Equipe conta desafios de design e maquiagem

A equipe de produção de Enterprise tem um trabalho difícil –fazer um cenário cem anos anterior ao da Série Clássica, enquanto preserva o realismo técnico televisivo atual. Segundo dois membros do time, entretanto, não está sendo nada difícil.

“Estamos sempre tentando avançar com novas tecnologias”, disse o produtor-supervisor Peter Lauritson ao Startrek.com. “Qualquer nova série de televisão é como dar a luz a um novo bebê, realmente tentamos –claro que temos a experiência das outras séries para nos guiar– mas tentamos criar uma coisa totalmente nova. A parte interessante desta aqui é que estamos voltando no tempo, de modo que temos um tipo de abordagem retro.”

Para Lauritson, que supervisiona todos os elementos de pós-produção da série, o elemento mais atrativo é que Enterprise é um programa mais contemporâneo. “O que eu acho interessante sobre essa série é que é mais próxima da nossa realidade, e acho que todo mundo está respondendo exatamente do jeito que devia”, diz.

“Tudo está em estágio de desenvolvimento, assim como nós. Acho que o esforço é tentar fazer algo que é anterior a Kirk, mas isso não quer dizer que não possa ser muito legal e muito novo para todo mundo. Criamos o modelo digital de nossa nova nave, Enterprise, e o modelo digital mais detalhado que já fizemos.”

No penúltimo episódio de Voyager, “Renaissance Man”, a equipe de efeitos especiais criou personagens em CGI que corriam pelas paredes e pulavam no teto. Segundo Lauritson, essas técnicas terão bom uso em Enterprise. “Funcionou muito bem, por isso estamos mais confortáveis para usá-la nessa nova série sabendo que podemos fazer mais coisas desse tipo”, diz. “Scaneamos cada membro de nosso elenco, então podemos fazer uns dublês e colocá-los em alguns ambientes que humanos não ficariam muito confortáveis e assim por diante. Há novas coisas como essa que estamos fazendo e que nos desafiam.”

O designer de maquiagem Michael Westmore se voltou para o mundo tecnológico quando criou a aparência para a nova espécie geneticamente elaborada, os Suliban. “Foi interessante avançar com seu desenvolvimento porque a figura base de pesquisa para sua pele foi uma superfície gerada por computador e tivemos de descobrir como duplicar essa superfície gerada por computador na pele”, diz.

“Há na verdade três diferentes camadas ká. Não são apenas pequenos pontos no topo de alguma coisa,há um baixo relevo, um médio relevo e um alto relevo.”

Embora seja muito mais simples, a maquiagem para o dr. Phlox provou ser igualmente desafiador, pela necessidade de encontrar o equilíbrio certo. “Sabemos que com Phlox era uma questão de literalmente tentar encontrar –não cobri-lo como fizemos com Armin [Shimmerman, Quark], Odo e Neelix– mas encontrar um personagem humanioide onde há design suficiente para que você saiba que não é um humano”, diz Westmore. “O que esse personagem acabará virando durante a série precisaremos ver, mas tentamos bolar algo que mude sua anatomia sem fazê-lo algo próximo de um Talaxiano ou um Ferengi ou algo assim.”

As entrevistas na íntegra, assim como um bonito material sobre Enterprise podem ser encontrados na nova seção dedicada à nova série de Jornada no site oficial, o Startrek.com.