Entrevista com Scott Bakula

O site Star Trek.com entrevistou o ator Scott Bakula, que fez o papel do capitão Jonathan Archer da série Enterprise. Bakula falou sobre seu trabalho na quinta série da franquia, o descontentamento quanto ao último episódio These Are the Voyages…, o que ficou faltando ao seu personagem e seus novos projetos para televisão e cinema.

 Desde que a série foi cancelada em 2005, Bakula tem realizado trabalho no palco, co-estrelando ao lado de Matt Damon no filme The Informant e desempenhado papéis nas séries Chuck, The New Adventures of Old Christine, e trabalhando ao lado de Ray Romano e Andre Braugher na série Homens de uma Certa Idade. Durante uma pausa para o almoço na série Homens de uma Certa Idade, Bakula concedeu essa entrevista ao StarTrek.com.

Cinco anos depois, como você olha para trás em Enterprise?

“Ah, foi uma experiência fantástica. Eu gostei imensamente. Tivemos algumas pessoas fantasticamente talentosas de todos os lados da câmera. Tivemos grandes atores, o pessoal de efeitos tremendamente criativo, o pessoal de cenário as pessoas da maquiagem … Foi fantástico. Você estava trabalhando com algumas das pessoas mais talentosas e groundbreakers na indústria, e eu tive de fazer isso por quatro anos”.

Muitas pessoas não ficaram satisfeitas com o final de Enterprise, o que praticamente deixou tudo e todos envolvidos em uma seqüência no holodeck de A Nova Geração. Qual foi sua reação a isso?

“Devo dizer que quando eu li o roteiro eu não esperava por isso. Tive uma longa conversa com Rick (Berman) e Brannon (Braga) sobre o assunto e explicaram sua idéia e filosofia para mim. Eu não sei …, o fim de qualquer coisa é sempre difícil de escrever. Foi um pouco estranho, mas foi o direito deles”.

O que ficou incompleto no Capitão Archer?

“As coisas foram impostas naquele momento, por serem após 11 de setembro, mas eu queria que nós voltássemos a ter um pouco mais de diversão com a série e sair daquela coisa toda do Xindi. Que foi divertido. Acho que fomos apontando nessa direção. Acho que o grupo estava pronto para ir a diante. O elenco estava pronto para chegar lá, e eu acho que nós poderíamos ter tido algo tremendo. Mas nós simplesmente não conseguimos ir até lá. Eu queria que o Archer de certo modo crescesse e acalmasse um pouco”.

Se o J.J. telefonasse a você e dissesse: “Ei, nós temos uma ótima maneira de começar Archer no próximo filme. Está interessado? “O que você diria, sim ou não?

“Sim”.

Você tende a não repetir-se, em termos de projetos ou papéis. Então, o que para você foi único em Homens de Uma Certa Idade e sobre o seu personagem, Terry?

“Eu sempre começo com um script, e o piloto para essa série foi maravilhoso. Eles tem feito um trabalho muito bom, desde então. O caráter de Terry é muito diferente do meu, e isso é o que você procura como ator, a chance de não ser você mesmo. A única questão logo no início foi estar em uma sala com Ray (co-produtor executivo) e Mike Royce e certificar-nos de que estávamos todos na mesma página e tinhamos um pouco de química com o André. Todos se encaixaram. Não há nada parecido na televisão”.

Temporada dois de Homens de Uma Certa Idade fará sua estréia em novembro. O que os telespectadores podem esperar?

“Bem, eu vou estar trabalhando para André no negócio do carro, tentando descobrir os meandros de venda de automóveis, que tem sido muito louco até agora. O personagem de Ray está perseguindo a idéia de tentar fazer uma excursão senior de golfe, e ele está tentando conciliar sua vida com tudo isso. E, claro, André está agora tentando executar o negócio do carro na sombra de seu pai”.

Você tinha um belo arco em Chuck como o pai de Chuck, Stephen Bartowski. Como foi essa experiência e o que você fez da morte súbita do personagem?

“Eu me diverti na série. Eles têm um monte de gente lá, incluindo um grande número de pessoas da série Enterprise, que foi muito divertido para mim também. Eu achei que os scripts e os personagens foram bem escritos, que é o que me pegou. Eu fui um fã da série e continuarei a ser. Zac Levi comanda um grande grupo de atores e passamos bons momentos. Quando me chamaram para voltar e ser morto, eles me explicaram o que estavam tentando atingir, e que a idéia era que minha morte iria ajudar este jovem a crescer. Eles queriam chocar Chuck, e matar seu pai parecia uma boa maneira de fazê-lo. Eu acho que eles executaram – com perdão do trocadilho – muito bem. Eu acho que interpretei bem e acho que teve um profundo efeito sobre a série e Chuck. Estou curioso para ver onde eles vão com ela”.

A morte significa a morte mesmo em Chuck?

“O que eles dizem é que você nunca está morto em Chuck, então vamos ver. Eu já voltei em um flashback. Então, você nunca sabe. Estou animnado que ele me peguem de volta e se eu conseguir uma chance de voltar outra vez, eu adoraria fazê-lo”.

Cada vez que nós olhamos na internet há algum boato sobre um reviver Quantum Leap. Como estão as coisas? Qual é a última notícia?

“Isto é tudo que eu sei. Falei com Don (Bellisario, que criou o seriado) e ele foi abordado por um produtor para escrever um script e produzir um filme de Quantum Leap. Ele pretende fazer isso e começou a trabalhar nele. E o meu entendimento é que Dean (Stockwell) e eu possamos ter uma pequena participação no filme. Mas não foi nada escrito ainda. Então, vamos ver”.