Alexander Siddig compara Primeval a Jornada

Alexander Siddig, que é conhecido dos fãs de Jornada por seu papel como Dr. Julian Bashir em Deep Space Nine, está participando da série Primeval, fazendo o misterioso milionário e cientista Philip Burton. O Sci-Fi Bulletin conversou com o ator que falou de seu novo papel, comparou esta série com Jornada e com o gênero sci-fi em geral. Veja os pontos mais importantes.

Primavel é uma série de televisão inglesa do gênero ficção científica. No Brasil, está atualmente sendo transmitida na HBO Family. A série refere-se a anomalias temporais que se formam ligando a nossa época com outras, do passado ou do futuro, permitindo que criaturas pré-históricas, ou futurísticas venham para o nosso mundo.

Os efeitos mudaram consideravelmente desde Deep Space 9; você sente como se estivesse fazendo algo completamente diferente?

“Não, não em tudo. A cena com Rex no episódio três da última temporada poderia ter sido assim com Deep Space Nine. Isso é um velho truque da escola de Jornada, ter alguém preso em uma câmara e com o relógio correndo. Em muitos aspectos, foi o que aconteceu naquela cena.”

“Há enorme semelhança com Jornada; muitas comparações fáceis podem ser feitas, em parte porque no final de contas é um filme de gênero, como Jornada era obviamente. Apesar que Jornada liderou o caminho na criação de um mercado para esses seguimentos, no qual ainda me sinto muito orgulhoso disso – Eu acho que eles fizeram um ótimo trabalho, qualquer que seja a pessoa que diga sobre Deep Space Nine – a tocha foi levada com fidelidade por esta série neste respeito. Eu tenho um fraquinho por peças do gênero, por causa de Jornada, porque eu fui criado no palco em sci-fi.”

“A caracterização é um pouco mais sofisticada do que era em Jornada, e os efeitos vieram aos trancos e barrancos, mas a principal diferença é que alguns de nós velhotes, como Ben Miller e eu, temos alguns quilômetros rodados e fazemos as coisas um pouco diferentes da maneira que poderíamos ter feito alguns anos atrás. É voltar a essa autocracia: ​​tentar ser um ditador benigno no set com suas falas e tentar fazê-las a mais interessante possível, sabendo tudo o que se passou antes, com 200 episódios de Jornada – o que foi feito, o que pode ser novo.”

“Eu encontrei um modelo interessante para a base sobre meu personagem e foi por Tony Blair. Você vai ouvi-lo – vocalmente eu peguei muito emprestado com ele, toda tonalidade de como ele transmitia sua mensagem, a confiança aparente quando ele fala com as pessoas sobre suas idéias. Eu pensei: – “quem venderia idéias brilhantes?” Tony Blair. Mesmo quando ele não tem certeza da idéia de que ele está vendendo, ele é um vendedor maravilhoso. Eu gostava de fazer isso. É muito diferente de outros personagens que eu fiz na TV e no cinema. É muito divertido fazer um pastiche muito sutil. Eu acho que vai estar acima da cabeça de todo mundo, mas foi divertido ter por base isso.

Qual é o maior desafio sobre Primeval?

“Em termos de meu personagem sozinho, o desafio foi tentar manter a evolução dele e na direção geral, quando ele se desdobra para este caráter mais e mais maníaco, que começa no final da série quatro. Mantendo-o ambíguo e fazendo as pessoas, se não adivinharem exatamente o que sua agenda é, mas mantê-lo atraente em um certo nível onde as pessoas ainda se enchem com uma sensação de medo e suspeita – que foi a bola mais delicado de fazer malabarismos.”

“Nós estávamos filmando fora de ordem. Ben estava fazendo sua rotina de comédia por todo o país por isso tivemos de acomodar sua agenda. Sabíamos que ele ia estar lá para o final das filmagens, por isso filmamos o final no meio. Eu tive que seguir o clímax de volta para o brilhante manipulador político. Isso foi bizarro!”

Fonte: TrekWeb