Nimoy fala como foi atuar e dirigir em Jornada

No domingo passado, foi inaugurado o evento Hero Complex Weekend Festival, com uma exibição do filme Star Trek IV: A Volta Para Casa, e tendo como um dos convidados especiais Leonard Nimoy. O eterno Spock conversou com o público e falou mais uma vez de sua carreira em Jornada como ator e diretor. Detalhes a seguir.

O Hero Complex Weekend Festival é mais um evento relacionado ao cinema, televisão, HQs e outros do gênero e está sendo promovido pelo jornal Los Angeles Times. Em sua inauguração várias personalidades do mundo do entretenimento estiveram presentes, entre elas Christopher Nolan, Ridley Scott e não poderia deixar de faltar Leonard Nimoy.

Com seu carisma e bom humor Nimoy contou histórias e arrancou risos de uma grande platéia a respeito de seu envolvimento na franquia e de sua experiência na série Fringe, último trabalho antes da aposentadoria.

Veja abaixo um resumo dos comentários de Nimoy. 

A respeito da Série Clássica.

• “Muito grato”, uma vez que estando em Jornada nunca teve de se preocupar com trabalho;

• George Lucas “nos fez um favor”, com Star Wars “colocou Jornada de volta na produção”;

• Em Star Trek: O Filme, o diretor Robert Wise queria que o filme fosse grande e incrível como 2001: Uma Odiséia no Espaço, concentrando-se em filmagens longas de todas as naves e os personagens acabaram “Assim como os passageiros”;

• Uma das cenas que mais o agradou, a atuação de Shatner na fala “De todas as almas …”, o discurso fúnebre de Kirk em Star Trek II

• Sobre a direção de Star Trek III, Nimoy disse que ficou impressionado com a produção de Nick Meyer no filme anterior, e “sentiu inveja”, e uma vez que ele conhecia Jornada, usou sua influência “para obter a direção do III”;

• Só concordou em dirigir Star Trek IV após Jeff Katzenberg (executivo da Paramount na época) aceitar deixá-lo fazer o “seu” filme de Jornada e “sem nada que o prendesse”;

• Sobre tentar obter o ator Eddie Murphy em Star Trek IV, “seguimos trabalhando nisso, mas simplesmente não funcionou, pareceu como um “implante”, Murphy faria um apresentador de programa de rádio que acreditava em OVNI’s e estava tentando encontrar a tripulação;

• “Um grande arrependimento” em Star Trek VI foi nunca ter como objetivo descobrir mais sobre os Klingons e “o que os tornavam tão irritados”, sentiu que “alcançou o nível certo, mas não profundamente”;

• Sobre a participação na série A Nova Geração (Unification I e II), “Eu fiquei feliz por vê-los seguir. Eu não assisti muito dela. Achei que havia muito trabalho bem feito, boas pessoas talentosas”;

• Disse que só iria dirigir Star Trek: Generations, se a Paramount concordasse em deixá-lo reescrever o script, o que eles não concordaram com isso, e ele não o fez.

Sobre o filme de J.J. Abrams.

• Abrams, Orci, Kurtzman: “eles realmente entenderam a coisa” e “me trataram muito bem, quando eu cheguei eles trataram apropriadamente com respeito”;

• Um dos motivos que ele decidiu voltar para a Jornada foi que sentiu que teve um “fechamento” para o personagem Spock e que o “encheram de lágrimas” ao ouvir Orci, Kurtzman e Abrams falarem sobre a sua abordagem;

• Na primeira reação à Zachary Quinto: “Ele parece bastante comigo para fazê-lo dar certo, mas o mais importante, ele tem alguma esperteza, você pode ver algum raciocínio”;

• Sobre o filme Star Trek: “Eu achei que o filme foi ótimo. Creio que me deram coisas interessantes para intrepretar Spock. Achei que levaram toda a história de Spock muito bem”.

Sobre a série Fringe, seu último trabalho.

• Nimoy não gostou de trabalhar em seu primeiro episódio de Fringe e foi resistente a retornar nesta temporada, sentiu que era apenas para a sua exposição;

• Aceitou o chamado de J.J. Abrams para retornar a Fringe, e agora ficou “feliz” por ter feito isso, e feliz por William Bell “sair em um momento de glória, salvando a todos, como Spock fez no final de Star Trek II“.

Fonte: TrekMovie