Ex-designer comenta tecnologia do século 22

Após estar envolvido com Jornada nas Estrelas pelos últimos 20 anos, o ilustrador-sênior de Voyager, Rick Sternback, não foi requisitado para permanecer em Enterprise. Mas em uma nova entrevista dada esta semana, Sternbach revelou que ele ao menos contribuiu um pouco para o desenvolvimento inicial da série.

“Eu forneci a eles alguns dados técnicos astronômicos durante o desenvolvimento inicial da série, dez meses atrás”, disse Sternbach ao site EnterpriseUK, “que determinavam quantas estrelas poderiam existir em determinados volumes de espaço (alcançáveis por vários fatores baixos de dobra, de 2 a 5, e quantas dessas estrelas poderiam possuir planetas habitáveis.”

Sternbach foi um dos co-autores do Manual Técnico da Enterprise-D, disponível em versão digital (CD-ROM) e em papel (livro da Pocket Books). Por conta disso, o designer é bem versado nas teorias de campo de dobra de Jornada nas Estrelas.

Sternbach disse estar impressionado pelo conceito básico de Enterprise. “Eu gosto da idéia de voltar atrás na história, embora eu pense que teria voltado um pouco mais, para os primeiros vôos interestelares que se seguiram logicamente a ‘Primeiro Contato'”, disse Sternbach.

Por outro lado, ele comentou que entendia por que a série se passava em uma época posterior. “Eles poderiam ter uma tripulação mais interessante e menores tempos de viagem (embora já tenhamos visto limites de velocidade e distância sendo jogados pela janela em todas as três séries modernas de Jornada).”

Uma coisa que será diferente das séries mais modernas, e mais parecida com a série original, será o fato da Enterprise do capitão Archer ter botões reais, em vez de interfaces de computador high-tech (como os terminais LCARS, criados por Michael Okuda). Sternbach disse que isso poderia muito bem funcionar para Enterprise. “Botões e alavancas ainda estão sendo usadas hoje para certos sistemas, por uma razão muito boa: se sua energia acaba, você ainda precisa operar manualmente válvulas de gás, fechar ou abrir comportas esse tipo de coisa.”

“Nem todo pedaço de equipamento precisa ser um aparelho elétrico. Claro, lidamos com equipamento aeroespacial cada vez mais eletrificado e comptadorizado, que foi construído de forma confiável e com backups. Faça algumas escavações em vários sites da Nasa para visões dos interiores dos módulos da Estação Espacial Internacional. Não há nada dos anos 50 nesse material, e certamente ele iria funcionar para veículos pós-Phoenix com alguns updates bem pensados.”

No resto da entrevista, Sternbach comentou seu trabalho em Voyager, nos manuais técnicos e em Jornada como um todo. O designer também deu recentemente uma entrevista ao Trek Brasilis, que você pode ler aqui.