TOS 1×26: Errand of Mercy

Conheces teu inimigo e conhece-te a ti mesmo

Sinopse

Data estelar: 3198.4.

A Enterprise segue viagem para o planeta Organia, com a missão de estabelecer relações diplomáticas com os nativos do local, que tem posição estratégica para a Federação. Durante a viagem, chega uma mensagem da Frota Estelar, informando que as negociações com o Império Klingon chegaram ao fim e que uma guerra é iminente, o que torna sua missão ainda mais importante. Subitamente, a nave é atacada, supostamente pelos klingons, que também têm aspirações quanto a Organia, mas a Enterprise consegue revidar o ataque, destruindo o inimigo e seguindo em sua missão.

Imediatamente após chegar ao planeta, Kirk é informado da presença de uma frota inimiga próxima ao local. Ele desce à superfície junto com Spock, deixando Sulu no comando, com ordens de partir imediatamente caso a Enterprise se encontre frente a um inimigo numericamente superior. Em terra, eles logo estabelecem contato com os nativos através de um homem idoso chamado Ayelbourne, que se declara o chefe de Conselho dos Idosos, aparentemente a única instituição local.

Kirk informa sobre os planos de ocupação dos klingons e apresenta a oferta da Federação: preparar o planeta para se defender, armando e treinando seus habitantes para a luta. Entretanto, Ayelbourne rejeita a oferta, declarando que seu povo é muito pacifico para lutar. Kirk se desespera e insiste que os organianos aceitem sua oferta, mas eles continuam inflexíveis.

Spock informa ainda a Kirk que a sociedade local está totalmente estagnada e o capitão tenta usar essa situação para convencê-los, oferecendo as mais diversas facilidades. Nesse momento, a Enterprise informa a presença de naves klingons em órbita, presença esta também constatada por Trefayne, um dos membros do Conselho dos Idosos, apesar de não haver nenhum tipo de equipamento de detecção ou comunicação aparente que pudesse ser usado.

Os organianos decidem que Kirk e Spock (agora sem chance de fuga) devem ser escondidos dos klingons e dão a eles roupas locais na tentativa de disfarçá-los, porém removendo suas armas. Com a chegada de Kor, o comandante das forças de ocupação, Kirk é apresentando como Baroner, um organiano e Spock como um comerciante vulcano. Kor ordena que Spock seja levado para interrogatório com um tipo de sonda mental, a fim de descobrir se ele não é um espião. Quanto a Kirk, apesar de notar que seu temperamento é bem diferente dos demais, inicialmente consegue passar por organiano sem problemas e é designado como elo de ligação entre as forças de ocupação e os civis locais. Kor deixa o local levando Kirk.

Enquanto Kor informa “Baroner” os novos regulamentos que serão aplicados pelas forças de ocupação, Spock é trazido à presença de ambos após ter passado pela sonda mental sem ser detectado como integrante da Frota Estelar. Kor se dá por convencido e deixa o vulcano livre, porém informa-o de que será constantemente vigiado após ameaçar passar Kirk pelo detector mental e de morte, caso a ordem não seja mantida.

Após sair do escritório de Kor e passar por uma breve rusga com soldados klingons, Kirk e Spock planejam como poderão oferecer resistência aos inimigos e tentar trazer os organianos para essa resistência. Decidem, então, por ação terrorista noturna contra um depósito de munição klingon. Eles atacam à noite, conforme o planejado, e depois vão até ao conselho organiano tentando convencê-los a lutar, ainda sem sucesso, sem saber que Kor está observando através de uma câmera escondida.

O klingon surpreende Kirk e, quando Ayelbourne sabe que Kor pretende passar o capitão da Enterprise pela sonda mental, informa sua verdadeira identidade, deixando o humano encurralado e Kor, exultante. O klingon se mostra extremante desapontado com mais essa reação dos organianos, deixando o local e levando os prisioneiros.

Kirk é levado ao escritório de Kor, onde este tenta extrair dados estratégicos da Frota Estelar, sem sucesso. Kirk se nega, mas Kor lhe dá 12 horas para mudar de ideia, caso contrário, usará nele a sonda mental e Spock será morto. O klingon, então, o manda para a prisão junto com o vulcano.

Uma vez lá, ambos ainda pensam em como escapar e conseguir atrapalhar os planos klingons, quando, de repente, a porta da prisão se abre, revelando Ayelbourne, que, sem explicação, tranquilamente os convida a deixar o cativeiro. Kirk está desconfiado, pois se considera traído pelos organianos, mas, como não tem opções, acaba por aceitar a oferta. Sem serem importunados, eles chegam novamente à sala do Conselho dos Idosos.

Nessa hora, Kor é informado do misterioso desaparecimento dos prisioneiros sem deixar vestígios, apesar dos guardas de prontidão. Ele, então, manda que executem a ordem de ocupação numero IV, ou seja, a morte de mais 200 organianos e depois mais 200 a cada hora até que Spock e Kirk sejam entregues. Enquanto tenta descobrir como conseguiram sair da cela sem serem importunados pelos klingons, Kirk ouve pelos alto falantes a voz de Kor, informando sobre as mortes e fica ainda mais furioso com a passividade dos membros do conselho. Ele e Spock decidem sair e lutar para tentar parar as mortes e exigem de Ayelbourne que lhes entregue suas armas. Apesar de relutante, este concorda e, então, Kirk e Spock deixam o lugar, certos de que irão morrer tentando deter os klingons.

Assim que os dois saem, os membros do conselho discutem brevemente sobre o comportamento de ambos e decidem que algo deve ser feito em nome da segurança deles. Trefayne usa seu poder empático para “ler” os pensamentos dos dois e informa a Ayelbourne que eles desejam esperar o anoitecer e então atacar os klingons.

À noite, Kirk e Spock invadem a fortaleza klingon em busca de Kor, esperando poder parar os klingons, caso consigam prender o líder. Nesse meio tempo, o conselho dos idosos se reúne para, de alguma forma, deter a violência. Kirk e seu imediato surpreendem Kor em seu escritório. Este informa que há uma frota da Federação em curso para interceptar a frota klingon. Nesse momento, um grupo de guardas armados que estava observando por monitores de vigilância entra na sala e surpreende os dois.

Quando tudo indica que um combate irá se desenrolar, subitamente, as armas de todos se aquecem a ponto de não poderem ser manuseadas. A mesma sensação de temperatura extrema é sentida quando alguém tenta qualquer tipo de agressão física contra o oponente. O mesmo acontece a bordo da Enterprise e das naves Klingons, que não podem disparar suas armas devido à temperatura extrema dos controles.

Ayelbourne chega ao local junto com os outros membros do conselho, alegando serem eles os responsáveis pelo fenômeno, apesar de klingons e humanos estarem céticos. Eles entram em contato e suas naves confirmam a total incapacidade de operação. Apesar dos protestos de Kirk e Kor, Ayelbourne afirma que, caso ambos os lados não cessem as hostilidades, eles ficarão totalmente incapacitados.

Não havendo mais “como” e nem “por que” argumentar, os organianos solicitam a retirada imediata dos estrangeiros e,então, revelam sua verdadeira natureza: eles são seres totalmente de energia, que abandonaram a forma corpórea há milhões de anos. Tudo o que se vê em Organia é uma ilusão apenas para olhos forasteiros, mesmo as mortes causadas pelos klingons. Eles revelam sua verdadeira aparência pouco antes de desaparecerem totalmente sob os olhares atônitos de humanos, klingons e vulcanos, que finalmente deixam Organia sem que a guerra tenha sido deflagrada.

Comentários

É interessante (e às vezes constrangedor) notar que, para uma série reconhecidamente pacifista, é notável como a Frota Estelar parece sempre à beira de um conflito galáctico. Primeiro com os romulanos, depois com os gorns e agora com os klingons. As coisas no Quadrante Beta parecem sempre instáveis aqui nos tempos da Série Clássica.

Como todo filme (neste caso, série), Jornada nas Estrelas é um produto de sua época e é razoável concluir que este é mais um roteirocom forte inspiração no clima da intensa Guerra Fria entre as potências da década de sessenta do século 20. Os klingons, que viriam a ser o inimigo mais tradicional da Federação (e, como os organianos profetizam aqui, parceiros no futuro) representavam nessa época o receio de um domínio ditatorial, sem liberdade alguma e sem os direitos mais básicos. Essa é uma das grandes marcas de Jornada nas Estrelas: estar atenta e dialogar com a sociedade na qual estava inserida.

A mecânica de construção episódica da série, segundo a qual os segmentos eram totalmente desconectados um do outro, permite algumas liberdades. Aqui, o até então calmo espaço da Federação, de repente, está sob ameaça de invasão de um inimigo do qual nunca havíamos falar antes. Nos dias de hoje, isso certamente causa estranheza, mas é preciso, como sempre, enxergar o contexto estrutural da época de concepção da série.

O ataque klingon, logo no início do segmento, além de fixar a atenção da audiência, já deixa claro que tipo de antagonistas a tripulação da Enterprise enfrentará agora. Diferentes dos romulanos,  que são sutis e furtivos, os klingons são brutalmente determinados e implacáveis e não se furtarão a dar o primeiro passo em direção à batalha. Em seu caminho, não existem inocentes e, dessa vez, são os Organianos que estão no caminho dos invasores.

Kirk, ciente disso, parte para o planeta com a convicção de que pode e deve protegê-los, mas, ao mesmo tempo, com a missão de usar esse planeta como base para a Frota Estelar na guerra que está por vir. Nesse momento, o roteiro oferece sua primeira contradição, pois, embora possa parecer melhor que os klingons, a Federação, ao usar o planeta como base, estaria arrastando Organia para seu próprio conflito. Essa conduta é moralmente ética? Teria a Federação esse direito? Kirk, movido por suas convicções morais e éticas, acredita que sim e está convencido de que precisa fazer os organianos aceitar sua “oferta”. Ele e a Federação são os grandes salvadores dos pobres e indefesos nativos que nada sabem sobre política, colonização e perda dos direitos individuais.

Ao oferecer facilidades aos nativos, Kirk incorre em seu segundo erro, que é o de não respeitar o modo de vida daquelas pessoas. Aos olhos da Federação, aquele provo primitivo precisa de ajuda para evoluir — ou se tornar mais parecidos com a própria Federão — já que “Narciso acha feio tudo aquilo que não é espelho”. O mais inquietante em relação às ações de Kirk é que, em dado momento, o espectador está aprovando e desejando o contra-ataque violento contra os klingons, sem se dar conta das implicações éticas dessa aprovação. Afinal, somos contra a violência ou somente contra a violência que nós não aprovamos? O roteiro brilhantemente nos faz não só aprovar como desejar essa abordagem violenta, num verdadeiro “olho por olho”.

Assim como nos tempos da Guerra Fria, temos aqui uma alegoria que representa a forma como as potências da época competiam para ganhar simpatizantes ao redor do globo, enquanto confrontavam suas propostas ideológicas e visão de mundo, que consideravam universais. Nesse ponto, diferente do que Kor diz a Kirk, a Federação e o Império Klingon podem ser assustadoramente semelhantes. Talvez a violência klingon (que não deve jamais ser justificada) seja, de certa forma, mais honesta. A política da Federação, ainda que genuinamente bem intencionada, pode, muitas vezes, ser tão nociva quanto um bombardeio.

Embora frequentemente exista certo sentimento nostálgico de que a Federação criada por Gene Roddenberry era filosoficamente perfeita, isso não é a expressão da verdade quando se lê com cuidado nas entrelinhas de alguns segmentos em especial —  e este é um deles. A Série Clássica, com alguma frequência, navega em sombrios tons de cinza ao mostrar uma raça humana que evoluiu, porém que ainda não está pronta e que, por isso, comete erros, mas que é, sim, capaz de aprender com esses erros. Essa é uma mensagem importante, atual e necessária e a Federação (conceito ainda incipiente na Série Clássica e em construção) não é boa, ou má. Ela simplesmente não é perfeita (do katim, perfectus, completamente feito, acabado) e essa é uma das grandes mensagens de Jornada nas Estrelas: Não estamos prontos, podemos melhorar, e essa é uma das grandes jornadas da franquia.

O fato é que nós nos identificamos com o sentimento idealista de Kirk e da Federação e, juntos com ele, nos irritamos com a passividade dos organianos, mesmo frente ao aparente destino que a eles se apresenta. Descobrimos, ao final do segmento, que eles não só não estavam em perigo, mas que poderiam se livrar de ambas as forças num piscar de olhos e que somente a filosofia de não violência salvou ambos os invasores de uma eventual aniquilação — se assim os organianos o quisessem. E, ao final, compartilhamos a vergonha de perceber que, por um breve momento, estivemos prestes a defender o “direito” — não dos klingons mas da Federação — de travar mais uma guerra sem sentido, uma que todas as guerras são sem sentido.

Reflexões filosóficas à parte esee é um episódio histórico. Aqui, nasce a raça que seria a maior inimiga da Federação (e também sua amiga no futuro). O yin da raça humana, que acompanharia a Série Clássica em todas as suas edições. Desse episódio em diante, não poderia haver uma série de Jornada nas Estrelas sem klingons.
E, para esta entrada triunfal, há o brilhante John Colicos, que cria um Kor implacável, cruel, mas tão sagaz, perspicaz e inteligente quanto Kirk, numa interpretação que transmite força e veracidade em sua caracterização. Um adversário fenomenal, que exige o melhor da astúcia do capitão da Enterprise, nessa disputa que termina justamente empatada, graças à intervenção dos organianos. A lamentar apenas que Kor não tivesse voltado em outras ocasiões como recorrente, o que certamente seria delicioso.

Embora os organianos possam lembrar um pouco os metrons de “Arena”, eles apresentam sutis diferenças. Apesar de ambos serem seres superpoderosos que transcendem seu corpo físico, enquanto os Metrons parecem apenas observadores entediados com a disputa irracional dos inferiores e se revelam mais cedo na trama, os organianos parecem estar extremamente incomodados com a violência que ambas as partes parecem dispostas a usar como ferramentas para atingir seus objetivos.

O motivo de sua passividade, que aqui só descobrimos ao final do episódio, se revela, na verdade, como o forte e firme propósito de não interferir nos assuntos de klingons e federados e na esperança de que eles chegassem a um acordo por si mesmos. Para os organianos as ações de ambos são inconcebíveis para os seus padrões, que são diferentes do nos fizeram pensar. Eles são extremamente evoluídos e, assim sendo, não veem a violência com um valor sob nenhum aspecto.

Mais uma vez, um segmento de Jornada termina condenando a violência e expondo a futilidade da guerra, algo que também pode ser considerado como a mensagem essencial que a franquia sempre desejou e deseja até hoje transmitir.

Algumas ressalvas se fazem necessárias a este segmento. A de menor importância, a “ativação automática dos escudos defletores” é algo que parece muito útil. Seria interessante alguém explicar por que isso desapareceu quando, com frequência, vemos naves da Frota Estelas quase serem vaporizadas antes de sequer conseguir subir suas defesas.

Segundo, a forma como a Enterprise sobrevive ao ataque klingon e, depois, destrói a nave atacante sem muito esforço. Isso demonstra uma superioridade técnica muito grande da Federação ou uma incompetência muito grande dos klingons. No futuro, ambas as afirmações pareceriam estar erradas, mas aqui é preciso ativar um pouco da suspensão de descrença quanto a isso.

Também não parece muito justificada a presença dos organianos em seus corpos físicos no planeta. Segundo Spock, eles estão ali há pelo menos dez mil anos, mas com que propósito, se a convivência para eles é assim tão dolorosa? Socializar com espécies corpóreas não parece ser algo que eles demonstrem interesse.

Mas uma grande caixa de pandora aqui é a extensão dos poderes organianos. A façanha realizada por eles demonstra um poder imensurável. Veremos adiante que as escaramuças entre klingons e federados retornariam. Teriam os grande árbitros da galáxia perdido o interesse e simplesmente desaparecido sem deixar vestígios, uma vez que voltaríamos a ouvir falar de klingons (Spoiler Alert) ainda na Série Clássica?

Aqui, cabe lembrar que a remasterização e novos efeitos fizeram bem a esse episódio. Agora, se poder ver a nave klingon que ataca a Enterprise e uma considerável melhoria no aspecto visual dos impactos.

A primeira versão do klingons sofre um pouco pela falta de orçamento. A maquiagem usada, muitas vezes, dá a impressão de que sujaram os rostos dos alienígenas de carvão. De toda forma, o esforço feito pela equipe com um orçamento tão apertado deve ser sempre louvado.

Além das ausências de McCoy e Scott neste segmento, Nimoy também parece um pouco ausente em sua atuação, às vezes distante. Talvez isso se deva ao fato de o protagonismo de Kirk aqui ser dividido com Kor, uma vez que grande parte do segmento é baseado no embate dos dois, sobrando pouco material para nosso primeiro oficial dessa vez. Shatner parece não ter encontrado o tom correto com os organianos, parecendo pouco a vontade nos momentos em que tem que confrontá-los mas consegue bons momentos quando duela com seu inimigo. De toda forma, não há como negar a ascendência de Colicos, que sequestra o episódio para ele, num belo trabalho, sem dúvida alguma.

Mais um segmento que figura entre os favoritos da franquia e que, ao nos fazer olhar os eventos pelos olhos dos organianos, mostra a importância real de algo como a Primeira Diretriz. Muito mais do que isso, o argumento deste episódio, além de produzir uma boa hora de entretenimento, se compreendido em todas as suas facetas, tem o poder de causar uma profunda reflexão em cada um de nós sobre temas como autodeterminação, respeito a diversidade e outras culturas, sobre a não violência e, mais uma vez, sobre a futilidade da guerra. Não bastasse isso, um segmento de importância histórica ao nos apresentar a raça mais importante dentro do cenário da franquia em toda a sua existência. Bravo !

Avaliação

Citações

Of course we blew it up. Deliberately.
But that was violence.
“You can fight back. Instead of sheep, you can be wolves.”
Terrible…To destroy.”
(É claro que o explodimos. Deliberadamente.)
(Mas isso é violência.)
(Você pode lutar. Em vez de ovelhas, vocês podem ser lobos.)
(Terrível… Destruir.)
Kirk e Treyfane

“The fact is, Captain, I have a great admiration for your Starfleet. A remarkable instrument. And I must confess to a certain admiration for you.”
(O fato é, capitão, que tenho uma grande admiração pela sua Frota Estelar. Um instrumento notável. E devo confessar uma certa admiração pelo senhor.)
Kor

You of the Federation, you are much like us.
We’re nothing like you. We’re a democratic body.
Come now. I’m not referring to minor ideological differences. I mean that we are similar as a species.”
(Vocês da Federação, vocês são muito parecidos conosco.)
(Não temos nada em comum. Somos um corpo democrático.)
(Ora, não estou me referindo a pequenas diferenças ideológicas. Quero dizer que somos similares enquanto espécies.)
Kor e Kirk

“I respect you, Captain, but… This is war, a game we Klingons play to win.”
(Eu o respeito, capitão. Mas… isso é guerra, um jogo que jogamos para vencer.)
Kor

“You expect us to trust you now?”
“Is there really a choice, Captain?”
(Agora você espera que nós acreditemos em vocês?)
(O senhor tem alguma alternativa, capitão?)
Kirk e Ayelbourne

You’ve told us you hate violence. Unless you tell me where those phasers are, you’ll have more violence than you know what to do with.
You mean you would actually use force?
It’s entirely up to you.
(Você nos disse que odeia violência. A não ser que me diga onde estão aqueles fêiseres, terá tanta violência que nem saberá o que fazer.)
(Quer dizer que o senhor usaria a força?)
(Depende inteiramente de você.)
Kirk e Ayelbourne

“What are the odds on our getting out of here?”
“Difficult to be precise, Captain. I should say approximately 7,824.7-to-1.”
“Difficult to be precise?”
(Quais são as nossas chances de sair daqui?)
(É difícil ser preciso, capitão. Devo dizer que são de aproximadamente 7.824,7 para 1.)
(É difícil ser preciso?)
Kirk e Spock

Oh, eventually, you will have peace, but only after millions of people have died. It is true that in the future, you and the Klingons will become fast friends. You will work together.
(Oh, eventualmente você terá a paz, mas só depois que milhões tiverem morrido. É verdade que, no futuro, vocês e os klingons se tornarão amigos rápido. Vocês trabalharão juntos.)
Ayelbourne

Trivia

  • O saudoso ator canadense John Colicos, falecido em 6 de março de 2000, também participou de outra marca famosa da ficção cientifica televisiva, tendo interpretado o Lorde Baltar na série Battlestar Galactica. Ele voltaria a Jornada Nas Estrelas em Deep Space Nine, com o mesmo personagem, Kor, nos episódios: “Blood Oath” da segunda temporada (juntamente com Michael Ansara como o klingon Kang, de “The Day Of The Dove” e William “Bill” Campbell como o klingon Koloth de “The Trouble With Tribbles”, ambos da Série Clássica), “The Sword of Kahless” da quarta temporada, e “Once More Unto the Breach” da sétima temporada (nesse último, Kor morre, em um segmento que é uma grande homenagem ao personagem, sendo um dos últimos trabalhos profissionais do ator).
  • O personagem Kor deveria retornar em “Day of the Dove” e “The Trouble with Tribbles”, mas Colicos não estava disponível na época das gravações, sendo assim outros personagens klingons foram criados.
  • O diretor deste episódio, John Newland, foi a principal força criativa da série cult: One Step Beyond.

Ficha Técnica

História de Gene L Coon
Dirigido por John Newland

Exibido em 23 de março de 1967

Título em português: “Missão de Misericórdia” (AIC-SP), “Missão de Misericórdia” (VTI-Rio)

Elenco

William Shatner como James Tiberius Kirk
Leonard Nimoy como Spock
DeForest Kelley como Leonard H. McCoy
Nichelle Nichols como Uhura
George Takei como Hikaru Sulu

Elenco convidado

John Colicos como Kor
Jon Abbott como Ayelbourne
David Hillary Hughes como Trefayne
Peter Brocco como Claymare

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Edição de Carlos Henrique Santos
Revisão de Nívea Doria

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