Pronto para Brannon Braga em dose dupla?

Depois de um longo e tenebroso inverno, você, que visita o TB há tempos, imaginou provavelmente que havíamos esquecido de preparar aquela tradicional prévia dos inéditos a serem exibidos pelo USA. Infelizmente não foi o caso. Problemas com o servidor na semana passada impediram a publicação do material em tempo, mas aqui vai, em primeira mão, o que é possível esperar dos inéditos do fim de semana.

Preparem-se para o impacto, pois temos Brannon Braga em dose dupla…

“Realm of Fear”
(“Domínio de Medo”)
A Nova Geração
6ª temporada

Episódio 128
Exibição nos EUA: 28/09/1992
Data Estelar: 46041.1.

domingo, 0h e 14h; terça, 16h, quarta, 2h


Sinopse:

Reginald Barclay é obrigado a enfrentar o medo de usar o teletransporte. A experiência só confirma seus temores de que ele sofre de uma estranha doença, diagnosticada no início do século 23…

Notas:

Neste episódio descobrimos que o primeiro caso de psicose por teletransporte foi registrado em 2209. Felizmente, Jonathan Archer e cia. estão seguros contra a enfermidade, apesar do medo do equipamento…

Após quatro temporadas, o tenente O’Brien subitamente perdeu seus dois pinos originais de marcação de patente, substituídos por um pino vazio. Durante o episódio também vemos os pinos vazio e cheio de Barclay trocando de lugar, assim como vemos o tenente usar dois pinos cheios no escritório de Troi.

Dwight Schultz faz sua terceira aparição como Barclay em A Nova Geração. A primeira seria em “Hollow Pursuits” (terceiro ano) e a segunda em “The Nth Degree” (quarto ano). Ele ainda voltaria em “Ship in a Bottle” (também do sexto ano) e em “Genesis” (sétimo ano). O personagem ainda seria um recorrente nas duas últimas temporadas de Voyager.

Elenco Convidado:

Dwight Schultz como Reginald Barclay
Renata Scott como almirante Hayes
Thomas Velgrey como tripulante
Colm Meaney como O’Brien
Majel Barrett como voz do computador
Patti Yasutake como Ogawa

Escrito por Brannon Braga
Direção de Cliff Bole

“The Search, Part II”
(“A Busca, Parte II”)
Deep Space Nine
3ª temporada

Episódio 048
Exibição nos EUA: 03/10/1994
Data Estelar: 48213.1.

domingo, 1h e 15h; quarta, 16h, quinta, 2h


Sinopse:

Enquanto Kira observa Odo tentar achar as suas “raízes familiares”, no planeta errante da sua espécie na nebulosa Omarion, Sisko e os demais presenciam atônitos negociações (feitas a toque de caixa e a portas fechadas) entre a Federação (e diversas alianças do quadrante Alfa, mas não o Império Romulano) e o Dominion, que literalmente entregam o sistema Bajoriano e a fenda espacial de bandeja à potência do quadrante Gama.

Notas:

Durante toda a segunda temporada, Ira Steven Behr e Robert Hewitt Wolfe brincavam entre si sobre a possibilidade de os Fundadores serem de fato a raça de Odo. Um certo dia, Michael Piller confidenciou aos dois algo que ele julgava como “uma idéia muito louca”: “Não seria interessante se os Fundadores fossem o povo de Odo?” Os três riram um bocado antes e depois das explicações serem dadas e apresentaram o conceito a Rick Berman, que gostou muito da idéia. Em seguida eles chamaram Rene Auberjonois para uma conversa, contaram a idéia assegurando que Odo não iria deixar a série (o ator sempre teve uma certa noção de que no momento em que fosse estabelecida a raça de Odo, o personagem perderia o seu principal apelo e deixaria de participar de DS9). Auberjonois ficou meio cético no início, mas logo percebeu que tal manobra, ao invés de diminuir a complexidade do personagem, de fato a aumentava, fornecendo muito material para que ele pudesse trabalhar como seu intérprete dali em diante.

O co-produtor-executivo (feito produtor-executivo ao final da temporada) Ira Steven Behr admite que a mudança de estilo da primeira parte para a segunda parte de “The Search” foi proposital, uma maneira de subverter a expectativa da audiência, segundo ele. Behr garante que a sua intenção (enquanto roteirista do episódio) foi apresentar um pequeno drama envolvendo Odo e utilizar a trama envolvendo Sisko e cia. como um mero enfeite (“Fireworks and Mirrors”, nas palavras dele). Quanto ao protesto dos fãs pelo frustrante desfecho do episódio que muitos consideraram apenas mais uma variação do batido “era tudo um sonho”, Behr diz que este não foi o caso aqui e que a forma que os Fundadores manipularam nossos heróis (através de implantes de pensamentos e não “sonhos”), não deveria transmitir nada além de medo à audiência. Medo de um inimigo absolutamente além de Sisko e cia. em todos os sentidos, um inimigo que pode manipulá-los desta forma e com esta facilidade.

Segundo o editor-executivo de histórias, Robert Hewitt Wolfe, o episódio apresenta claramente o modus operandi do Dominion. Se eles podem conquistar acesso a territórios através de tratados e manobras diplomáticas e absorver civilizações inteiras de modo extremamente gradual e lento em seu modo de vida, eles assim o fazem. Somente se esta rota se mostra completamente inócua é que eles partem para a utilização da força bruta. E quando chegam a este ponto, eles o fazem com extrema indiferença, rapidez e eficiência.

Behr ficou extremamente despontado com o visual final do planeta dos Fundadores, que ele considerou falho em conceito e execução (ainda que o visual do “Great Link” tenha agradado a todos). O cenário “bastante escuro e cheio de coisas esquisitas” não funcionou de forma alguma, segundo o produtor. Entretanto Behr acredita que, apesar de todos os
problemas, o episódio foi um belo veículo para Odo (Rene Auberjonois) e funcionou principalmente pelos assuntos que abordou.

A linha “nenhum transmorfo nunca feriu um outro” voltará para “assombrar” Odo no episódio final da temporada, “The Adversary”.

O episódio introduz mais um Vorta, Borath, ainda que parte do tempo ele seja referido (como parte da estratégia do Dominion no episódio) como Fundador. Os produtores pensaram inicialmente em trazer de volta Molly Hagen, Eris em “The Jem’Hadar”, mas quando a atriz se mostrou não disponível eles utilizaram Dennis Christopher como Borath. Enquanto os Jem’Hadares e os Fundadores continuarão a aparecer de forma freqüente em um futuro próximo na série, os Vortas só serão vistos novamente em “To the Death” (quando seria também apresentado o seu principal representante: Weyoun, vivido magistralmente por Jeffrey Combs), quase no final da quarta temporada (uma bobeada em termos da organização da série por parte dos seus produtores).

Com o final de A Nova Geração, Jonathan Frakes teve tempo para várias participações nesta temporada de DS9. Ele dirigiu este “The Search, Part II”, além de “Meridian” e “Past Tense, Part II”. Vale destacar que foi justo uma fita contendo “Past Tense, Part II” e “Cause and Effect” (da quinta temporada de A Nova Geração), que acabou levando a aprovação da Paramount para que Frakes pudesse dirigir o filme “Primeiro Contato”. Frakes participa desta temporada de DS9 também como ator, em “Defiant”.

De acordo com as normas do Sindicato dos diretores da América (DGA), os dois diretores de “The Search”, Kim Friedman e Jonathan Frakes, tiveram de estar presentes e dirigir conjuntamente o final da primeira parte e o começo da segunda. Frakes já havia dirigido anteriormente Salome Jens, no episódio “The Chase”, de A Nova Geração, além de já ter (obviamente) trabalhado com Colm Meaney, Natalija Nogulich e Armim Shimerman na sua antiga série. O diretor também conhecia toda a equipe atrás das câmeras durante as filmagens.

Foi o editor (montador) Robert Lederman que apontou que Frakes tem uma espécie de “assinatura pessoal”, pois gosta de colocar a câmera em lugares bastante altos nos cenários, mesmo “desafiando tetos existentes em cena”. Tal “assinatura” pode ser conferida na cena em que Kira está sozinha no planeta dos Fundadores, totalmente isolada, uma verdadeira forasteira.

Frakes não foi o único “diretor não nascido diretor” a trabalhar nesta temporada de DS9. Avery Brooks continuou sua carreira na direção de episódios da série (iniciada na temporada passada com “Tribunal”), com as seguintes entradas adicionais: “The Abandoned”, “Fascination” e “Improbable Cause”. Rene Auberjonois seguiu os passos de Brooks e começou a dirigir também:
“Prophet Motive” e “Family Business”. Mesmo o cinegrafista Jonathan West fez o seu “debut” na direção nesta temporada, com “Shakaar”.

DS9 manteve a coroa de série mais assistida em syndication, com números 20% superiores aos do segundo lugar, da série (pasmem) “Baywatch”, durante esta terceira temporada. A introdução da série “Hercules: The Legendary Journeys” não afetou muito a audiência de DS9 inicialmente, mas a futura competição conjunta de “Hercules” e de “Xena: The Warrior Princess” tornou-se significante em anos posteriores.

Elenco Convidado:

Salome Jens como A Fundadora
Andrew Robinson como Elim Garak
Natalija Nogulich como a almirante Nechayev
Martha Hackett como T’Rul
Kenneth Marshall como Michael Eddington
William Frankfather como um Fundador
Dennis Christopher como Borath
Christopher Doyle como um oficial Jem’Hadar
Tom Morga como um soldado Jem’Hadar
Diaunté como um guarda Jem’Hadar
Majel Barrett como a voz do computador

História de Ira Steven Behr & Robert Hewitt Wolfe
Roteiro de Ira Steven Behr
Direção de Jonathan Frakes

“Flashback”
(“Flashback”)
Voyager
3ª temporada

Episódio 45
Exibição nos EUA: 11/09/1996
Data Estelar: 50126.4.

domingo, 2h e 16h; quinta, 16h, sexta, 2h


Sinopse:

Tuvok começa a ter ilusões e a perder o controle de sua mente. Acreditando que o fenômeno tenha a ver com experiências traumáticas de seu passado, ele se força a relembrar sua estada a bordo da USS Excelsior, sob o comando do capitão Hikaru Sulu. A missão: resgatar o capitão Kirk, capturado pelos Klingons.


Notas:

O episódio conta com a aparição de George Takei (Sulu) e Grace Lee Whitney (Rand), da série original, como parte da comemoração dos 30 anos de Jornada nas Estrelas. Nichelle Nichols (Uhura) foi convidada a participar, mas, como o papel dela era muito limitado, a atriz acabou recusando o convite.

Tim Russ revelou que levou cerca de seis tomadas para equilibrar o bloco da “cathera” com os olhos fechados em uma cena em que Tuvok aparece meditando, durante o episódio.

Ao contrário do que pode parecer, a Excelsior vista aqui não é de CGI (imagem gerada por computador). “É um modelo de três pés [91 cm] construído por Greg Jein”, diz David Stipes, supervisor de efeitos visuais.

Elenco Convidado:

George Takei como Hikaru Sulu
Grace Lee Whitney como Janice Rand
Michael Ansara como Kang
Jeremy Roberts como Valtane
Boris Krutonog como Piloto


Escrito por Brannon Braga
Direção de David Livingston