Guia de episódios

STAR TREK IV:
THE VOYAGE HOME

1986



 









 


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Os efeitos especiais, embora poucos, são muito eficazes e, pelo menos, são um passo à frente dos efeitos dos dois filmes anteriores. É curioso notar que a qualidade dos efeitos decaiu, ao invés de melhorar, após o primeiro filme, que é ainda hoje, nesse aspecto, o melhor filme de Jornada. Os efeitos do segundo filme eram muito inferiores aos do primeiro; e os do terceiro bem inferiores em relação aos do segundo. Neste quarto filme os efeitos melhoraram muito, mas caíram em um abismo no quinto filme. A partir do sexto melhoraram de novo.

O maior diferencial em “A Volta para Casa” é que muitos efeitos não se restringem às típicas cenas de naves espaciais, tiros de feisers e teletransporte. Temos aqui espetaculares baleias mecânicas, que não parecem falsas em nenhum momento do filme, e que foram usadas nas tomadas de aproximação, quando são vistas de perto.

Apenas a cauda das baleias e parte superior dos seus corpos foram construídas em tamanho real, para uso nas cenas no tanque. Nas tomadas em que as vemos por inteiro foram utilizadas miniaturas controladas por controle remoto. Pouquíssimas cenas têm baleias de verdade, como as que elas são vistas saltando na água nas cenas finais do filme.

O sucesso das tomadas foi tão grande que a equipe de produção chegou a ser abordada por sociedades protetoras dos animais, que fizeram protestos contra o uso de baleias para a execução de algumas cenas. Com muita alegria, o pessoal do filme informou que em nenhum momento foram usados animais de verdade, para nenhuma das tomadas. O resultado é de fato merecedor de aplausos.

Um outro destaque especial vai para o delírio/sonho de Kirk durante o processo de viagem no tempo até o século 20. Uma sequência de imagens psicodélicas, com as cabeças de seus tripulantes emergindo de uma névoa etérea, seguidas pela aparição de uma baleia corcunda e a conclusão até o despertar de Kirk em meio a uma ponte de comando avermelhada e muitos monitores fora do ar. Embora tenha ficado estranha no contexto da história em si (ademais, nunca vimos efeitos alucinógenos de viagens temporais no universo de Jornada antes), é impossível negar que, enquanto sequência experimental de efeitos especiais, ficou muito bonito.

Algumas outras sequências exóticas incluem a desafiadora representação dos oceanos terrestres evaporando em ritmo alucinante. Embora ainda deixem a desejar em termos de verossimilhança, os efeitos dão a noção exata do que está acontecendo ao planeta. Nesse sentido, muito mais feliz foi a realização das cenas-clímax do filme, em que a Ave de Rapina Klingon passa sob a ponte Golden Gate e faz um pouso forçado no mar, onde ocorre a libertação das baleias. Um tanque localizado sob o estacionamento da Paramount foi usado para as filmagens com os atores, e o efeito foi auxiliado por uma simulação de "forte chuva" por meio de poderosos esguichos.

As cenas no espaço, com naves, também são excelentes. A sonda espacial possui um design muito simples e muito especial ao mesmo tempo, pois ressalta a sensação de um objeto avançado e misterioso. A nova Enterprise, vista apenas nos minutos finais do filme, tem seu esplêndido visual resgatado como não se via desde o primeiro filme.