Star Trek: Strange New Worlds está filmando sua quarta temporada neste momento e já tem a quinta anunciada como a derradeira da série. A última temporada terá apenas seis episódios o que causou estranheza entre os fãs. Durante um painel no Festival de Cinema de Tribeca, o produtor executivo e co-showrunner Akiva Goldsman deu a entender de que havia a intenção de levar a série do capitão Pike em direção a icônica Série Original, do capitão Kirk.
Infelizmente, a perda de Discovery foi o nosso ganho. Então, eles basicamente disseram: ‘Olha, achamos que terminamos depois de quatro temporadas’. E nós dissemos: ‘Ei, e quanto à nossa ‘Vamos levar os fãs para a era Clássica‘, porque o que acontece com todas essas pessoas e como essa pessoa vai aparecer?’ E eles responderam: ‘Não, isso é justo. É verdade.’ E eles disseram: ‘O que você precisa para chegar lá?’ E nós dissemos: ‘Seis episódios’ e eles concordaram.
A boa notícia é que, quando digo ‘eles’, na verdade, as pessoas que fazem esta série também queriam que isso acontecesse, mas existem restrições fiscais que são reais. Você sabe o que está acontecendo com a Paramount. Então, levar as coisas adiante nesse ambiente foi um desafio, mas todos — CBS, Paramount, Strange New Worlds e a Secret Hideout [produtora de Alex Kurtzman] estavam todos puxando na mesma direção. E foi assim que acabamos conseguindo seis episódios. Então, não foi exatamente uma negociação, mas foi um fardo pesado para praticamente todos, porque todos queriam não ter outra circunstância de Discovery em que parecesse revogada de uma forma que não fosse completa.
Em relação à conexão de Strange New Worlds com a Série Clássica, Akiva, inicialmente, refutou a ideia de que a quinta temporada seria um reboot da série original. Ele explicou que a narrativa irá além da mera transição de comando da USS Enterprise do Capitão Pike para James T. Kirk, hoje interpretado por Paul Wesley.
Levaremos a série para o primeiro dia de Kirk no comando, que, aliás, não é exatamente a Série Original. A Série Original começa um pouco no comando de Kirk.
Penso em ‘Where No Man Has Gone Before‘ (que seria o piloto da série). E essa não é a primeira missão de Kirk, nem parece ser a segunda.
Em entrevista anterior, o mesmo produtor falou sobre a possibilidade de expandir as narrativas de Strange New Worlds, destacando que os cenários e o elenco já estão estabelecidos, prontos para novas histórias. Quando questionado pelo TrekMovie se estava apenas brincando sobre a ideia de uma continuação ambientada na USS Enterprise, Goldsman foi enfático:
Deixe-me colocar desta forma: eu certamente não diria não isso [a uma continuação ambientada na Enterprise]. Sim, eu sei, acredite em mim. Há muita coisa a pedir… [O co-showrunner] Henry [Alonso Myers] e eu faríamos isso até que nos dessem um fim, até que ficássemos resmungando sequências de abertura ruins, porque amamos a série. E se conseguirmos convencer as pessoas a nos darem a oportunidade de continuar essas missões, é claro. Nada nos deixaria mais felizes. E, quando chegar a hora, certamente tentaremos.
O primeiro piloto de Star Trek, “The Cage”, produzido em 1964 com o Capitão Pike (Jeffrey Hunter), e foi rejeitado pela NBC por ser considerado “muito cerebral”. No entanto, a emissora encomendou um segundo piloto, “Where No Man Has Gone Before”, filmado em 1965, que apresentou Kirk de William Shatner como capitão da USS Enterprise. Esse episódio estabeleceu o tom e os personagens principais da série, mas, curiosamente, não foi o primeiro a ir ao ar. Quando Série Clássica estreou em setembro de 1966, a NBC optou por exibir “The Man Trap” como o episódio de estreia, mesmo sendo o quarto episódio produzido após o segundo piloto. “Where No Man Has Gone Before” foi ao ar como o terceiro episódio da temporada. Essa decisão reflete a prática comum da época, em que as emissoras priorizavam episódios mais acessíveis ou com maior apelo comercial para atrair o público. “The Man Trap”, com sua trama envolvendo uma criatura que muda de forma, foi considerado mais dinâmico para a estreia, enquanto “Where No Man Has Gone Before” tinha um tom mais filosófico, explorando temas como o impacto do poder absoluto. Assim, a linha do tempo narrativa da Série Clássica não coincide exatamente com a ordem de produção ou exibição, o que explica a observação de Goldsman de que o “primeiro dia de Kirk no comando” em Strange New Worlds pode se situar antes dos eventos de “Where No Man Has Gone Before”.
Pelo visto, Strange New Worlds pretende preencher essa lacuna narrativa, explorando o que acontece logo após Pike deixar o comando e Kirk assumir, antes dos eventos vistos na Série Clássica.
Strange New Worlds estreia sua terceira temporada nesta quinta-feira, dia 17 de julho, com dois episódios seguidos. A série passará no Paramount+.
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