LDS 3×04: Room for Growth

Garoto Antigravidade não é o subalterno que merecemos, mas é o subalterno de que precisamos

Sinopse

Data estelar: desconhecida

Lá estão os subalternos relaxando em suas confortáveis, mas abarrotadas, acomodações com uma quantidade significativa de tripulantes, quando eis que surge flutuando uma Freeman possuída pelo espírito de Minooki devido a capitão ter tocado — mais uma vez, segundo uma irritada Mariner — em uma máscara misteriosa. A capitão possuída vai transformando os corredores da Cerritos em seu templo pessoal enquanto a equipe da ponte corre atrás para conseguir salvar a comandante deles.

Coisa de uma semana depois, Billups e seu time de engenheiros trabalham sem parar nos reparos pós-confusão das máscaras, e, após uma conversa com Freeman e Shaxs, a capitão decide por bem mandar o engenheiro-chefe e sua equipe para um spa, de modo que eles possam relaxar e procurar resolver o estresse de tanto trabalho. Os engenheiros acabam concordando com a ideia, ainda que bem pouco entusiasmados.

Enquanto limpavam os próprios alojamentos e Rutherford organizava suas coisas para ir ao spa, Boimler lembra a eles que um sorteio de quartos no deque 1 está para acontecer, ainda que não considerem ter muitas chances. Ao deixar uma lesminha cair de um jarro, Tendi sai a perseguindo por tubos jeffries até que acaba por ouvir uma conversa entre os alferes Karavitus, Asif e Moxy (os “equivalentes babacas” deles do turno delta), conversa na qual eles planejam malocar o sistema interno do sorteio para ganharem os quartos, coisa que deixa Mariner furiosa, e eles traçam um plano para conseguirem passar a perna nos alferes do turno delta no próprio jogo deles e conseguirem os quartos.

Enquanto os alferes começam sua jornada pelas entranhas da Cerritos para colocar o plano em ação, Freeman e os engenheiros vão para a Dove, uma nave-spa, onde uma elisiana chamada Toz lhes dá as boa- vindas e um tour inicial pelas instalações e serviços oferecidos ali, para terem uma experiência relaxante e agradável, enquanto os engeheiros continuam não se entusiasmando demais sobre a coisa toda, até parando para fazer reparos em coisas pequenas na Dove.

O grupo de alferes inicia seu trajeto planejado por Boimler pelo holodeck 3, mesmo enquanto Shaxs e T’Ana fazem uma encenação tipo Bonnie e Clyde, com um assalto a banco. Eles procuram sair de lá o mais rápido possível, considerando a vergonha alheia de ouvirem uma DR entre os dois oficiais como sendo algo pior do que ficarem no local com as travas de segurança desativadas, como T’Ana gosta de executar o cenário.

Eles chegam até o compartimento que, devido a servir como porão do deque de fazenda hidropônica, parece um pântano com água pelos calcanhares e raízes de inúmeras plantas pelo local, incluindo uma planta tamariana que gosta de crescer em ambiente carregado com óxido nitroso. Tendi comenta que orianos são imunes ao efeito alucinógeno que isso provoca, mas Mariner e Boimler não são, e ambos começam a alucinar fortemente, o que obriga Tendi a arrastá-los dali embaixo de tapa para que eles não fiquem doidões demais.

Na Dove, o tratamento dos federados tem início, e Freeman se anima ao ver seus engenheiros curtindo desenhar nas areias do jardim de pedras ao estilo oriental do local, mas apenas para constatar que eles estavam desenhando um circuito que, segundo eles, poderia aumentar a eficiência dos motores da Cerritos. Na seção de manicure e pedicure, Freeman descobre que os engenheiros ali usaram rodelas de pepino para fazerem um gato no sensor de estresse deles e fica tão irritada com isso que seu próprio estresse dispara e Toz tem que a internar em suas instalações para casos extremos.

Mariner está ficando impaciente de não chegar logo, mas Boimler explica que várias coisas ali foram reprojetadas, devido a todos os “serviços jaque” que a Cerritos sofreu (“Já que vai mexer, então aproveita e…”). Eles acabam chegando no compartimento detrás do disco defletor da nave, com Boimler se metendo a achar que é o “Garoto Antigravidade”, e começam a se divertir com a baixa gravidade do local. Contudo, a ponte exige aumentar a potência do defletor, devido a alguns asteroides estarem se aproximando da Cerritos. Isso provoca o disco a girar bem mais rápido, e a força centrífuga quase os prende ali, com Tendi e Mariner tendo que usar suas roupas como corda para retirarem Boimler do local.

O grupo finalmente chega até uma escotilha que abre em intervalos regulares por um temporizador, então procuram descansar no local, aguardando o acesso abrir. Nisso, os alferes do turno delta chegam ali também, e ambos os grupos ficam irritados pelo encontro. Contudo, eles acabam por confraternizar uns com os outros, trocando anedotas e experiências a respeito da vida na nave e seus relacionamentos com os oficiais. Tendi acredita que a animosidade entre eles pode ter acabado, mas a coisa dura pouco, pois, assim que a escotilha abre, os alferes do delta já mandam uns empurrões neles e disparam pela escotilha antes que esta fechasse, para ódio de Mariner.

Freeman está tão irritada que nem a sala dos filhotes de bichinhos resolve o problema, o que preocupa Toz. Nisso, os engenheiros da Cerritos chegam ali e mostram o que improvisaram de última hora: uma câmera de relaxamento que, garantem, vai curar a capitão. Ela aceita a contragosto usar o troço, mas é surpreendida, pois o resultado é excelente e instantâneo, com os engeheiros explicando que eles preferiam relaxar trabalhando, ao invés de terem que ser obrigados a se submeterem a diversões arbitrárias que não curtem. Com os federados todos voltando para a Cerritos, Toz manda seu enfermeiro se livrar imediatamente do equipamento que os engenheiros da Cerritos criaram, para que isso não torne sua nave obsoleta.

Os subalternos, por sua vez, não desistem. Boimler percebe um caminho ainda mais alternativo ao terminal LCARS do sorteio e entra em modo “Boimler Ousado” para se certificar de que vai dar certo, e o grupo eventualmente alcança o terminal antes dos deltas. Lá, eles descobrem que o sorteio, na realidade, é para apenas um quarto no deque 4. Temerosos de que um deles, então, iria acabar separado dos demais, o que seria, portanto, algo que quebraria a camaradagem do grupo, eles preferem deixar esse triste destino acontecer para o turno delta.

O sorteio ocorre e os alferes do delta conseguem o quarto, mas o que Mariner, Boimler e Tendi esqueceram de considerar é que o grupo dos quatro alferes do delta decidiram ficar todos no mesmo quarto, e lamentam não terem tido a mesma ideia, para desgosto de Rutherford, que passa uma comida de rabo neles por não terem pensado a mesma coisa, depois que o engenheiro se juntou a eles no refeitório para saber qual foi o resultado do sorteio.

Comentários

Com “Room For Growth” nós tivemos um exemplo claro de como um episódio acaba sendo executado se a premissa da série é seguida ao seu extremo. Isso ocorre à medida que tivemos a sugestão de que um doido evento de exploração do espaço ocorreu (Freeman ser possuída pela máscara), coisa que, nas demais série de Jornada, renderia episódio inteiro. Aqui, esse evento ocorre entre o teaser (que dá uma palhinha disso) e o início do primeiro ato, quando retornamos ao episódio com o rolo já resolvido. Daí, o episódio de Lower Decks nos entrega tramas simples e orientadas a personagens que mostram o que ocorre depois de eventos que normalmente seriam episódios de A Nova Geração, por exemplo. Isso é uma descrição perfeita de um dos mandatos da série.

Embora possa parecer uma comparação descabida, o episódio “Family”, da quarta temporada de A Nova Geração, tem o mesmo posicionamento: é um episódio que ocorre após um “grande evento”, que lida com consequências e bastante orientado a personagens, exatamente como “Room for Growth”. Claro que, neste caso, o episódio de Lower Decks é bem mais mundano em relação ao que tem de “trama”, mas algo não menos importante para seus personagens.

Enquanto trama, esse episódio foi claramente superior a “The Least Dangerous Game” e “Mining The Mind’s Mines” na medida que teve tramas extremamente simples, mas bem-executadas. As tramas aqui não são exatamente “melhores” per se do que as dos dois episódios que o antecederam, devido a uma comparação direta não ser realmente tão possível: embora pelo valor da face as ideias por trás das tramas dos anteriores fossem mais elaboradas, e as neste episódio fossem extremamente simples e banais, nos outros dois a execução foi sofrível, enquanto aqui a execução foi ótima. Um caso clássico de “menos é mais”.

Na primeira delas, como de costume, Lower Decks volta com terciários já introduzidos anteriormente, no caso os “equivalentes babacas” dos protagonistas e seus arqui-inimigos, os alferes do turno delta. Eles foram introduzidos em “Terminal Provocations”, da primeira temporada, e foram rapidamente vistos em “First First Contact”, ao final da segunda, entre os convocados para ajudarem a desmantelar o casco externo da Cerritos. Aqui, em “Room For Growth”, tiveram a chance de brilharem mais e até detalharam nomes: o equivalente ao Boimler sendo Asif, o equivalente a Mariner sendo Karavitus e a equivalente a Tendi sendo Moxy (o equivalente a Rutherford pouco apareceu).

Houve previsibilidade nessa trama? Até que sim, uma vez que nós podíamos imaginar de antemão que, primeiro, nossos protagonistas não iriam conseguir o alojamento extra, e, segundo, não iriam ficar tão camaradas assim daqueles alferes. Mesmo assim, o tenro momento deles compartilhando experiências de subalternos foi o ponto alto do episódio e pincelou de maneira adequada as tintas de como nossos subalternos já podem ser considerados um “band of brothers” no sentido clássico do termo — a decisão final deles reflete bem isso, embora pudessem ter raciocinado um tantinho a mais, como Rutherford depois comentou ao ser confrontado com o resultado final da aventura do grupo.

Já a trama com Freeman e seus engenheiros seria aquilo que mais de “evento principal ocorrendo na nave” o episódio teria, mas largamente restou como a trama B de “Room For Growth”. Ainda assim, garantiu momentos divertidos com Freeman arrastando à revelia seus engenheiros, enquanto estes procuravam de toda forma se livrarem da “diversão mandatória” que lembrava de muitas formas eventos corporativos aqui do século 21, quando empresas mandam funcionários para retiros, de modo a criar entrosamento e todas essas paradas.

Foi também um momento em que a série conversa diretamente com uma parcela razoavelmente grande do fandom à qual pertence, uma vez que muitos fãs podem se reconhecer no dilema em que Billups e sua equipe estavam: eles podiam não desejar relaxar com formas de relaxamento que outras pessoas curtem, mas sim com formas de relaxamento que nerds técnicos iriam desejar: o que podia estar estressando eles era ter que trabalhar demais em tarefas de missão crítica. Mas era só entregarem para eles tarefas técnicas com uma pegada mais tranquila que aproveitariam imensamente a oportunidade, como vimos.

Interessante mencionar que o episódio mostra mais uma vez como a equipe criativa da série tem a tripulação da Cerritos extremamente bem mapeada, algo que já mencionamos várias vezes ao longo da série: todos os engenheiros ali retratados no time principal de Billups já apareceram antes na série, exatamente como membros da equipe de engenharia. Essa consistência é algo mais fácil de se exercitar em animação, claro, uma vez que você não fica dependente da disponibilidade de ter os mesmos extras à mão o tempo todo, e enriquece enormemente a série, entregando uma familiaridade que, embora não salte aos olhos de maneira exagerada, é algo que ressoa muito bem como elemento de fundo.

“Room for Growth” é mais um segmento desta terceira temporada que faz uso da crescente mitologia interna da série: claro que não é coincidência a comandante da nave-spa ser uma edosiana, uma vez que isso conversa diretamente com o visto em “Much Ado About Boimler”, em que tivemos um edosiano em comando daquela sinistra nave de uma espécie de “Seção 31 médica”. Aqui, a versão spa foi bem mais benigna em sua execução, mas não menos cínica, com Toz claramente reconhecendo no dispositivo que os engenheiros criaram um sério risco para a sua função.

Falando no dispositivo, o jeitão todo do troço e como ele é vendido enquanto ideia para Freeman me lembrou de passagem a “câmera de entertenimento e regeneração celular” em que o doido do Dr. Elias Giger trabalhava para aperfeiçoar no episódio “In the Cards”, do final da quinta temporada de Deep Space Nine. Pelo que pudemos ver aqui, claramente Toz é um dos “servos sem almas da ortodoxia”, sobre os quais o doutor doido visto naquele episódio tanto temia que eram contra seu trabalho.

Detalhe pequeno, mas besta, de animação: a “bala holográfica” que quase atingiu Boimler foi desenhada como se fosse o conjunto completo todo do cartucho que seria disparado (o projétil mais o estojo), ao invés do que deveria ser o correto, apenas o projétil. Já em outro dos itens menores, eu sei que se tratou de uma mera piada visual inconsequente, mas o filhote com as rodinhas junto das patas traseiras me incomodou pela exata mesma razão de que aparições recentes de cadeiras de rodas comuns em outros episódios incomoda: é um troço completamente sem sentido existir no contexto da época em que é retratado.

Enfim, ficamos aqui com um bom episódio e nitidamente melhor do que os dois imediatamente anteriores, mesmo tendo partido de bases bem mais simples do que os que o antecederam, mas algo natural de ocorrer uma vez que foi o exercício mais básico e limpo da premissa pela qual a série já é largamente conhecida.

Avaliação

Citações

“Yeah, I love the Cerritos, but it’s a workhorse. It definitely wasn’t designed for all this crew.”
(É, eu amo a Cerritos, mas é um cavalo de carga. Certamente não foi projetada para toda essa tripulação.)
Rutherford, fazendo uma racionalização em tela para a classe California ter os alojamentos deles nos corredores

“Ugh. Delta shift’s the worst. How are they even in Starfleet? They should all just join the Maquis.”
(Aff. O turno delta é péssimo. Como eles sequer estão na Frota Estelar? Eles deviam ter se juntado aos maquis.)
Mariner, resmungando sobre a falta de ética dos subalternos do turno delta

“Ha. I’m not Boimler. I’m Antigrav Boy, protector of the lower decks.”
(Ha. Eu não sou o Boimler. Eu sou o Garoto Antigravidade, protetor dos deques inferiores.)
Boimler, aproveitando a baixa gravidade da sala adjacente ao disco defletor da Cerritos.

“I want this thing ejected from my ship right now!”
“But, it’s exactly what we…”
“I said get rid of it!”

(Eu quero esse troço ejetado da minha nave imediatamente!)
(Mas é exatamente o que nós…)
(Eu disse para se livrar disso!)
Toz e enfermeiro da Dove, com ela querendo eliminar o risco para a sua função que a invenção improvisada implica

“Computer, 35 churros in an unmarked paper bag, hot.”
(Computador, 35 churros em um saco de papel neutro, quentes.)
Ransom, replicando os elementos que precisa para a fantasia que os subalternos ouviram falar que ele pratica

Trivia

  • O alferes da Cerritos, anteriormente conhecido como “cara da toalha”, agora tem um nome: Federov.
  • Boimler foi visto afinando o violino de cristal que ele usou para a noite de talentos no episódio “Temporal Edict” da 1ª temporada de Lower Decks.
  • De acordo com Rutherford, a Cerritos, da classe California, não foi projetada para acomodar sua atual quantidade de tripulação.
  • A capitão referiu-se a um “enorme projeto” com a USS Carlsbad chegando, talvez, a uma dica de um próximo episódio e retorno da tripulação de Carlsbad da semana passada.
  • Para dar uma pausa à tripulação de engenharia depois que transformaram a Cerritos de volta em uma nave, foi-lhes atribuído umas “férias obrigatórias” em uma nave termal chamada Dove (Pomba). O nome da nave pode ser uma referência a um par de outros centros de reabilitação da Série Clássica. Os símbolos tanto para a Colônia Penal Tantalus (“Dagger of the Mind”) quanto para o Asilo Elba II (“Whom Gods Destroy”) apresentavam de forma proeminente uma pomba.
  • Toz é um edosiana, como o especialista médico da Divisão 14, do episódio “Much Ado About Boimler”, da 1ª temporada de Lower Decks, indicando que os cuidados com a saúde podem ser atividades comuns da espécie.
  • Toz é também a primeira fêmea da espécie a ser vista.
  • Diane ou é o primeiro nome da Dra. T’Ana ou, como especulado por Boimler, seu “nome sexual perverso”.
  • No episódio “Temporal Edict” da 1ª temporada de Lower Decks, Tendi menciona o turno delta, que são os adversários deste episódio. Isso implica que a nave funciona sob uma rotação de quatro turnos, algo que o capitão Jellico implementou na USS Enterprise-D quando estava no comando temporário da nave, no episódio “Chain of Command”, de A Nova Geração.
  • Um dos alferes do turno delta tem o nome de Asif e é dublado pelo comediante Asif Ali, que apareceu em Wanda Vision e O Mandaloriano, junto com Eugene Cordero, que dubla Rutherford.
  • Quando a Cerritos chega ao encontro da Dove, abaixo dela pode ser visto um cruzador de batalha andoriano.
  • T’Ana perdeu sua cauda enquanto servia na USS Algonquin.
  • Quando Ransom foi transformado em um homem das cavernas, ele fez uma “esposa” de churros que a tripulação chama de Churrolivia.
  • Kayshon gosta de jardinagem e cortar flores.
  • Tendi tem uma pequena bolha chamada Goopy.
  • A sala do terminal que todos estão tentando alcançar se parece muito com a sala de manutenção do sensor da Enterprise-D, vista apenas uma vez na primeira temporada de A Nova Geração, no episódio “Lonely Among Us”.
  • Freeman acusa os engenheiros da Cerritos de serem todos “malditos Geordis La Forges”, referindo-se, é claro, ao engenheiro-chefe de A Nova Geração, promovendo a máxima de Star Trek de que os engenheiros da Frota Estelar nunca sabem como fazer uma pausa.
  • Aparentemente, Will Riker não é o único primeiro oficial da Frota Estelar a transformar-se em um homem das cavernas, o que aconteceu no episódio “Genesis”, de A Nova Geração. Aparentemente, o mesmo aconteceu com o comandante Ransom (Jerry O’Connell) em uma das aventuras anteriores (não vistas) da Cerritos.
  • O arquivo D’Arsay visto transformando a Cerritos é uma referência ao episódio “Masks” de A Nova Geração, onde outro arquivo D’Arsay transforma a USS Enterprise, embora o que a Cerritos encontrou (aparentemente nem foi o primeiro!) seja dedicado ao deus Minooki.
  • O pequeno estelo (coluna de pedra) D’Arsay em que o violino de Boimler se transforma se parece claramente, mas não é uma cópia, do estelo que apareceu pela primeira vez nos aposentos de Deanna Troi em “Masks”, episódio de A Nova Geração.
  • Neste episódio, temos outro deus ou deusa D’Arsay, chamado Minooki. No episódio “Masks” tínhamos a deusa do Sol, Masaka, e o deus da Lua, Korgano.
  • Toz, a administradora a bordo da nave espacial Dove, e outro massagista não identificado são o terceiro e o quarto edosianos vistos em Star Trek e o segundo e o terceiro em Lower Decks, após o comandante Osler, visto no episódio “Much Ado About Boimler”, da 1ª temporada. O primeiro, Arex, foi visto em muitos episódios da Série Animada. Parece que essta espécie consegue administrar as naves de serviço mais exclusivas da Frota Estelar!
  • Parece que o emissário Doopler de “An Embarrassment of Dooplers”, da 2ª temporada de Lower Decks, abandonou um de seus corpos. Um cadáver Doopler está enfiado atrás de uma das raízes no pântano embaixo da baía hidropônica.
  • Na Dove, entre outras terapias de relaxamento, vemos uma sala de banho de lama comunitária, que poderia ser uma homenagem ao banho de lama visto no episódio “Cost of Living” de A Nova Geração, onde Alexander e Lwaxana Troi visitam a colônia Paralax 2 no holodeck.
  • A lama do banho de lama a bordo da Dove vem do mundo natal tellarita, Tellar Prime.
  • Como Toz mencionou que a lama foi importada de Tellar Prime, pode ser uma referência ao episódio “Babel One” de Enterprise, quando Trip mencionou que ele construiu um banho de lama para a delegação tellarita.
  • Um dos técnicos de relaxamento a bordo da Dove é da mesma espécie aviária que o doutor Migleemo.
  • Os galardonianos de “Segundo Contato”, os membros da espécie molmol de “Where Pleasant Fountains Lie”, e um membro da espécie addix de “We’ll Always Have Tom Paris” aparecem a bordo da Dove, no banho de lama. As três espécies foram recentemente ajudadas pela Federação ou que se juntaram a ela, e também estavam desfrutando dos luxos da nave-spa.
  • Também no banho de lama encontramos um benzite, introduzido no episódio “Coming of Age”, de A Nova Geração,
  • A cada passo, os engenheiros transformam várias terapias em outra forma de trabalho, inclusive usando o jardim de areia para redesenhar alguns esquemas. Tudo isso lembra um momento do episódio “The Trouble with Tribbles”, da Série Clássica, quando Kirk encontra Scotty durante a folga lendo uma revista técnica e o engenheiro lhe diz que é assim que ele relaxa.
  • O PADD de Boimler nos dá outra boa visão do mapa detalhado da seção transversal da Cerritos, projetada para a 2ª temporada.
  • O cenário clássico de gângsteres das preliminares de Shaxs (Fred Tatasciore) e T’Ana (Gillian Vigman) lembra a cena do tiroteio de Dixon Hill em Jornada nas Estrelas: Primeiro Contato, incluindo T’Ana removendo os protocolos de segurança. E Shaxs e T’Ana vão realmente à velha guarda, fazendo isso em preto e branco, como as aventuras do Capitão Proton no holodeck, de Tom Paris em Voyager.
  • Uma das queixas de Shaxs à T’Ana é que ele morreu e eles “nunca falaram sobre isso” – uma referência à morte do bajoriano no final da primeira temporada e à ressurreição invisível na segunda temporada.
  • O trabalho de transição de cor como Tendi, Mariner e Boimler passa entre o holodeck preto e branco e o ambiente do tubo Jefferies colorido está realmente bem-feito.
  • Como disse o capitão Picard em Primeiro Contato, “o dinheiro não existe no século vinte e quatro”, então todo o conceito do programa de holodeck de Shaxs e T’Ana, um banco, era um pouco confuso para os alferes que tropeçaram nele. Boimler pensa que sabe o que está acontecendo, chamando-o de “bonk”, e Mariner zomba do “papel sem valor intrínseco” antes de rir do “dinheiro”. Essa confusão de dinheiro faz lembrar a famosa conversa no episódio “In The Cards”, de Deep Space Nine, quando Nog não consegue obter uma resposta de Jake quando tenta obter uma explicação de como exatamente os humanos funcionam sem dinheiro.
  • Ficamos sabendo que a Dra. T’Ana em algum momento teve uma cauda como outros caitianos.  Ela a perdeu quando estava servindo a bordo da USS Algonquin, e agora Shaxs é a única outra pessoa que conhece a história completa.
  • Shaxs quer colocar em fase os asteroides que chegam, mas Ransom o lembra que essa é a função do prato defletor a bordo de uma nave estelar. O defletor é muitas vezes mencionado, mas raramente explicado!
  • Na parte mais engraçada do episódio, Boimler, Mariner e Tendi discutem o que eles vão dizer para deixar as pessoas entrarem em seus aposentos, referindo-se ao uso de Riker de come (venha). A sugestão de Tendi de falar “Entre, amigo” é um pouco mais convidativa.
  • Boimler ainda está mantendo a persona de “Boimler Ousado” do episódio “The Least Dangerous Game”.
  • A sala do prato defletor pode ser uma homenagem ao episódio de estreia “Broken Bow”, de Star Trek: Enterprise. Travis Mayweather explica que cada nave tem um “ponto doce” onde não existe gravidade artificial.
  • O showrunner de Lower Decks, Mike McMahan, compartilhou algumas das influências por trás deste episódio. “Isso foi parcialmente baseado na loteria de quartos que aconteciam na minha faculdade”, diz McMahan com uma risada. “Todo mundo ficava frenético com isso todos os anos e sempre havia rumores sobre formas de alterar o sistema”.
  • Ele também disse: “Este episódio também foi inspirado em Stand by Me”, referindo-se ao filme de Rob Reiner de 1986, baseado em uma novela de Stephen King. “Eu queria tanto fazer uma história em que a viagem fosse mais importante do que o destino. Os alferes agora são bons amigos. Portanto, muitos dos episódios de Lower Decks deveriam ser tematicamente sobre amizade.
  • Naturalmente, Stand by Me também apresenta sua própria parcela de atores de Star Trek, incluindo Wil Wheaton e o próprio Jerry McConnell, o Ramson, de Lower Decks.

Ficha Técnica

Escrito por John Cochran
Dirigido por Jason Zurek

Exibido em 15 de setembro de 2022

Título em português: “Espaço para Crescer”

Elenco

Tawny Newsome como Beckett Mariner
Jack Quaid como Brad Boimler
Noël Wells como D’Vana Tendi
Eugene Cordero como Sam Rutherford
Dawnn Lewis como Carol Freeman
Jerry O’Connell como Jack Ransom
Fred Tatasciore como Shaxs
Gillian Vigman como T’Ana

Elenco convidado

Asif Ali como Asif
Mary Holland como Toz
Charlotte Nicdao como Moxy
Artemis Pebdani como Karavitus
Paul Scheer como Andy Billups
Carl Tart como Kayshon

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