Guia de episódios

STAR TREK IV:
THE VOYAGE HOME
1986

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       Efeitos Especiais
       Trilha Sonora
       Trivia
       Ficha Técnica
       O DVD

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       Estamos em Casa...

"Jornada IV" é universalmente reconhecido como o filme mais acessível a pessoas que não são fãs regulares da série. Tal aceitação lhe valeu a maior arrecadação de um filme de Jornada (em valores da época, 110 milhões de dólares aproximadamente) em território americano. "Jornada IV" também marcou o fim da "era de ouro" da lucratividade percentual de Jornada no cinema (filmes posteriores ficaram bem longe de tal patamar -- cabendo observar também aqui que os quatro primeiros filmes foram os únicos que foram produzidos sem partilhar espaço com uma série inédita de Jornada na TV) e ainda representou o primeiro dos três picos de popularidade de Jornada como um todo, justamente no seu aniversário de vinte anos. O segundo pico ocorreu na esteira do último filme com a tripulação de Kirk e cia. em 1991, comemorando os 25 anos do marca (isto sem contar com os altos índices de audiência da quinta temporada de A Nova Geração e a participação de Spock em "Unification"). O terceiro pico ocorreu entre o encerramento de A Nova Geração na TV (com o premiado episódio "All Good Things...") e a estréia (em 1994) do filme "Generations" que trazia finalmente o encontro entre Kirk e Picard.

Em valores da época (o filme fez a sua estréia em 26 de novembro de 1986) temos para "Jornada IV: A Volta Para Casa":

Custo (do filme): US$ 25 milhões.
Renda nos EUA: US$ 109.7 Milhões
Lucro percentual nos EUA: 339%
Renda total: US$ 133 milhões
Lucro percentual total: 432%

Aqui estão relacionados os valores referentes somente a exibição em Cinema para todos os filmes de Jornada (valores referentes a Home-Vídeo serão colocados em outra oportunidade), sempre com valores de época (os percentuais de lucratividade é que são realmente representativos, devido à inflação acumulada):

"Jornada nas Estrelas: O Filme" (1979)
Custo (do filme): US$ 35 milhões.
Renda nos EUA: US$ 82,3 milhões
Lucro percentual nos EUA: 135%
Renda total: US$ 139 milhões
Lucro percentual total: 297%

"Jornada nas Estrelas II: A Ira De Khan" (1982)
Custo (do filme) US$ 11 milhões.
Renda nos EUA: US$ 78,9 milhões
Lucro percentual nos EUA: 617%
Renda total: US$ 97 milhões
Lucro percentual total 781%

"Jornada nas Estrelas III: A Procura de Spock" (1984)
Custo total: US$ 17 milhões.
Renda nos EUA: US$ 76,4 milhões
Lucro percentual nos EUA: 349,4%
Renda total: US$ 87 milhões
Lucro percentual total: 412%

"Jornada nas Estrelas IV: A Volta Para Casa" (1986)
Custo (do filme): US$ 25 milhões.
Renda nos EUA: US$ 109.7 milhões
Lucro percentual nos EUA: 339%
Renda total: US$ 133 milhões
Lucro percentual total: 432%

"Jornada nas Estrelas V: A Última Fronteira" (1989)
Custo (do filme): US$ 28 milhões.
Renda nos EUA: US$ 55 milhões
Lucro percentual nos EUA: 96,4%
Renda total: US$ 70 milhões
Lucro percentual total: 150%

"Jornada nas Estrelas VI: A Terra Desconhecida" (1991)
Custo (do filme): US$ 30 milhões.
Renda nos EUA: US$ 75 milhões
Lucro percentual nos EUA: 150%
Renda total: US$ 94 milhões
Lucro percentual total: 213%

"Jornada nas Estrelas: Generations" (1994)
Custo (do filme): US$ 35 milhões.
Renda nos EUA: US$ 75,7 milhões
Lucro percentual nos EUA: 116,3%
Renda total: US$ 120 milhões
Lucro percentual total: 243%

"Jornada nas Estrelas: Primeiro Contato" (1996)
Custo (do filme): US$ 45 milhões.
Renda nos EUA: US$ 92 milhões
Lucro percentual nos EUA: 104%
Renda total: US$ 150 milhões
Lucro percentual total: 233%

"Jornada nas Estrelas: Insurreição" (1998)
Custo (do filme): US$ 58 milhões.
Renda nos EUA: US$ 70 milhões
Lucro percentual nos EUA: 20%
Renda total: US$ 119 milhões
Lucro percentual total: 105%

"Jornada nas Estrelas: Nêmesis" (2002)
Custo (do filme): US$ 70 milhões.
Renda nos EUA: US$ 43 milhões
Lucro percentual nos EUA: -38,6%
Renda total: US$ 97,5 milhões
Lucro percentual total: 39,3%

"Jornada IV" foi indicado aos Oscars de Cinematografia, Efeitos Sonoros, Trilha Sonora e Som. Não recebendo nenhum dos prêmios. A ótima fotografia de Donald Peterman foi também indicada ao respectivo prêmio de sua respectiva associação de classe (ASC). A polêmica trilha de Leonard Rosenman (consistentemente referida pelos fãs como uma das mais fracas de toda a série cinematográfica de Jornada) ganhou o prêmio da sua respectiva associação de classe (ASCAP). O filme foi indicado ao prêmio Hugo de melhor apresentação dramática.

Jane Waddington Wyatt (nascida a 12 de agosto de 1911 em Campgaw, New Jersey nos EUA) vem de uma abastada família nova iorquina, abandonando a faculdade (e um lugar na alta roda social da época) para seguir o sonho de interpretação. Fez a transição de papéis da Broadway para a tela grande com "One More River" (1934) do diretor James Whale. Seguindo então sob contrato com a Universal e fazendo conjuntamente teatro. Neste período, emprestada para a Columbia, ela co-estrelou o clássico "Lost Horizon" (1937) de Frank Capra. Nos anos cinqüenta estrelou o papel (de Margaret Anderson) pela qual ficaria mais conhecida na série de TV "Father Knows Best" (1954), sit-com pelo qual recebeu três prêmios Emmy, durante os seis anos de produção do programa, que contava a vida da família Anderson, moradores da interiorana cidade de Springfield. Wyatt abandonou o Cinema em 1976, se dedicando apenas a TV (incluindo um papel recorrente em "St. Elsewhere" (1982)), fazendo apenas uma breve aparição em "Jornada IV", reprisando o seu papel de Amanda, mãe de Spock, do episódio "Journey To Babel", da segunda temporada da Série Clássica de Jornada.

Catherine Hicks (nascida a 06 de agosto de 1951 em Scottsdale, Arizona, EUA) é uma veterana atriz de novelas Americanas e que nunca teve maior sucesso no mundo do Cinema. Um lampejo inicial na pele da loira mais famosa de todos os tempos (Marilyn Monroe), em "Marilyn: The Untold Story" (1980) (que lhe valeu uma indicação ao prêmio Emmy) não serviu para alavancar a sua carreira, sendo o seu filme mais popular este mesmo "Jornada IV". Curiosamente, o ator Stephen Collins (o Willard Decker de "Jornada I") tornou-se o seu parceiro na série "7th Heaven" (1996).

Robert Ellenstein (nascido a 18 de junho de 1923 em Newark, New Jersey, EUA) é filho de um dentista de Newark que ele viu assumir por dois mandados a prefeitura local. Ellenstein serviu na segunda grande guerra e retornou com um "coração púrpura". O ator é um veterano da "época de ouro" da TV ao vivo Americana. Seu filme mais famoso é o clássico "North by Northwest" (1959) de Alfred Hitchcock. Participou da conhecida série de TV "Moonlighting" (1985) com Bruce Willis e Sybil Shepard. Participou, como "Steven Miller", do episódio "Haven" da primeira temporada de A Nova Geração.

John Schuck (nascido a 04/02/1940 em Boston, Massachusetts, EUA), já participou de filmes como os longas de números IV e VI de Jornada nas Estrelas, no papel do embaixador Klingon, e de "Dick Tracy", como um repórter. Participou do episódio "The Maquis II" da segunda temporada de DS9, como o legado Parn. Também trabalhou em TV, em séries como "Babylon 5" (personagem Draal), "Roots", "Mash", "Bonanza", "Gunsmoke" e muitas outras, até o episódio da sexta temporada de Voyager, "Muse".

O compositor Leonard Rosenman (nascido a sete de setembro de 1924 no Brooklyn em New York, New York nos EUA) tem entre os seus filmes mais populares (musicados por ele, bem entendido): o clássico de Stanley Kubrick, "Barry Lyndon" (1975), dois terços da filmografia do ícone James Dean, "Rebel Without a Cause" (1955) e "East of Eden" (1955), o telefilme "Sybil" (1976), "Hell Is For Heroes" (1962) e "Jornada Nas Estrelas IV" (1986). Rosenman ganhou o Oscar com "Barry Lyndon" (1975) e "Bound For Glory" (1976) e ainda foi indicado ao maior prêmio do Cinema por "Cross Creek" (1983) e "Jornada IV", por este último ganhou também o prêmio de sua respectiva associação de classe (ASCAP). O músico levou Emmys por "Friendly Fire" (1979) e "Sybil" (1976), tendo sido indicado ainda ao Globo De Ouro por "The Lord Of The Rings" (1978).

O filme abre com uma dedicatória a tripulação da derradeira viagem do ônibus espacial "Challenger".

O dispositivo que McCoy utiliza para curar o ferimento de Chekov é parte do modelo do transporte Vulcano usado por Spock no primeiro filme de Jornada para o Cinema.

O "Punk-Moicano-Headbanger" que ouvia música alta no ônibus e que Spock apaga com o toque Vulcano é na realidade Kirk Thatcher (produtor associado do filme) que também compôs a canção ("I Hate You") que é ouvida durante a cena.

Muitas tomadas das baleias (especialmente os closes) foram realizadas com "animatronics" com cerca de quatro pés cada um. Quatro modelos foram construídos com este propósito. Eles eram tão realísticos que chegaram a enganar mesmo as autoridades de pesca Americanas, que acabaram acusando a produção de: "chegar muito perto para filmar as baleias em seu habitat natural". Estes modelos foram filmados a maior parte do tempo em uma piscina de uma escola ginasial. Mas curiosamente a tomada das baleias passando por baixo da ponte Golden Gate foi filmada em locação e quase acabou em um desastre quando um dos cabos se enroscou em um submarino nuclear que rebocou os modelos para mar aberta.

Uma idéia anterior para o filme (que se direcionou para uma viagem no tempo para reduzir custos e tornar o longa mais aberto para o público em geral - na esteira do sucesso de "Back To The Future" um ano antes) tinha o ator Eddie Murphy (ao invés de Catherine Hicks) na pele de um professor interessado no estudo de OVNIs que acaba vislumbrando a nave Klingon se descamuflando em pleno Super Bowl, com todos os presentes assumindo a aparição ser algum tipo de efeito especial exceto o personagem de Murphy. A Paramount abandonou a idéia por dois motivos: o estúdio não queria misturar suas duas franquias mais lucrativas na época (Jornada nas Estrelas e "Beverly Hills Cop") e também por que Murphy (grande fã de Jornada) já havia se comprometido com o filme "The Golden Child" (1986). Parte desta idéia foi retomada no episódio "Future's End" da terceira temporada de Voyager.

De acordo com George Takei, a cena em que McCoy, Scotty e Sulu se vêm em frente a um anúncio das páginas amarelas (pintado em um prédio) seria bastante diferente. Um menino asiático correndo daria uma trombada no piloto da Enterprise e (ao ouvir a mulher chamar o garoto de Hikaru) Sulu entenderia ser o jovem o pai do pai do pai... Do seu pai. O ator que viveria Hikaru ficou muito nervoso e não conseguiu fazer a cena que acabou não sendo filmada.

Sulu deveria pular na cabine do helicóptero Huey enquanto o piloto do mesmo não estivesse olhando e sair voando. Muito cansado, após a sua participação na maratona de São Francisco, George Takei conta que não tinha disposição para fazer tal coisa e esta parte acabou não sendo filmada, já mostrando em tela o helicóptero no ar com Sulu pilotando.

O "Instituto De Cetáceos" é na realidade o "Aquário Da Baía De Monterey" em Monterey, Califórnia.

Quando Kirk, McCoy e Gillian entram no hospital procurando por Chekov, ouve-se no alto falante um chamado a "doutora Sandy Zober". Sandra Zober era a esposa de Leonard Nimoy na época.

Um dos oficiais da Saratoga é da mesma raça que o presidente da Federação em "Jornada Nas Estrelas VI: A Terra Desconhecida". Ainda que nunca nomeada canonicamente, membros desta raça são referidos obscuramente como "Efrosians" (em homenagem a Mel Efros, que fez parte da produção de "Jornada IV").

A primeira pergunta feita a Spock em seu teste em Vulcano é: "Quem disse 'Lógica é a argamassa de nossa civilização, com a qual nós ascendemos do caos, usando a razão como o nosso guia'?"

O método de viagem no tempo utilizado no filme vem do episódio "Tomorrow Is Yesterday" da primeira temporada da Série Clássica, a cena do interrogatório de Chekov também foi inspirada no mesmo episódio (entre outras referências menores).

Uma cena foi escrita (fica a dúvida se foi filmada) explicando que Saavik ficou para trás em Vulcano devido a estar grávida de Spock, em virtude do ocorrido entre os dois no filme anterior. Saavik não mais seria vista em Jornada.

O sucesso deste filme foi o fato decisivo para a volta de Jornada a televisão no ano seguinte através de Jornada nas Estrelas: A Nova Geração em syndication.

O modelo em miniatura do interior da doca espacial teve que ser refeito "do zero", uma vez que foi destruído ao final do filme anterior.

A capitão da USS Saratoga foi a primeira mulher capitão vista em tela (pequena ou grande) da história de Jornada.

As cenas que levaram a termo e a própria autodestruição da Enterprise original foram retiradas (obviamente) do filme anterior.

Uma idéia inicial para o filme trazia o título de "O Julgamento de James Kirk". Que mostrava Kirk sendo submetido a corte marcial por insistência dos Klingons após os eventos do filme anterior. Curiosamente tal julgamento contava com o testemunho do infame Harry Mudd. Quando a idéia de viagem no tempo ganhou força, restou apenas a menção do desejo Klingon por justiça. Entretanto a idéia de um julgamento (pelos Klingons) para Kirk (e mesmo parte dos diálogos) foi posteriormente aproveitada em "Jornada nas Estrelas VI: A Terra Desconhecida".

Como parte do acordo firmado para retomar o papel de Spock no filme anterior, Leonard Nimoy ficou pela segunda vez seguida com a cadeira de diretor.

Quando Chekov está correndo pelos corredores, em sua fuga do porta-aviões Enterprise, pode ser visto o aviso "rota de fuga" com uma seta indicativa aparecer fixado na parede.

As brincadeiras dos atores na água ao final do filme não estavam previstas no roteiro, James Doohan levou um tremendo tombo e os outros o seguiram. O diretor de segunda unidade deixou a câmera rodando direto.

Os "Okudagramas" (gráficos dos consoles de computador que se tornaram lugar comum na "Jornada do século XXIV" de A Nova Geração em diante, criados por Mike Okuda) aparecem pela primeira vez na ponte da Enterprise NCC 1701-A. É a última aparição do cenário da ponte da Enterprise original do primeiro filme de Jornada, que acabaria sendo modificado como o cenário da ponte de batalha da Enterprise NCC 1701-D. Um novo cenário de ponte foi feito para o filme seguinte, assim como um novo modelo para o exterior da nave que se despede também aqui.

A primeira lei da Metafísica de Kiri-Kin-Tha é: "Nada irreal existe".

A cena em que Uhura e Chekov olham os porta-aviões foi filmada em San Diego na estação aeronaval de North Island. O porta-aviões "USS Enterprise CVN-65" foi na realidade o porta-aviões "USS Ranger CVN-61". O Enterprise estava no mar na época das filmagens. As cenas filmadas em locação em São Francisco marcam a primeira vez que Jornada filmou fora da região de Los Angeles.

Armas são disparadas neste filme pelo menos duas vezes (por Kirk e pelo baleeiro), mas este é o único filme de Jornada em que ninguém morre em tela.

A infeliz piada de que "não existe dinheiro no futuro" levou a inúmeras discussões posteriores pelos fãs. Obviamente existe dinheiro, uma vez que no filme anterior McCoy diz ter dinheiro para comprar a sua viagem até o planeta Genesis e existem inúmeras referências a pagamento de pessoal na própria Série Clássica. A melhor versão é que de fato existe dinheiro (e obviamente também tem que existir um sistema de câmbio para comércio com outros povos), porém não existe moeda corrente. A maior parte das situações que aparecem na franquia sobre o assunto pode ser resolvida com esta racionalização, mas infelizmente alguns roteiristas (em tom de paródia ou não - Roddenberry, por exemplo, parecia acreditar mesmo nisto) assumiram posteriormente que de fato "não existe dinheiro no futuro", só alimentando a confusão.