David Ellison, dono da Skydance, assumiu a Paramount Global em 2025 e, em apenas 100 dias, está transformando Hollywood. Com apoio do governo Trump, ele planeja uma fusão de 70 bilhões de dólares com a Warner Bros. Discovery, investe em IA e adota um viés conservador, marcado por demissões polêmicas e parcerias como uma luta de UFC na Casa Branca a uma reinvenção de Star Trek.
Com o “voto de confiança” do presidente Trump, Ellison pretende alçar grandes vôos. Uma fusão com a WBD uniria HBO Max ao Paramount+, criando um “mega streamer” para rivalizar com Netflix e Disney/Hulu. Ellison planeja até extinguir o HBO Max como serviço standalone, fundindo-o ao Paramount+ em 2026.
No coração dessa revitalização temos Star Trek, que ganha novo fôlego, mas com reviravoltas. Nove anos após o decepcionante Star Trek Beyond (2016), que faturou aquém do esperado e iniciou um hiato sem precedentes de filmes da franquia, Ellison prioriza Star Trek como “absolutamente essencial”, integrando cinema e TV. Contudo, em seu mais novo artigo, a Variety revela que o estúdio “abandonou” os planos para um quarto filme com Chris Pine (Kirk), Zachary Quinto (Spock) e o elenco do chamado “universo Kelvin”, que viu duas tentativas (a última em 2022, com Matt Shakman) colapsarem na pré-produção.
Quanto ao projeto ” filme de origem” dirigido por Toby Haynes, anunciado para 2026, parece estagnado sem avanços, já faz mais de um ano que não há notícias, tornando impossível afirmar que o lançamento ocorrerá, se vier a ser produzido, conforme programado. No momento, somente duas séries Star Trek sobrevivem: Strange New Worlds, que encerra com uma quinta temporada reduzida, e Starfleet Academy, que estreia em janeiro de 2026 (com segunda temporada já rolando em Toronto).
Outro fator que pode impactar Star Trek é a saída de Taylor Sheridan da Paramount em 2028 devido à sua relevância no Paramount+, onde suas séries, como Yellowstone, respondem por 90% do sucesso dos dramas, ofuscando Star Trek. Isso cria dois cenários: 1) Star Trek pode ganhar prioridade, com mais recursos para novas séries, já que David Ellison vê a franquia como essencial; 2) A lacuna deixada por Sheridan pode intensificar a competição por orçamento, especialmente se a Paramount se fundir com a Warner Bros. Discovery, forçando Star Trek a disputar verbas com gigantes como The White Lotus. O fim do contrato da Secret Hideout de Alex Kurtzman em 2026 adiciona incerteza à direção criativa, podendo limitar ou impulsionar o futuro da franquia.
Vamos aguardar os novos cenários à frente.
Fonte: TrekMovie e TrekCore
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