TOS 1×28: The City on The Edge of Forever

“Eu sou meu próprio começo, meu próprio fim”

Sinopse

Data estelar: 3134.0

Enquanto a USS Enterprise enfrenta turbulências geradas por um distúrbio temporal que está investigando, uma explosão na ponte fere Sulu. McCoy é chamado para prestar os primeiros socorros e injeta no piloto uma pequena quantidade de um poderoso estimulante. O tratamento dá resultado, mas acidentalmente todo o conteúdo restante da hipospray é injetado em McCoy, que imediatamente enlouquece, agredindo a tripulação e deixando a ponte aos gritos. Antes que seja capturado, ele consegue chegar à sala de transporte e desce ao planeta sobre o qual a nave orbita.


Kirk desce ao planeta, liderando um grupo de busca, do qual fazem parte Spock, Scott e Uhura, à procura de McCoy. Lá, eles se deparam com um artefato alienígena, que, segundo Spock, é a origem das distorções temporais que eles vinham investigando. Kirk e Spock estabelecem contato com o artefato, que se autointitula o “Guardião da Eternidade”, é supostamente muito antigo e capaz não só de mostrar o passado, mas de permitir a viagem através do tempo. O restante do grupo encontra McCoy, que é imobilizado. Entretanto, em um momento de distração, ele salta através do Guardião e some em algum lugar do passado da Terra.

Logo após McCoy passar pelo portal, o grupo perde o contato com a nave. O Guardião, então, informa que a passagem do médico ao passado fez com que todo o presente do grupo desaparecesse e que apenas a proximidade do portal os manteve em segurança. Kirk não vê alternativa a não ser tentar retornar ao passado e impedir McCoy de mudá-lo, trazendo de volta o seu futuro. Ele e Spock se lançam então para o passado, tentando rastrear o destino do médico, baseados nos registros que Spock fizera pouco antes do salto do doutor, deixando ordens aos que ficaram para que tentassem novamente caso os dois falhassem.

Os dois chegam à Terra, na cidade de São Francisco, no ano de 1930, mas logo encontram dificuldades para se misturar à população local. Enquanto roubam algumas roupas, são surpreendidos por um policial local e, em vista das dificuldades para explicar não só o roubo como as orelhas de Spock, são obrigados a atacá-lo.

Após conseguirem se desvencilhar da polícia, eles se escondem no porão de um prédio, onde, após trocar de roupas, discutem como agir para encontrar McCoy, que, a essa altura, ainda não desembarcou no “passado”. Spock não tem como precisar o local e a data da chegada do doutor, uma vez que não há equipamento para recuperar tais informações em seu tricorder, restando aos dois apenas confiar no acaso para achar o amigo. Antes que possam deixar o local, os dois são surpreendidos por uma mulher chamada Edith Keeler. Kirk diz a ela parte da sua história e, então, Edith oferece trabalho aos dois.

Mais tarde, eles descobrem que Keeler é uma espécie de benfeitora, que dirige uma missão que tem por objetivo alimentar famintos que não têm trabalho. Edith Keeler é, antes de tudo, uma sonhadora, mas que tem teorias muito interessantes, praticamente proféticas em relação ao futuro, o que chama a atenção de Kirk.

Edith oferece o aluguel de um quarto aos dois, impressionada com o trabalho realizado por ambos. Instalados e com um emprego, Spock começa a trabalhar em uma forma de acessar a informação que precisam do tricorder, mas sem muito sucesso, devido à carência de materiais.

Mais tarde, enquanto limpam os refeitórios da missão, Spock vê algumas pessoas usando ferramentas que poderiam ser úteis. À noite, eles arrombam o armário onde tais ferramentas estão guardadas, mas Edith os surpreende. Kirk a convence a deixar Spock usá-las, mas ela usa o incidente para tentar ter mais acesso a Kirk, que ainda é um mistério para ela. Enquanto Spock permanece em seu trabalho, Kirk e Keeler saem para um passeio, no qual ela tenta extrair mais informações do capitão, sem sequer suspeitar da verdade.

Enquanto isso, Spock mantém sua atenção no trabalho de recuperar as informações do tricorder. Ele descobre que Edith Keeler é o “ponto focal do tempo”, o elemento que a interferência de McCoy irá alterar, alterando também o futuro. Kirk e Spock descobrem que há dois futuros possíveis para a moça. Em um deles, Keeler irá morrer em um acidente de trânsito e, no outro, ela se transformará em uma pessoa de fama nacional. Eles têm agora que descobrir qual deles é o correto e agir para corrigir o que McCoy teria alterado, só que isso pode significar que Keeler tenha que morrer.

Pouco tempo depois, McCoy chega ao ano de 1930 ainda sofrendo os efeitos da droga e com fortes alucinações. Sem saber disso, Kirk está cada vez mais envolvido com Keeler. McCoy perambula pelas ruas, tentando saber onde está e, ainda convicto de que está sendo perseguido, acaba não resistindo ao efeito da droga e desmaiando.

De volta à missão, Spock está trabalhando para tentar recuperar informações, consertando o equipamento que ele havia improvisado e queimado em sua última tentativa de descobrir as respostas de que precisa.

Pela manhã, McCoy perambula pelas ruas e, coincidentemente, chega à missão de Edith Keeler, que, ao ver o estado do doutor, recolhe-o e o coloca para descansar. Spock, apesar de presente, não vê a chegada dele e ignora que o médico já esteja tão perto. Logo depois, o vulcano consegue consertar seu equipamento e descobre que, caso Edith Keeler não morra, a Alemanha irá vencer a 2º Guerra Mundial. Eles logo concluem que McCoy a salvará. Kirk se desespera ao saber que terá que impedir McCoy de salvá-la, pois está apaixonado por ela.

Enquanto isso, McCoy vai se recuperando sob os cuidados de Keeler e, aos poucos, vai recobrando a consciência, embora permaneça bastante confuso, principalmente ao notar o local (e a época) onde está. Keeler também está confusa, mas reconhece no médico alguma semelhança com os modos de Kirk e Spock. De qualquer forma, McCoy cai no sono novamente.

À noite, Kirk impede um acidente envolvendo Keeler, que tropeça em uma escadaria, sendo repreendido por Spock, que percebe que seu capitão não está convencido a deixar que a moça morra. No dia seguinte, Keeler passa para ver o progresso de McCoy, que está totalmente recuperado e ainda sem saber que Kirk e Spock encontram-se por perto e à sua procura. Ela deixa o médico e sai para um encontro com Kirk. Eles vão ao cinema e, na saída, enquanto os dois conversam, ela cita a presença de McCoy, deixando o capitão em pânico. Ele deixa Edith na calçada e retorna em busca de Spock, mas, exatamente nesse momento, o doutor sai do prédio da missão e encontra seus dois companheiros.

Edith Keeler, ao ver o grupo reunido, ignora a recomendação de Kirk e põe-se a atravessar a calçada na direção deles. Kirk percebe o que ela está fazendo, mas para na beira da calçada ao ver que a moça atravessa a rua e que um automóvel vem em sua direção. McCoy também percebe e tenta correr em seu socorro, mas Kirk o impede e Keeler é atropelada, vindo a falecer.

McCoy está transtornado sem entender por que Kirk o impediu e este sequer consegue olhar na direção da rua. Imediatamente eles retornam ao planeta do Guardião da Eternidade, onde constatam que seu futuro está de volta.

Comentários

Talvez a melhor descrição para “The City on the Edge of Forever” esteja contida nas linhas do próprio roteiro. A beleza dramática humana e poética deste episódio o tornaram atemporal e, não por acaso, ele vive até hoje nos corações e mentes dos fãs de Jornada nas Estrelas.

A jornada épica de James T. Kirk em busca de salvar um futuro perdido é uma bela peça de ficção cientifica, mas também um dos momentos mais frágeis e, ao mesmo tempo, mais poderosos do capitão da Enterprise em toda a sua existência. Aqui, ele começa a sua trajetória de tragédias pessoais e dramas que o definiriam em vários momentos de nossa convivência com esse personagem. Acompanhamos Kirk em sua jornada, acreditamos no seu amor — mesmo sabendo que se trata de um amor condenado — e sofremos com ele a insuportável dor da perda causada pela escolha que precisa fazer.

“The City on the Edge of Forever” começa da forma habitual. Seus primeiros minutos fazem a introdução do tema da semana, em que a Enterprise estuda um estranho fenômeno que acaba causando o acidente de McCoy e sua posterior fuga que o levaria a superfície do planeta com Kirk em seu encalço. Esse breve primeiro ato serve tão somente para nos apresentar o verdadeiro elemento de real importância dessas historia, o Guardião da Eternidade. Tão antigo quanto o tempo, a figura do Guardião oferece um excelente adereço para uma viagem no tempo, totalmente despido de qualquer tentativa cansativa e desnecessária de explicar o que não tem explicação.

Aqui, não há partículas, inversões de polaridade nem nada parecido com uma tentativa vã de “cientifizar” o que não é possível nem necessário. O Guardião existe como uma força da natureza, inexplicável e inexorável, e nos impressiona através de sua imponência mística, sem que, para isso, seja necessário o uso de grandes efeitos especiais — algo que seria impossível para os recursos tanto financeiros quanto tecnológicos da época –, sendo mais uma prova da criatividade da qual era capaz a equipe por trás da Série Clássica.

Independentemente da possibilidade ou não de sua existência, sua proposta traz à tona uma irredimível curiosidade. O fascínio de Kirk pela possibilidade de viajar no tempo e explorar não só o futuro, mas o passado e vivenciar grandes momentos da História traduz o desejo de muitos que veriam nessa possibilidade a realização de um sonho. Essa ideia traduz a primeira ligação perene da História com a franquia: o desejo da exploração, algo que estaria no cerne da franquia por toda a sua existência.

O salto de McCoy pelo portal nos leva ao segundo ato, no qual encontraremos um maravilhoso trabalho de externas. Ainda que o período retratado (1930) não seja tão distante da época de exibição do episódio e existam aqui e ali algumas inconsistências relativas a acontecimentos e referências e mesmo que boa parte do episodio tenha sido gravado no mesmo local usado em “Miri” e “The Return of the Archons”, somos convencidos dessa visão da Nova York dos anos 1930, que carrega uma aura que parece homenagear não somente a cidade, mas o próprio cinema, em quadros que certamente inspiram o florescimento do sentimento de Kirk.

Mas, antes do drama, vem o humor e aqui encontramos pequenas, mas eficientes peças do melhor bom humor produzido em Jornada nas Estrelas. A imagem de Kirk e Spock sendo pegos literalmente com as calças na mão e tentando explicar o ocorrido para o guarda sempre causa sorrisos mesmo no coração mais duro. Ao longo do segmento, encontramos outros bons momentos humor que são inseridos no contexto do episódio de forma orgânica, sem jamais comprometer o pano de fundo dramático que vai se desenhando ao longo de seu desenvolvimento.

Além de bom humor, o roteiro nos entrega um Kirk sagaz, focado e com perfeito sentido de urgência. Aqui vemos muitas das características que levariam o personagem a ser um dos mais adorados de toda a franquia. Shatner está em plena sintonia com seu personagem e faz aflorar todas as qualidades que se esperam de um grande comandante.

E Nimoy o acompanha em grande estilo. O vulcano é a consciência de Kirk, guiando-o pelo caminho tortuoso que precisa ser seguido. Spock é tão firme quanto necessário e tão suave quanto possível, mostrando que os anos de convivência com os humanos fizeram com que ele conhecesse bem senão todos, ao menos um, James Kirk. Embora sua cultura e sua racionalidade deixem claro o que deve ser feito, ele entende e respeita a situação de seu oficial superior e amigo.

O ator entrega, aqui, um Spock tecnicamente competente, mas vai além, transmitindo humor quando o texto assim o solicitava, mesmo sem poder usar grandes variações de expressão, além da frieza que aprendemos a esperar do primeiro oficial da Enterprise e uma delicada e sutil compaixão ao compreender a dor de seu amigo frente ao sacrifício que ele precisa fazer.

Deforest Kelley também tem boa participação, alternando da paranoia agressiva para o cansaço e, finalmente, de volta à razão. A sua fúria enlouquecida nos faz pensar inicialmente que ele, deliberadamente em função do efeito da medicação, pudesse ser a causa da morte de Edith, o que, de certa forma, funciona para manter no ar certa indefinição quanto ao rumos dos acontecimentos.

Voltando a Nova Iorque, ela não é apenas um cenário bucólico escolhido para emoldurar um breve romance entre dois personagens, mas, de certa forma, ela também representa essa cidade à beira da eternidade, que encontramos cinzenta em meio à grande depressão, época em que muitas pessoas passaram fome e não tinham trabalho nem moradia. Uma época cinzenta para toda a humanidade e, justamente nesses momentos de incerteza, é que se fazem necessários valores como esperança e fé, sem as quais ninguém é capaz de atravessar as adversidades.

Essa mensagem vem através da voz e da face de Edith Keeler (Joan Collins). E, se a Nova York dos anos 1930 é cinza, fria e terminal, Edith é o raio de luz sobre o mal que se abate contra a esperança, a personificação da bondade que queremos acreditar ser a humanidade capaz de personificar através dos valores nos quais acredita e professa. Valores como justiça, igualdade e fé em que poderemos ser capazes de construir um futuro melhor.

Edith Keeler representa, de muitas formas, a essência de Jornada nas Estrelas naquilo em que a série fala mais fundo ao fã que consegue compreender essa mensagem, essa ideia de que podemos ser melhores do que somos e de que a humanidade, apesar de sua historia sangrenta, é capaz de alcançar a redenção. Se Jornada nas Estrelas tem uma alma, essa alma se chama Edith Keeler , personagem eternizada pela atuação sublime de Collins.

E chegamos à tragédia de James Kirk. Ele ama Edith e tudo que ela representa e sente que ela, mais do que ninguém, merece viver, mas sabe o que precisa ser feito e o preço de não o fazer. Nesse ponto, o herói se torna homem — frágil, em duvida, ele desce ao nível do homem comum –, um ser humano com fraquezas e virtudes que se misturam e se confundem. De todo esse caos, porém, ele emergirá ainda mais heroico.

O segmento age e reage junto com seus personagens, afetando-os no processo e transformando-os e conseguindo, no pouco tempo de tela, acrescentar algumas camadas que tornam Kirk um personagem mais real do que o mero arquétipo de herói.

Ao convertê-lo no clássico herói trágico aristotélico, o roteiro, de forma intencional ou não, aproxima a história desse episódio de uma camada ainda mais humanística, mais pessoal e mais próxima de cada um de nós. Podemos nada entender de viagens temporais ou sobre o dever de um capitão de uma fictícia frota estelar, mas podemos entender bem e até mesmo nos identificar com o sofrimento do homem que conhecemos até aqui. Esse elemento, sem dúvida, é mais uma camada que ajuda a construir um episódio que jamais envelhece, porque essas questões humanas serão sempre universais e atemporais.

Um episódio tão competente precisava de um grande final e a cena da morte de Edith é, ao mesmo tempo, simples, bela e significativa. O roteiro consegue criar o clima de apreensão de forma tão competente que o simples atravessar de rua do casal Kirk/Edith causa um formigamento frente ao que sabemos que irá acontecer. E, quando o inevitável acontece, nada precisa ser dito. As expressões de Spock, McCoy e Kirk são suficientes para encerrar o drama com a sensibilidade merecida.

Mais  uma  vez,  o diretor Joseph Pevney realiza um trabalho brilhante. Ele que já havia sido responsável por episódios fantásticos como “The Devil in the Dark” e “Arena” e ainda realizaria grandes trabalhos na série, mas aqui ele consegue levar a termo o episódio definitivo da Série Clássica.


Belo, eficiente, sensível, corajoso, “The City on the Edge of Forever” fala sobre coisas que nos motivam e nos dão esperança, sobre fé no futuro e sobre a condição humana. Para isso, expõe esse ser humano através do que temos de mais genuíno: nossos sentimentos. Aqui, não há confronto homem x máquina, mas homem x homem, e sua mensagem irá atingir cada um de nós em níveis de intensidade e profundidade diferentes, mas é impossível não passar por ele sem ser de alguma forma tocado pelo que certamente sempre será o episódio à beira da eternidade para o fã da Jornada nas Estrelas.

Avaliação

Citações

“What are you?”
“I am the Guardian of Forever.”
“Are you machine or being?”
“I am both and neither. I am my own beginning, my own ending.”
(O que é você?)
(Sou o Guardião da Eternidade.)
(Você é máquina ou ser?)
(Eu sou ambos e nenhum. Sou meu próprio princípio, meu próprio fim.)
Kirk e Guardião da Eternidade

“You were saying you’ll have no trouble explaining it.”
“My friend is obviously Chinese.”
(Você dizia que não teria problemas em explicar.)
(Meu amigo é obviamente chinês.)
Spock e Kirk

“You were actually enjoying my predicament back there. At times, you seem quite human.”
“Captain, I hardly believe that insults are within your prerrogative as my commanding officer. “
(Você estava se divertindo com minha confusão lá atrás. Tem vezes que você é bem humano.)
(Capitão, acho difícil que insultos estejam dentro de sua prerrogativa como meu oficial comandante.)
Kirk e Spock

“I don’t pretend to tell you how to find happiness and love when every day is a struggle to survive, but I do insist that you do survive because the days and the years ahead are worth living for.”
(Não vou fingir dizer a vocês como achar felicidade e amor quando todo dia é uma luta para sobreviver, mas insisto em que sobrevivam, porque os dias e anos à frente valerão a pena serem vividos.)
Edith Keeler

“Spock … I believe … I’m in love with Edith Keeler.”
“Jim, Edith Keeler must die.”
(Spock… Acho… que estou apaixonado por Edith Keeler.)
(Jim, Edith Keeler precisa morrer.)
Kirk e Spock

“You deliberately stopped me, Jim. I could have saved her. Do you know what you just did?”
“He knows, Doctor. He knows.”
(Você deliberadamente me impediu, Jim. Eu poderia tê-la salvado. Você sabe o que acabou de fazer?)
(Ele sabe, doutor. Ele sabe.)
McCoy e Spock

Trivia

  • Apesar de seu sucesso, este episódio causou profundo desentendimento entre Harlan Ellison, autor do roteiro original, e Gene Roddenberry. Ellison nunca aprovou as alterações realizadas em sua história original. Ellison, então, solicitou que fosse usado o seu pseudônimo, “Cordwainer Bird”, que usava para creditar projetos pelos quais tinha menos carinho, mas não foi atendido por Gene.
  • No roteiro de Ellison, um tripulante que traficava drogas a bordo da Enterprise retornaria ao passado e causaria os eventos que iriam alterá-lo. Além disso, Kirk decidiria por salvar Keller e viver com ela no passado da Terra e caberia a Spock impedi-lo de salvá-la, “consertando” o passado.
  • O roteiro filmado venceu o Hugo Award em 1968 de Melhor Apresentação Dramática.
  • A versão original de Harlan Ellison ganhou o prêmio anual Writers Guild of America de Melhor Drama.
  • The Time Tunnel (O Túnel do Tempo) seriado cult realizado por Irwin Allen nos anos de 1960, que tinha como tema as viagens no tempo de dois cientistas: Robert Colbert, como Doug Phillips, e James Darren, como Tony. A série teve seu ultimo episodio transmitido em 7 de abril de 1967, um dia após a exibição de “The City on the Edge of Forever”. James Darren se tornaria muito conhecido dos fãs de Star Trek devido à sua participação em DS9 como Vic Fontaine.
  • Na trilha deste episódio, vieram:

“Yesteryear” (TAS 1×02): Escrito por Dorothy C. Fontana e que foi ao ar em 15 de Setembro de 1973. Nessa estória, Spock emerge do Guardião da Eternidade para descobrir que a História o dava como morto, fato que teria acontecido quando ela era uma criança em Vulcano durante a realização de um teste conhecido como Kahs-wan. Ele viaja, então, ao ano de 2237 para salvar sua própria vida.

“Terra Firma, Part 2” (DSC 3×10): O Guardião da Eternidade retornaria em grande estilo no episódio da terceira temporada de Star Trek Discovery.

Livros:

Yesterday’s Son, por A.C. Crispin

Publicado pela Pocket Books em 1983. Spock retorna 5000 anos no passado do planeta Sarpeidon (“All Your Yesterdays”) para encontrar seu filho, Zar, nascido de sua breve união com Zarabeth. Enquanto isso, a Enterprise deve defender o planeta de um ataque romulano, ou então destruir o Guardião para que este não caia em mãos inimigas. Uma leitura interessante, mas sem o mesmo brilho de “The City…”.

Time For Yesterday, por A.C. Crispin

Nessa história, alterações no curso normal do tempo fazem com que a Frota Estelar suspeite de algum tipo de mau funcionamento e envia Kirk, Spock e McCoy em uma missão para contactar o Guardião e descobrir o que há de errado. Mais uma vez, o trio voltará ao passado e encontrará Zar, o único que parece poder se comunicar com o Guardião. No Brasil, foi publicado pela Aleph com o título O Filho de Spock.

Imzadi, por Peter David
Durante negociações com uma raça chamada sindareen, Deanna Troi morre misteriosamente. Um ano depois, o comandante Riker planeja uma viagem através do tempo com o objetivo de salvá-la.

Engines of Destiny
No romance Engines of Destiny, o Guardião aparece em uma linha do tempo alternativa, na qual os borgs conquistaram a Terra; Guinan Prime avisa sua contraparte, que vai ao planeta do Guardião para pedir ajuda para restaurar a linha do tempo;

Ficha Técnica

Escrito por Harlan Ellison
Dirigido por Joseph Pevney

Exibido em 06 de abril de 1967

Título em português: “A Cidade à Beira da Eternidade” (AIC-SP), “A Cidade à Beira da Eternidade” (VTI-Rio)

Elenco

William Shatner como James Tiberius Kirk
Leonard Nimoy 
como Spock
DeForest Kelley 
como Leonard H. McCoy
James Doohan como Montgomery Scott
Nichelle Nichols como Uhura
George Takei como Hikaru Sulu

Elenco convidado

Joan Collins como Edith Keeler
David L. Ross tenente Galloway
John Harmon como Rodent
Hal Baylor como policial
Bart La Rue como a voz do Guardião da Eternidade
John Winston como chefe Kyle

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Edição de Carlos Henrique B. Santos e Maria Lucia Racz
Revisão de Nívea Doria

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