O quarto episódio da terceira temporada de Star Trek: Strange New Worlds intitulado “A Space Adventure Hour”, apresenta os personagens em uma divertida aventura no holodeck, prestando uma homenagem aos ícones da franquia. Na San Diego Comic-Con, o elenco compartilhou sobre a experiência de gravar esse capítulo e revelarem situações engraçadas com o diretor Jonathan Frakes nos bastidores da produção, os Shatnerismos de Wesley e os novos rumos românticos.
No centro dessa experiência está Jonathan Frakes, o icônico veterano de A Nova Geração, que assumiu a direção de “A Space Adventure Hour”. Durante o painel na San Diego Comic-Con (SDCC), o elenco não poupou elogios ao compartilhar como a energia contagiante de Frakes transformou o set em um playground criativo.
Paul Wesley, que dá vida a James T. Kirk, refletiu com entusiasmo seu trabalho sob a orientação de Frakes:
Faço isso há mais de 25 anos e foi a experiência mais divertida que já tive filmando. E trabalhar com Jonathan Frakes foi simplesmente maravilhoso. Ele é cheio de energia e alegria, e um diretor brilhante, e todos nós nos divertimos muito.
Jess Bush, que interpreta a Dra. Chapel, destacou um momento hilário que se tornou um dos favoritos da temporada. Ela relembrou a cena em que Sunny Lupino — interpretada por Rebecca Romijn — “morre” de forma exagerada em um sofá, com o elenco correndo para checar se ela estava bem.
O meu momento favorito da temporada foi, na verdade, deste episódio. A cena em que Sunny Lupino [Rebecca Romijn/Una] morre no sofá e corremos até ela para ver se ela está bem. Filmamos isso por muito tempo porque Babs [Olusanmokun] não conseguia se controlar. E a morte de Rebecca ficava cada vez mais longa a cada tomada.
Rebecca, por sua vez, assumiu o crédito com um sorriso:
Sim, explorei bastante aquela cena — ela foi ficando cada vez mais dramática!
Jess ainda relembrou que a risada de Babs (Olusanmokun) é irresistível, e a cena ficou mais engraçada quando se via Frakes atrás de uma palmeira no canto do set observando.
A risada da Babs é a coisa mais contagiante que você já ouviu na vida. É muito difícil não se identificar. E, para piorar, Jonathan Frakes estava escondido atrás daquela palmeira no canto esquerdo da cena, agachado atrás da samambaia, tentando nos impedir de ceder. Como se ele estivesse esperando lá, e então teve uma tomada em que não cedemos. E ele [sussurra]: “Vocês estão indo muito bem”. Ah, aquele episódio foi o mais divertido, todos os dias.
Em entrevista à Variety, Christina Chong foi só elogios ao trabalho de Frakes na direção:
Frakes quer fazer parte da ação, se escondendo atrás das plantas e sussurrando direções. Ele ilumina o dia de todos no set — trabalhar com ele é pura alegria.
Rebecca destacou a abordagem de ator de Frakes, que prefere estar com o elenco no trailer de maquiagem e no set, compartilhando ideias brilhantes.
É muito colaborativo. Ele tem ideias muito, muito boas. E ele também, por ser ator, adora estar no set com os atores, e não necessariamente na Vila do Vídeo. E ele gosta de começar o dia no trailer de cabelo e maquiagem, porque é isso que ele sempre fez como ator. Ele só quer estar com os atores.
A atriz também comentou a respeito da adaptação de um personagem para diferentes gêneros narrativos, mantendo sua essência central:
Bem, acho que o ajuste vem dentro de cada mudança de gênero, mas a performance central é quem você é na ponte, sabe, quem você é antes da missão e antes de entrarmos em qualquer novo mundo estranho em que acabamos. Então acho que você mantém quem é esse personagem na ponte e quem eles são profissionalmente e depois o ajuste acontece dentro da mudança de gênero.
Paul completou dizendo que o episódio foi um espaço para improvisação, como no vídeo de erros, onde muitas cenas nasceram da espontaneidade entre as pausas das filmagens.
Este episódio foi muito focado em dar o nosso toque pessoal ao que estávamos fazendo. Então ele queria que a gente improvisasse. Queria que a gente se divertisse. Como o vídeo de erros no final. Algumas coisas eram roteirizadas, mas muitas eram só a gente se divertindo no dia, com intervalos.
Wesley como Maxwell Saint
Durante a Comic-Con, outro destaque foi a discussão sobre a interpretação de Paul Wesley na pele de um ator de série fictícia dos anos 60, Maxwell Saint. Em entrevista ao TVLine,, Wesley revelou como aproveitou a chance de incorporar os maneirismos de William Shatner em Saint:
Percebi imediatamente a oportunidade de dar aos espectadores uma versão satírica e mais humorística do que eu poderia ter feito (interpretando Kirk)… É o casamento de um personagem fictício chamado Maxwell Saint, que está em uma série de sucesso chamada “The Last Frontier”, mas que, na época, espelhava muito a série Star Trek dos anos 1960. Então, eu meio que queria criar uma versão do James T. Kirk, William Shatner, que conhecemos da série original, ao lado de Maxwell Saint, que tem seus próprios maneirismos, então, fiz um pouco dos dois. Nos divertimos muito. Eu não queria exagerar. Mas também queria fazer o suficiente, para que fosse uma verdadeira piscadela para os verdadeiros fãs.
Para incluir alguns “Shatnerismos”, Wesley teve a parceria de Frakes para encontrar o equilíbrio no personagem:
Jonathan Frakes e eu fizemos uma série de tomadas. E eu saía correndo do set e perguntava: “Foi demais?”. E ele respondia: “Não, me dá mais!”. Fizemos várias variações diferentes, e Henry e Akiva escolheram as que mais gostaram. E sem refilmagens.
Surpresas Românticas
Outro ponto na trama do episódio foi o inesperado par romântico entre Spock (Ethan Peck) e La’an (Christina Chong). Christina Chong admitiu à Variety que ficou surpresa com essa abordagem:
Fiquei chocada. O quê? Eles estão juntando La’an e Spock? Porque eu, obviamente, pensei que [La’an e Kirk] continuariam… Mas foi perfeito, principalmente com toda a dança que fazemos durante todo o filme. E vocês ainda não viram tudo. Com toda a dança que fazemos, ele é o parceiro de dança perfeito, Ethan. Porque ele é tão forte e eu confio nele como colega de elenco. Então, tudo isso foi incrível, aprender novas rotinas e estilos latinos e dançar valsa.
Quanto à Chapel, sua intérprete Jess Bush acredita que a separação de Spock e agora esta nova relação com La’an abre um novo capítulo para os personagens:
Acho que a divergência no relacionamento romântico de Chapel e Spock, a separação disso, acho que Chapel está bem em paz com isso. Acho que ela entende que, embora você possa realmente amar alguém, às vezes seus caminhos simplesmente não se alinham. E ela está em paz com isso quando viaja para a bolsa de estudos [com o Dr. Korby]. Acho que sempre será estranho ver seu ex-amante com alguém novo, especialmente quando você trabalha com ele. Mas acho que ela entende que isso provavelmente é melhor, sabe? Eles são mais um e ela segue em frente bem rápido.
Fonte: TrekMovie
Os novos episódios da terceira temporada de Strange New Worlds seguem passando todas as quintas-feiras pelo Paramount+.
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