Em um painel vibrante na convenção STLV: Trek to Vegas de 2025, Scott Bakula, intérprete do capitão Jonathan Archer de Star Trek: Enterprise, e o escritor e produtor Mike Sussman compartilharam detalhes sobre Star Trek: United, uma proposta de série que traria Bakula de volta como o Presidente da Federação Jonathan Archer.
Com já noticiado pelo TB (via TrekMovie) a ideia de série é descrita como um “thriller político e drama familiar” ambientado nos anos iniciais e turbulentos da Federação.
Durante o painel de domingo passado, Bakula contou histórias de seu tempo em Enterprise e reflexões sobre o cancelamento da série após sua quarta temporada. Respondendo a um fã sobre o destino de Archer, ele lamentou a interrupção abrupta da trama, que começava a explorar a formação da Federação.
Como estávamos sendo cancelados — e havia uma boa chance de termos sido cancelados depois de três temporadas se o presidente da Paramount Television Garry Hart não tivesse se dedicado a nós —, ganhamos uma quarta temporada extra para completar toda a história dos Xindi, o que, graças a Deus, conseguimos, porque eu achava uma série de televisão incrível. Eu adorei, e o roteiro foi realmente ótimo. E, cara, tínhamos atores muito bons aparecendo o tempo todo naquela série. Eu não reconheci metade deles [devido à maquiagem alienígena]… Então, arrasamos no final da série para encerrar, mas acho que o objetivo era que isso acontecesse mais lentamente e que Archer começasse a formar a base da Federação. E acho que teria sido muito, muito emocionante fazer isso. Então, sinto muito por não termos conseguido nos aprofundar nisso.
Quando o assunto foi sobre o projeto Star Trek: United, Bakula foi cuidadoso:
Não há nada que eu vá dizer sobre United neste momento. Há um ótimo escritor [Mike Sussman], ele e eu conversamos sobre essa possibilidade… Só vou dizer isso — e vamos encerrar por aqui — nunca se sabe.
O ator encerrou sua aparição no palco prometendo retornar para STLV em 2026 para celebrar o 25º aniversário de Star Trek: Enterprise.
Já o produtor e roteirista Mike Sussman, esteve presente no painel “O cânone importa?” do TrekMovie, no sábado. Ele enfatizou a importância de uma série como United se sustentar por si só, sem depender excessivamente de nostalgia e de personagens canônicos.
Quando você está criando uma nova série, acho importante que ela se sustente por si só. Se você se apoiar demais, cedo demais, em trazer de volta personagens de outras séries ou filmes, corre o risco de cair em puro ‘‘memberberries‘ (episódio de South Park que satiriza campanha para Presidente). Com United, as ideias que Scott e eu discutimos se concentram em muitos personagens novos — mas é claro que há muitas oportunidades para alguns rostos familiares aparecerem, talvez até em papéis recorrentes ou semirregulares.
No entanto, Sussman enfatizou que a série se beneficiaria de explorar uma era ainda não abordada na história de Star Trek:
As referências nostálgicas são um pouco como tempero — você precisa usá-las com moderação, especialmente se estiver tentando atrair novos espectadores. Você pode ver alguns rostos familiares, espécies familiares, naves familiares, mas o que me empolga nessa era é o quão ampla ela é. Há cerca de um século entre Enterprise e Discovery, e não sabemos quase nada sobre ela.
Sussman destacou ainda que United seria centrada em novos personagens, mas sem descartar a possibilidade de trazer rostos conhecidos em papéis recorrentes ou participações especiais. Um exemplo mencionado foi o andoriano Shran, interpretado por Jeffrey Combs, um favorito dos fãs que poderia, por exemplo, assumir um cargo de destaque, como Chefe do Estado-Maior da Frota Estelar, integrando-se organicamente à narrativa.
O rotierista também compartilhou algumas ideias sobre os temas que Star Trek: United abordaria, ambientada no final do século 22. Ele destacou que, em Enterprise, o foco narrativo estava centrado na proteção do planeta e na sobrevivência da humanidade, questões essenciais para a história da série do capitão Archer. No entanto, isso deixou pouco espaço para explorar a criação da Federação, um marco fundamental na história do universo de Star Trek:
Em Enterprise, não tivemos tempo de explorar a formação da Federação. O foco era a defesa e a salvação do planeta — o que, claro, era vital para a história que estávamos contando. Mas acredito que iríamos lançar as bases para um governo e um estado que defenderiam os direitos dos seres sencientes, os direitos de todas as espécies, na verdade — e defenderiam firmemente a justiça e a igualdade em toda a galáxia. E isso, em última análise, levaria ao estabelecimento da Primeira Diretriz. Nunca chegamos a nos aprofundar em tudo isso em Enterprise tanto quanto eu gostaria, e acho que definitivamente teríamos feito isso se a série tivesse continuado além da quarta temporada. Ainda há muito a explorar naquela era.
Embora Star Trek: United ainda seja apenas um conceito, sem desenvolvimento ativo pela Paramount, Sussman e Bakula nutrem esperanças de que a nova liderança da empresa, sob o comando do CEO David Ellison, considere a ideia, especialmente com o compromisso de expandir os investimentos na plataforma Paramount+. Por enquanto, o projeto permanece no campo das ideias.
Fonte: TrekMovie
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