfatórias a essas questões, está sem sorte. É bem verdade que obras-primas da ficção científica dispensam uma compreensão exata, como o final de 2001: Uma Odisseia no Espaço. Mas a diferença crucial está entre querer incutir os mistérios no espectador, o que é bom, ou simplesmente fingir que eles desapareceram, sem de fato explicá-los, o que é ruim. “Life, Itself” cai mais na segunda categoria, embora o faça com uma motivação clara: deixar a mensagem de que a própria vida é resposta suficiente às nossas perguntas. Saber reconhecer o que Carl Sagan uma vez disse: “Na vastidão do espaço e na imensidão do tempo, é um grande prazer partilhar um planeta e uma época com você.” E isso já bastaria para nos maravilharmos com o fato de que existimos e estamos aqui hoje.

A despeito da bela motivação, os elementos da trama em si são simplórios. O “teste final”, de montar uma figurinha com triângulos, lembra mais questão de lógica de concurso público do que realmente um grande desafio para alguém digno de controlar o maior poder da galáxia. Parece pouco.

Ainda assim, é o melhor que temos aqui. Saru, coitado, acaba com uma função totalmente burocrática marretada no roteiro para dar a Doug Jones algo que fazer no episódio final. Pense comigo: se tirássemos toda a coisa de Tahal da trama, o que teria mudado no resto da história? Nada. É uma falsa encrenca, prejudicada não só por sua inserção artificial como também pela execução pobre. Em contraste com as sequências no portal, aqui são duas pessoas numa nave auxiliar conversando com uma cabeça gigante breen. Nem toda a potência de atuação de Jones sob a pesada maquiagem resolve.

Um pouco melhores são as sequências em que a Discovery precisa lidar com os breens. Mas elas também estão aqui meramente para causar falsa encrenca. Os breens, por sinal, perderam completamente qualquer identidade no episódio final, servindo apenas como artifícios para colocar a tripulação em perigo em uma grande batalha.

A execução, contudo, satisfaz. A perseguição dos caças e a ideia de detonar o plasma (à moda de Riker em Jornada nas Estrelas: Insurreição) com torpedos fotônicos para desabilitá-los é bem representada. Também há de se elogiar a boa atuação de Callum Keith Rennie como Rayner, convincentemente assumindo a liderança da nave em um momento difícil.

Curiosa e bem pensada a ideia de usar o motor de esporos da Discovery para transportar outros objetos que não sejam eles mesmos, mas é mais difícil de entender como eles podem fazê-lo sem saltar com a própria nave – até porque sabemos que Stamets precisa guiá-la através da rede micelial para ir aonde quer. Como ele poderia fazer isso sem estar imerso no salto?

Também podemos (e devemos) estranhar a convicção inicial de que saltar qualquer coisa que não fosse a Discovery seria impossível. Stamets e Tilly dizem de início que não teria como, embora a nave já tenha saltado junto com a Viridian, nave de Osyraa, ao final de “Su’Kal”, da terceira temporada. Teria sido mais inteligente se eles tivessem citado essa ocorrência como precedente para desenvolver a técnica usada aqui para levar as naves breens até a barreira galáctica. E, sem querer ser chato, mas já sendo, ficamos sabendo na quarta temporada que o motor de esporos não poderia ser usado para atravessar a barreira galáctica… Sejamos gentis e pensemos que a Discovery lançou as naves breens para perto da barreira, a exemplo do que havia feito na quarta temporada.

Implicâncias à parte, o que conta é a ação aqui, e ela de forma geral funciona.

Por fim, o último núcleo do episódio é o que reúne Book e Culber em seu esforço para impedir que o portal caísse no buraco negro. De novo, é uma daquelas tramas que foi marretada para dar a eles o que fazer. Culber tem uma convicção pessoal de que precisa tomar parte nessa missão, como uma forma a dar sequência a seu arco da “experiência espiritual” com Jinaal. Mas aqui isso tudo só serve como dispositivo de trama, sem agregar nada novo ao personagem. Ele sai com a mesma vibe “não sei como isso pode estar acontecendo, mas legal” que já estava com o personagem antes desse episódio.

Um destaque interessante, que vale para a temporada toda, mas em particular para este episódio, é a relação de amizade e companheirismo entre ele e Book, outro que acaba subutilizado até chegarmos ao desfecho.

Resolvida a crise da tecnologia dos Progenitores, Michael decide sabiamente que ninguém pode ter controle sobre tamanho poder. Vamos combinar, é algo que a gente já podia dizer desde que a temporada começou, e a única (talvez boa) surpresa foi não vermos a coisa toda ser usada para rigorosamente nada. A capitão decide deixá-la mergulhar num buraco negro, fora do alcance de qualquer um.

De volta ao QG da Federação, Moll é recrutada por Kovich, que revela a Michael ser ninguém menos que o agente temporal Daniels, visto na série Enterprise. Uma escolha curiosa, não ruim, não boa, meramente gratuita.

E terminamos o episódio propriamente dito com o esperado casamento de Saru e T’Rina. É uma cena clichê, com jeitão de fim de novela, mas que agrada a quem viu com bons olhos a evolução da relação dos dois – e uma ótima oportunidade para reunir todo o elenco no que seria o final da temporada.

Para o final da série propriamente dito, um epílogo de cerca de 15 minutos foi inserido, com um salto temporal de cerca de 30 anos. Encontramos Michael e Book casados, vivendo calmamente em Santuário 4, e a agora almirante sendo chamada a uma última missão, transportada de volta à Discovery por ninguém menos que seu filho, o capitão Leto.

A rota escolhida para encerrar a série é bastante satisfatória, embora não livre de controvérsias. O salto para o futuro é apropriado de várias maneiras. No plano da franquia, faz homenagem a outros finais de série, como “All Good Things…” (A Nova Geração) e “Endgame” (Voyager). No plano da temporada, reforça a missão de destacar a mensagem de que “a vida por si mesma” é a coisa mais importante que existe. E, no plano da série, conclui de forma bem-sucedida e feliz o arco de Michael Burnham, que começou como uma pessoa traumatizada e sem contato com suas emoções e terminou com a protagonista totalmente realizada, pessoal e profissionalmente, olhando para trás e contemplando com satisfação sua trajetória de vida.

Discovery não poderia acabar de outro modo que não fosse um final feliz para Michael, e isso o episódio entrega exatamente como deveria.

E ainda temos um bônus para os fissurados no cânone: o segmento termina conectando a série ao episódio “Calypso”, de Short Treks, que revela a nave perdida num futuro longínquo, com apenas Zora a bordo. Eles precisavam disso? A rigor, não, e certamente haverá quem critique. A coisa toda já estava ao menos parcialmente resolvida com “Face the Strange”, da quinta temporada. Mas a showrunner Michelle Paradise fez questão de ligar todos os pontos e mostrar a nave até mesmo sendo restituída a seu aspecto original do século 23 – não haverá patrulheiro do cânone que possa implicar com isso.

As cenas finais a bordo da Discovery, com Michael relembrando com afeição seus colegas de tripulação, com muitos abraços e sorrisos em câmera lenta, é um daqueles clichês de fim de série, mas seria difícil passar sem ele. A sensação que fica é que, apesar dos atropelos, a série cumpriu sua missão e fez plena justiça a esses personagens, em particular sua protagonista.

Avaliação

Citações

“You didn’t build this?”
“We theorize that whoever created this created us. But perhaps it goes even further back. A cycle of creators and creations countless times over. This place predates them all.”
(Vocês não construíram isso?)
(Teorizamos que quem quer que tenha criado isso nos criou. Mas talvez seja algo até mais antigo. Um ciclo de criadores e criações incontáveis vezes. Esse lugar precede todos eles.)
Michael Burnham e a Progenitora

Trivia

  • Kyle Jarrow escreveu este episódio ao lado da showrunner Michelle Paradise. Ele se juntou à série como coprodutor executivo na quarta temporada.
  • Diretor produtor da série, Olatunde Osunsanmi dirigiu 14 dos 65 episódios de Discovery.
  • Com 1h25 minutos, este é o episódio mais longo de Discovery (e de qualquer série de Star Trek, sem contar episódios duplos).
  • Este episódio foi filmado sem o conhecimento de que ele seria o último da série. Com o cancelamento, a Paramount autorizou a gravação de um epílogo, planejado em oito semanas e filmado em apenas três dias, em março de 2023 – quatro meses após a conclusão das filmagens do episódio em si.
  • Por conflito de agenda, Wilson Cruz não pôde filmar a reunião final da tripulação no epílogo. Um dublê fez o papel de Culber em tomadas abertas e seu close veio de uma cena de arquivo, manipulada digitalmente.
  • Emily Coutts (Detmer) e Oyin Oladejo (Owosekun) ficaram de fora de boa parte da temporada por outros compromissos profissionais, mas voltaram para o epílogo.
  • A sequência de abertura do episódio inclui elementos de todas as cinco temporadas.
  • Uma pré-estreia desse episódio foi realizada em 29 de maio de 2024, no Wallis Annenberg Center for the Performing Arts, em Beverly Hills.
  • Michael usa sua técnica de meditação vulcana para resolver o teste dos triângulos. Mas há um possível erro de continuidade nas cenas: a primeira visão dos triângulos mostra dez deles, mas Michael e Moll usaram apenas nove em suas soluções.
  • O corpo de L’ak é visto no episódio, mas Elias Toufexis não retornou para fazer a cena.
  • Ao revelar a frequência subespacial para o raio trator, Culber diz: “Sou um médico, não um físico.” Clássico bordão de McCoy na Série Clássica.
  • Pela primeira vez vemos uma separação da seção-disco da Discovery, uma capacidade nunca antes descrita. Claro, a mais famosa nave a se separar em duas é USS Enterprise-D, de A Nova Geração, embora a nave da Série Clássica também fosse supostamente capaz disso (embora nunca tenhamos visto em tela).
  • Kovich se apresenta como “agente Daniels, USS Enterprise”, numa referência ao personagem visto na série Enterprise. Mas lá a nave não tinha o prefixo USS, era apenas Enterprise NX-01. Será que Daniels esteve também em outra Enterprise?
  • Entre os enfeites na sala de Kovich estão o VISOR de Geordi, a bola de beisebol de Sisko e uma garrafa de vinho Château Picard (safra de 2249).
  • Book se atrasou para o casamento por ter encontrado piratas talaxianos, espécie de Neelix em Voyager.
  • O filho de Michael e Book, Leto, ganhou seu nome em homenagem ao sobrinho de Book, que morreu em Kwejian.
  • A nave auxiliar de Leto que leva Michael de volta à Discovery tem o código de registro UFP 47. O número 47 aparece com enorme frequência em Star Trek.
  • Leto visitaria Crepúscula, o planeta que aparece no prólogo do piloto de Discovery, “The Vulcan Hello”.
  • A trama do começo de Discovery se passa num sistema de estrelas binárias recém-nascidas, e o final é ambientado em torno de um par binário de buracos negros primordiais, muito antigos.
  • A showrunner Michelle Paradise revelou que o que acabou sendo o epílogo, introduzindo a missão que levaria ao episódio “Calypso”, de Short Treks, seria o motor para a história da sexta temporada, caso a série fosse renovada.
  • Paradise teve uma pequena aparição de voz no episódio como a oficial da Frota Estelar que avisa que à almirante Burnham que sua nave auxiliar está chegando.

Ficha Técnica

Escrito por Kyle Jarrow & Michelle Paradise
Dirigido por Olatunde Osunsanmi

Exibido em 30 de maio de 2024

Título em português: “A Vida em Si Mesma”

Elenco

Sonequa Martin-Green como Michael Burnham
Doug Jones como Saru
Anthony Rapp como Paul Stamets
Mary Wiseman como Sylvia Tilly
Wilson Cruz como Hugh Culber
Blu del Barrio como Adira Tal
Callum Keith Rennie como Rayner
Tig Notaro como Jett Reno
David Ajala como Cleveland “Book” Booker

Elenco convidado

Oded Fehr como Charles Vance
David Cronenberg como Kovich
Annabelle Wallis como Zora
Rachael Ancheril como D. Nhan
Tara Rosling como T’Rina
Eve Harlow como Moll
Somkele Iyamah-Idhalama como Progenitora
Sawandi Wilson como Leto
Emily Coutts como Keyla Detmer
Patrick Kwok-Choon como Gen Rhys
Oyin Oladejo como Joann Owosekun
Ronnie Rowe Jr. como R.A. Bryce
Orville Cummings como Christopher
David Benjamin Tomlinson como Linus
Christina Dixon como Asha
Victoria Sawal como Naya
Natalie Liconti como Gallo
Zahra Bentham como Lorna Jemison
Gregory Calderone como Jax
Julianne Grossman como computador do traje EV
Piotr Michael como voz da nave auxiliar
Patricia Summersett como Tahal
Victor Andrés Trelles Turgeon como Duvin

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Edição de Maria Lucia Rácz
Revisão de Susana Alexandria

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