PIC 3×01: The Next Generation

Apesar de bom e apostar na nostalgia, episódio é a mais fraca abertura de temporada da série

Sinopse

A SS Eleos é abordada por misteriosos alienígenas, e Beverly Crusher reage à invasão. Ela isola um companheiro de viagem em um compartimento e enfrenta os atacantes com um rifle feiser. Acaba seriamente ferida, mas vaporiza os dois invasores. Enquanto lança a nave em dobra para uma fuga, ela envia uma mensagem de socorro para Jean-Luc Picard, que está na Terra, preparando as malas para ir morar com Laris em Chaltok IV. Ao receber o contato de Crusher, após duas décadas sem ter notícias dela, Picard decide ajudá-la.

O velho almirante, então, procura seu velho amigo, o capitão Will Riker, que decifra as coordenadas enviadas por Crusher e tem uma ideia de como atender ao pedido de socorro sem envolver diretamente a Frota Estelar, como pedido pela doutora. Os dois irão até a nova USS Titan-A, com a desculpa de realizar uma inspeção antes da celebração do Dia da Fronteira. De lá, pegarão uma nave auxiliar que os levará até o sistema Ryton.

Chegando à Titan-A, eles são recebidos com simpatia pela primeiro oficial, comandante Sete de Nove, mas não pelo capitão Liam Shaw. Ele maltrata os recém-chegados e parece ter uma rusga séria com os borgs, obrigando Sete a usar o seu nome humano, Annika Hansen. Shaw se recusa a mudar o curso conforme pedido por Picard e Riker.

Enquanto isso, no Distrito 6 do planeta M’talas Prime, em meio ao submundo, Raffaela Musiker está investigando para a Inteligência da Frota Estelar o roubo de tecnologias guardadas em uma estação do Instituto Daystrom — equipamento que poderia ser transformado em uma arma terrível. Ela descobre que haverá algo grande com uma “dama vermelha”, mas não tem ideia do que isso quer dizer. Raffi consulta seu misterioso contato na Inteligência da Frota via mensagens subespaciais de texto, que insiste que ela continue investigando. Ela, então, descobre que a “dama vermelha” é uma estátua de Rachel Garrett, a heroica capitã da Enterprise-C, prestes a ser inaugurada no centro de recrutamento da Frota no Distrito 7, como parte das celebrações do Dia da Fronteira. A bordo da Sirena, que agora está sob seu comando, Raffi viaja ao Distrito 7, mas não a tempo de impedir o ataque. O prédio é completamente devastado.

Na Titan-A, Sete decide arriscar seu futuro na Frota e desobedece às ordens do capitão Shaw, levando-a até o sistema Ryton e facilitando o acesso de Jean-Luc e Will a uma nave auxiliar. Os dois partem antes que Shaw possa impedir e chegam até Eleos. Lá, eles encontram Beverly numa câmara de estase e Jack Crusher — um filho dela que jamais conheceram. Jack diz que a Eleos está sendo caçada por inimigos que, a cada ataque, têm um rosto. Quando Picard e Riker perguntam quem seriam eles, o rapaz diz para olharem por si mesmos, enquanto uma enorme nave emerge da nebulosa vizinha…

Comentários

Ao final da segunda temporada de Picard, fomos surpreendidos por duas grandes notícias envolvendo o elenco: a maior parte dos atores da própria série foram dispensados, à exceção de Michelle Hurd (Raffi) e Jeri Ryan (Sete de Nove); e que o elenco de A Nova Geração, os antigos companheiros do protagonista, embarcaria no terceiro ano da nova aventura de Jean-Luc Picard. Já o par romântico do almirante ao longo da segunda temporada, Laris (Orla Brady), por quem ele enfrentou um grande trauma de infância, é a última personagem original da série a ser dispensada, com poucos minutos de episódio, permitindo que seu amado vá atrás da ex-amante em apuros.

Sendo Picard A Nova Geração séries tão diferentes, embora com pontos evidentemente em comum (o mais evidente é Jean-Luc Picard), teremos uma apropriação do novo seriado por parte do antigo? O atual prevalecerá ou haverá algum ponto de equilíbrio entre essas diferenças? Veremos um Picard fadado a voltar à sua condição arquetípica da década de 1980 (ou do século 24, como preferir) ou os importantes acontecimentos das temporadas anteriores ainda ecoariam em seu corpo sintético e seu cérebro positrônico? Os demais personagens de TNG sobreviverão à mudança de ares?

O episódio de abertura nos deixa um gosto de que talvez a velha tripulação de Jean-Luc possa ter certa prevalência, embora possamos ver que a Beverly Crusher e o William Riker que aqui encontramos não são os mesmos dos quais nos despedimos há pouco menos de trinta anos na série e vinte anos nas telonas. Eles passaram por eventos que não testemunhamos — embora, no caso de Riker, tenhamos algum conhecimento — e que os afetaram de maneira que ainda estamos por descobrir.

Da parte de Beverly, a vemos sair da enfermaria e ter sua própria nave. No lugar do tricorder médico, ela empunha um belo rifle feiser, em vez de a vermos curando pacientes, ela está sendo caçada. Contudo, apesar de estar há décadas evitando os antigos companheiros da Enterprise, ela só confia em Picard para salvá-la dos apuros em que se encontra junto de um jovem companheiro de viagem. Ainda que vejamos mudança no comportamento da doutora, não soa absurdo uma Beverly com ares de personagem de ação. Em “Attached” (TNG), Picard percebe que a velha amiga tem um lado mais ácido e menos passivo do que costumávamos testemunhar, um lado que ela guardava apenas para si mesma.

Se Beverly só confia em Picard, ele ainda deposita grande confiança em seu antigo imediato. Jonathan Frakes, ao retornar como o bom e velho William Riker, se torna um grande destaque. Ele ainda mantém toda a iniciativa, astúcia e heroísmo do personagem. Riker não apenas traça um plano mirabolante que contraria a solicitação de Beverly de não envolver a Frota Estelar — que obviamente está fadado ao fracasso — como se voluntaria para ir junto. Contudo, apesar de continuar com suas características heroicas, este é um Riker que carrega um peso, uma tristeza profunda, o que se evidencia quando ele diz que sua ausência pode ser benéfica tanto para a esposa, Deanna Troi (Marina Sirtis), quanto para a filha Kestra.

A respeito dos companheiros mais recentes de aventura de Picard, encontramos Raffi em um planeta aparentemente perigoso, sozinha e disfarçada no submundo local, trabalhando para a Inteligência da Frota no caso de um roubo de armas do Instituto Daystrom, dentre elas, uma arma de tunelamento. Embora ela investigue e chegue à conclusão correta, não é capaz de evitar a morte de mais de uma centena de pessoas num centro de recrutamento da Frota naquele planeta. Uma questão que nos fica é: até que ponto um trabalho como esse pode fazer bem a ela, dado seu histórico de dependência química, sua tendência a crer em teorias conspiratórias e a se culpar? E não parece ajudar muito seu contato ser alguém que não gosta de dar muitas respostas — a julgar por uma de suas interações, as apostas estão altas de que a identidade dele seja Worf. De qualquer forma, o que nos resta é torcer para que ela se mantenha sã e que sua trama B possa encontrar de alguma forma a trama A em que Picard está embarcando.

Falando em Raffi, Sete de Nove é a imediato da nave que Riker pretende fazer levá-lo juntamente com Picard para as coordenadas codificadas enviadas por Beverly Crusher. Devido a recomendações de Picard e Katryn Janeway, Sete conseguiu aquele posto, porém sente-se frustrada. Ela está sob o comando de um capitão extremamente apegado a regulamentos e hierarquias, fazendo-a questionar-se se fez um bom negócio em trocar os patrulheiros Fenris pela Frota Estelar. Não é, portanto, de se espantar sua decisão de desobedecer ao seu superior imediato, levar Picard e Riker até onde precisavam ir e ceder a eles uma nave auxiliar. Apesar de não ter tanto tempo de tela quanto merece, Jeri Ryan continua ótima no papel da ex-borg.

É uma pena, no entanto, que não saibamos o que ocorreu com o relacionamento de Sete e Raffi. Se na primeira temporada apenas testemunhamos o toque de suas mãos e na segunda acompanhamos DRs intermináveis devido a um primeiro término, ao fim as vimos se reconciliarem. E aqui simplesmente ficamos sabendo que não estão mais juntas — fica difícil de o público investir emocionalmente nesse relacionamento se pouco a respeito dele nos é apresentado na série. Talvez seja melhor que continuem separadas.

Sete serve na Titan-A, antigo comando do capitão Riker, nave que agora está reformulada e nas mãos do capitão Liam Shaw, que não se impressiona com os visitantes tão condecorados e respeitados. Ele chega a ter um comportamento de extrema descortesia ao convidá-los para um jantar, mas recebê-los já no meio da refeição e desdenhando do presente levado por Picard (obviamente, uma garrafa do vinho produzido por ele). Há em Shaw um visível prazer em negar o pedido dos veteranos e um grande preconceito contra ex-borgs, o que é demonstrado na menção a Locutus e em sua atitude de exigir que Sete use o nome humano de Annika Hansen — sendo isso uma grande agressão à identidade de sua própria imediato.

Com falas muito carregadas nas tintas, extremamente injustas com a conduta de Picard como capitão e no tratamento a Sete, Shaw pode ser definido como um grande babaca. Fazendo-nos sentir pouco à vontade na cena do jantar e raiva no tratamento dispensado a personagens que aprendemos a amar por tantas décadas, Todd Stashwick, a despeito das falas carregadas demais, traz uma atuação perfeita para o atual capitão da Titan. Apesar da antipatia, ele está apenas seguindo as ordens de seus superiores e os regulamentos da Frota. Além disso, podemos presumir que ele traz alguma história pregressa envolvendo os borgs, que o deixou tão amargo com Jean-Luc Picard a ponto de ser injusto com o almirante. Trata-se de um novo personagem a ficar em observação para que acompanhemos seu desenvolvimento durante a temporada.

Para encerrarmos as análises de personagens-chave, temos o jovem companheiro misterioso de Beverly. Quando Picard e Riker conseguem abordar a Eleos XII, o rapaz diz se chamar Jack Crusher (como o ex-marido dela) e alega ser o filho caçula da médica. Sua preocupação com as condições de saúde dela parece genuína. Não há por que desconfiar das informações dele. Ainda é muito pouco, mas se trata de uma boa introdução do personagem. Ele ainda dá o ótimo gancho para o próximo segmento: os inimigos que mudam de rosto os acharam e estão bem na frente deles em uma nave que parece extremamente perigosa. Pela reação de Picard, podemos perceber que há uma grande possibilidade desse Jack ser seu filho. Agora, é torcer para no segundo episódio termos algumas respostas e não apenas perguntas.

O nome do episódio não remete apenas à antiga série de seu protagonista, mas também a uma nova geração de personagens, tendo Jack Crusher como seu maior símbolo — embora tenhamos também Shaw, Sidney La Forge (é, uma das filhas do engenheiro-chefe da Enterprise, que sente muito orgulho do pai e adora reafirmar isso) e demais tripulantes da bela Titan-A. Embora ainda estejamos conhecendo estes e reencontrando antigos personagens, é inegável que tanto o episódio quanto a terceira temporada colocará os personagens da Nova Geração em evidência, o que nos permitirá ver como anda a interação entre eles (e seus intérpretes) após tantas décadas separados.

Pensando na relação de Picard e Nova Geração, podemos apontar que é o pedido de Beverly que motiva Picard a partir na sua tradicional (em Picard) saga de encontrar uma nave, reunir uma tripulação e partir para completar uma missão, da qual pode depender apenas a vida de uma pessoa próxima (ou alguém relacionado a ela) ou toda a galáxia. No entanto, embora a estrutura superficialmente apresente esse elemento típico da série atual, parece-nos que os elementos que unem ao menos este início de temporada às anteriores são tênues. Destacamos a presença de Raffi e Sete e a cena inicial de Beverly Crusher, remetendo à cena em que Sete está levando medicamentos a lugares ermos a bordo da Sirena na segunda temporada.

Temos, na verdade, mais elementos que conectam esta temporada aos filmes e séries anteriores de Jornada (de forma geral), incluindo elementos gráficos, como letreiros (incluindo o título do episódio ou “parte” —  como é aqui chamado — e a homenagem póstuma a Anne Wersching, falecida em janeiro de 2023, ao final do episódio), LCARS, referência de diálogos e situações, sons, música… É impossível não ter a impressão de já se ter visto determinadas cenas em algum lugar, ainda que não lembremos exatamente onde as vimos, despertando a nostalgia dos fãs, garantindo satisfação no público-alvo. A maior crítica que se pode fazer a este pontapé inicial da “última aventura da TNG” — ainda que seja muito cedo para isso — é que aparentemente acontecimentos importantes das duas primeiras temporadas de Star Trek: Picard sejam pouco considerados, não conferindo muita coesão à série.

Comparada a “Remembrance” (1ª temporada) e “The Star Gazer” (2ª temporada), esta é a abertura de temporada mais fraca do seriado. Não significa que é um grande defeito, pois isso dá margem para que a qualidade dos demais episódios seja crescente.  As temporadas anteriores, por terem começado num patamar elevadíssimo, acabaram por não conseguir mantê-lo por dez episódios, apresentando grandes osciliações de qualidade ao longo dos episódios. Esperamos que a terceira alcance esse patamar de qualidade ao longo das semanas e o mantenha por mais tempo. Há potencial e os atores certos para isso.

Avaliação

Citações

“I’m not a man who needs a legacy. I want a new adventure.”
(Não sou um homem que precisa de um legado. Eu quero uma nova aventura.)
Picard

“And Jean-Luc, no Starfleet. Trust no one.”
(E, Jean-Luc, nada de Frota Estelar. Não confie em ninguém.)
Beverly Crusher

“Hansen, your loyalty lies with this ship… not to old friends, former ex-Borg…”
(Hansen, a sua lealdade é a essa nave… não a velhos amigos, antigos ex-borgs.)
Liam Shaw para Sete de Nove

“My career… When I was a ranger, things were much… simpler. Trust my instincts. Bring justice to an unjust universe. But then you… you and Janeway convinced me to join Starfleet. I thought this could be the right path for me. I thought… I thought I could… one day inspire people to follow me, even if it’s dangerous. The way that you do.”
(Minha carreira… Quando eu era uma patrulheira, as coisas eram muito mais… simples. Confiava nos meus instintos. Trazia justiça a um universo injusto… Mas aí você… você e a Janeway me convenceram a entrar na Frota. Achei que poderia ser o caminho certo para mim. Achei… achei que poderia… um dia inspirar as pessoas a me seguirem, mesmo quando fosse perigoso. Do jeito que você faz.)
Sete de Nove para Picard

“I should’ve realized that Beverly would never call out halfway across the galaxy in order to save only herself.”
“Then who’s this?”
“Her son.”
(Eu devia ter percebido que a Beverly nunca teria ligado para o outro lado da galáxia apenas para salvar a si mesma.)
(Então, quem é ele?)
(O filho dela.)
Picard, Riker e Jack Crusher

Trivia

  • Pela primeira vez, Star Trek: Picard apresenta a introdução do Star Trek Universe, usando a USS Titan como a nave em destaque.
  • O título deste episódio, “The Next Generation”, marca a primeira vez que um título de episódio é compartilhado com o título de uma série anterior, Star Trek: The Next Generation. Anteriormente, o episódio “Lower Decks”, de A Nova Geração, foi uma inspiração para o título de Star Trek: Lower Decks, assim como “Strange New Worlds” foi para a série de mesmo nome.
  • O tema do título principal e dos créditos finais de Jornada nas Estrelas: Primeiro Contato, escrito por Jerry Goldsmith, é usado tanto nos créditos iniciais como finais deste episódio.
  • showrunner Terry Matalas informou que este primeiro episódio ocorre em 2401, 250 anos após o lançamento da Enterprise NX-01.
  • Este é o primeiro espisódio de Picard a apresentar um letreiro de título. A sequência de créditos principal foi substituída por um letreiro com o título do episódio, e os créditos principais foram movidos para o final do segmento.
  • “No século 25…”, o letreiro de abertura visto neste episódio remete diretamente ao letreiro “No século 23…”, que abre o filme Jornada nas Estrelas II: A Ira de Khan.
  • O cartaz do Dia da Fronteira atrás de Riker tem a NX-01 de Enterprise, a Enterprise da Série Clássica, a Enterprise-B e a Voyager-D.
  • A dedicatória “For Annie” ao final deste episódio se refere a Annie Wersching, que interpretou a Rainha Borg na segunda temporada de Picard e morreu em 29 de janeiro de 2023.
  • Esta temporada tem um novo compositor, Steve Barton.
  • O compositor das temporadas 1 e 2, Jerry Russo, é creditado com os arranjos da música do letreiro de título e como produtor supervisor.
  • O toque de apito de contramestre quando a “inspeção” começa é uma referência a Jornada nas Estrelas II: A Ira de Khan Jornada nas Estrelas VI: A Terra Desconhecida, e também foi usado em muitos episódios de todos os seriados de Star Trek.
  • O episódio apresenta muitas músicas identificáveis.
    • Abre com a música I Don’t Want to Set the World on Fire, de 1941, dos Ink Spots, que é apresentada fortemente na série Fallout de videogames.
    • A música que Picard estava tocando em seu gramofone era I Can’t Stop Crying, uma canção de 2015 de Will Grove-White feita no estilo dos anos 1920.
    • No bar da Guinan estava tocando Guilty as Charged, uma canção blues de 2012 de Whitney Shay.
    • Shaw estava ouvindo Nocturne in E-flat major, Op. 9, No.2 de Chopin. Sete tocou um noturno de Chopin no episódio “Human Error” de Voyager, e acordou com um diferente no episódio “Penance”, da 2ª temporada de Picard.
  • A nave de Beverly Crusher é a SS Eleos XII (NAR-221006). Eleos era um deus que representava a misericórdia e a compaixão na mitologia grega.
  • Embora a Eleos use interfaces LCARS padrão da Frota Estelar, é uma nave privada, embora o showrunner Terry Matalas tenha dito que anteriormente foi uma nave da Frota Estelar.
  • O rifle feiser que a Dra. Crusher está empunhando é o mesmo tipo de rifle feiser que ela usou no mundo natal Ba’ku em Jornada nas Estrelas: Insurreição.
  • A criptografia do codec Myriad foi listada como 1701-D VER 2.4, indicando que era da USS Enterprise-D.
  • A jovem garota a que Raffi estava assistindo em uma gravação é, presumivelmente, sua neta, não vista anteriormente.
  • A data de nascimento de Raffi Musiker, vista em seu arquivo, é 9 de abril de 2353. Esse é o mesmo ano em que Jack Crusher morreu, Will Riker e Geordi La Forge entraram na Academia da Frota Estelar e Nog nasceu em Ferenginar.
  • De acordo com seu registro da Frota Estelar, Raffi recebeu a medalha de honra da Frota Estelar em 2399, depois que suas outrora desacreditadas “teorias da conspiração” sobre um envolvimento romulano na destruição de Marte foram comprovadas no final da primeira temporada.
  • A missão de Raffi se chama “Operação Daybreak“, com número de operação 8820-1701-NS AJ, que poderia ser uma pista que está relacionada a uma Enterprise, ou apenas um easter egg.
  • De acordo com Laris, os romulanos não fazem “limpeza anual”.
  • De acordo com Picard, Geordi La Forge está dirigindo o Museu da Frota Estelar.
  • Picard foi visto usando óculos de leitura, embora não fique claro se seu corpo androide é alérgico a retinax, como o de James T. Kirk.
  • M’Talas Prime (ou Matalas Prime) foi citado pela primeira vez no episódio “Dawn”, de Enterprise, no qual Trip menciona ver as luas aneladas do planeta. Ele foi nomeado em homenagem a Terry Matalas quando ele era assistente de produção de Brannon Braga. Terry tuitou recentemente que os escritores nomearam “um dos lugares mais horríveis da galáxia em minha homenagem”.
  • O Instituto Daystrom (mencionado pela primeira vez na Série Clássica) desempenhou um papel na primeira temporada de Picard como o local onde B-4 foi armezenado e onde a dra. Jurati trabalhou. No entanto, Raffi destaca que o roubo que investiga ocorreu em uma “estação fora do local”.
  • A escavação de túneis quânticos é um aspecto científico verdadeiro da mecânica quântica (Física) que já tem aplicações práticas.
  • A Deep Space 4, que foi aparentemente encerrada no início do século 25, já foi mencionada anteriormente, no episódio “The Chase”, de A Nova Geração, e “The Gift”, de Voyager.
    • Os registros de computador da estação Deep Space 4 continham informações sobre a família Hansen. A capitão Janeway, da USS Voyager, enquanto procurava informações sobre Sete de Nove, só conseguiu encontrar o que precisava no banco de dados da Frota Estelar da Deep Space 4.
  • É feita a primeira menção à estação Deep Space 11.
  • A Titan foi descrita como um reequipamento, mas tinha um novo registro, NCC 80102-A. Também foi descrita como sendo de uma nova classe, a Neo-Constitution. No entanto, Shaw observa que teve que “purgar” o jazz de Riker do computador, indicando que ela era baseada na USS Titan original.
  • Riker também disse que a Titan tinha um “cheiro de nave nova”. Todas essas aparentes contradições são explicadas no diário oficial da USS Titan.
    • NCC-80102-A. Classe Constitution III, referida na gíria da Frota Estelar como classe Neo-Constitution. Essa nova Titan é principalmente uma nave exploratória, honrando o desenho retrô da classe Constitution II, lançada em 2402 sob o comando do capitão Liam Shaw. No entanto, com o desenvolvimento de tecnologia de ponta, o projeto da Titan mudou em meados da construção, e uma nova nave tomou forma. Como por tradição, os engenheiros da Frota Estelar a designaram carinhosamente como um reequipamento, tendo mantido grande parte dos componentes internos da Titan original.
  • A velocidade máxima de dobra da Titan é de 9,99, o que a torna a nave mais rápida conhecida da Frota Estelar.
  • A Titan também tem escudos metafásicos, já citados no episódio “Suspicions”, de A Nova Geração.
  • Por alguma razão, Beverly Crusher está ouvindo os registros oficiais do capitão Picard gravados durante o episódio “The Best of Both Worlds”, de A Nova Geração, em um monitor da Frota Estelar dos anos 2360, provavelmente, como Riker explica mais tarde, por causa do vírus hellbird, que afetou a Enterprise-D naquela época. Simultaneamente, a tela de seu computador exibe diários de “Unification I”“Encounter at Farpoint”.
  • A pintura da Enterprise-D que Laris e Picard admiram é a mesma pintura vista pendurada no gabinete de Picard em A Nova Geração.
  • Para decodificar a mensagem de Beverly, Picard usa a mesma autorização de código de comando que usou em Jornada nas Estrelas: Primeiro Contato, Picard-4-7-Alfa-Tango.
  • Riker e Picard mencionam uma aventura fora da tela que tiveram nos “velhos tempos” em Rigel 7, que é o mesmo planeta apresentado no episódio “The Cage”, da Série Clássica.
  • No episódio final de A Nova Geração, “All Good Things“, Picard perguntou a Geordi sobre sua filha, Sidney.
  • Raffi pede ao computador para exibir “todos os grandes eventos que acontecerão nos próximos meses”, e o computador exibe vários eventos.
    • O Festival da Gratidão, o feriado anual bajoriano mencionado em vários episódios de Deep Space Nine.
    • O Empire Union Day, um feriado klingon mencionado na fita de áudio Power Klingon, uma produção de áudio de 1993 que ajuda o ouvinte a falar klingon.
    • A próxima desativação da Enterprise-F.
    • A estátua de Rachel Garrett.
    • A arte conceitual para a USS Stargazer de John Eaves.
    • Uma imagem do desenho de Star Trek Online da USS Pathfinder aparentemente tem um rótulo que parece ler Voyager-B.
  • Também é vista na tela, quando Raffi puxa imagens do Frontier Day, uma nave da Frota Estelar da classe Sagan, introduzida na segunda temporada de Picard, e uma nave da Frota Estelar da classe Yorktown, introduzida no jogo Star Trek Online. Baseado em trailers desta temporada, a nave da classe Yorktown pode muito bem ser a Enterprise-F.
  • Após várias classes de naves do jogo Star Trek Online terem aparecido anteriormente em dois episódios da segunda temporada (“The Star Gazer” e “Farewell“), três tipos adicionais de naves do jogo aparecem em tela neste episódio: as classes Odyssey e Pathfinder são representadas pela USS Enterprise-F e pela USS Voyager-B, respectivamente. Além disso, os créditos finais mostram um esquema da USS Pioneer no Museu da Frota, representando a classe homônima, que é o tipo inicial de nave da facção de 2260 da Frota Estelar no jogo.
  • A Dama Vermelha (Red Lady) em questão revela-se ser uma estátua de Rachel Garrett, a capitão da malfadada Enterprise-C, interpretada por Tricia O’Neil no episódio “Yesterday’s Enterprise“, de A Nova Geração.
  • A apresentação de Sidney La Forge a Picard ecoa a de Kirk à jovem Demora Sulu, em Jornada nas Estrelas: Generations.
  • O mestre de observação de Star Trek, Jörg Hillebrand, é creditado como “consultor de pesquisa” neste episódio, indicando seu amor pelos melhores detalhes da franquia, o que causou um impacto direto na produção.
  • Enquanto a câmera percorre a nave de Beverly, a SS Eleos XII, vemos alguns de seus pertences pessoais, vistos em A Nova Geração.
    • Um fio de pérolas da aventura do holodeck em “The Big Goodbye”.
    • Um par de máscaras teatrais, representando sua experiência como diretora na Enterprise-D nos episódios “The Nth Degree”, “Frame of Mind” e outros. Máscaras similares foram vistas em seu quarto no episódio “Sub Rosa”, de A Nova Geração.
    • Um hipospray de amostra de sangue da era 2370, visto no episódio “Paradise Lost”, de Deep Space Nine, e em outros.
    • O antigo contêiner de armazenamento pertencente a seu falecido marido, Jack R. Crusher, interpretado por Doug Wert em “Family”.
    • O prêmio “Honorary Citizen of Cor Caroli V” , um retorno ao episódio “Allegiance”, no qual a equipe médica da Beverly erradicou a praga phyrox.
    • Várias orquídeas vistas em seus aposentos da Enterprise-D, no episódio “Cause and Effect”.
    • Seu prêmio Carrington, uma das maiores honrarias concedidas pela Federação aos profissionais médicos. O prêmio foi introduzida pela primeira vez em “Prophet Motive”, de Deep Space Nine.
  • A atriz Amy Earhart, esposa do showrunner Terry Matalas, faz a voz do computador da Eleos.
  • Quando Picard está no chateau embalando as coisas, vemos vários artefatos pessoais vistos nas duas temporadas anteriores.
    • A flauta ressikana, de “The Inner Light” (TNG).
    • O kurlan naiskos, de “The Chase” (TNG).
    • Uma Enterprise-D dourada.
    • A pintura da Enterprise-D que ficava em seu gabinete a bordo daquela nave.
    • Um troféu bajoriano, desenho de John Eaves, que foi originalmente criado para o Quantum Archive de Picard, no episódio “Remembrance”, da 1ª temporada de Picard.
  • O bar da Guinan está vendendo mercadorias da Frota Estelar, modelos de naves estelares produzidos no século 21 pela agora extinta Eaglemoss, com um estoque excedente de Enteprise-D, porque “ninguém quer as gordas”.
  • De acordo com o perfil do Instagram @StarTrekLogs, o Frontier Day apresentará o descomissionamento da Enterprise-F, vista anteriormente apenas no jogo Star Trek Online.
  • A Titan-A foi projetada pelo fabricante de modelos Bill Krause.
  • Como a Stargazer da temporada passada, a breve vista do hangar da Titan é um fundo digital reutilizado, originalmente construído para representar o compartimento de carga da USS Discovery.
  • A proteína no prato do capitão Shaw é de uma cor azul esverdeada brilhante, provavelmente um aceno para a comida de cor semelhante na cena do jantar klingon de Jornada nas Estrelas VI: A Terra Desconhecida.
  • A cena “totalmente humilhante” com Picard e Riker compartilhando um beliche na Titan-A, cortesia do capitão Shaw, lembra os aposentos espartanos dados ao capitão e Data a bordo de uma ave de rapina klingon em “Unification”. Lembra também os beliches vistos em Lower Decks.
  • Raffi envia sua mensagem à Inteligência da Frota Estelar e pede mais dinheiro usando um comunicador da época de Strange New Worlds.
  • O arquivo médico da Frota Estelar da dra. Crusher é completo. Ele menciona suas lesões sofridas em Celtris III, em “Chain of Command“, e em “Genesis“. Até mesmo o diagnóstico da enfermeira Ogawa está incluído.
  • Na SS Eleos, sendo uma nave mais antiga da Frota Estelar, a tela de visualização principal é claramente baseada na tela principal da USS Raven e também uma reutilização, vista em “The Raven” e “Dark Frontier“.
  • Prestando muita atenção quando Laris e Picard falam sobre velhos e novos amigos e a vida no presente, pode-se ouvir brevemente o tema de Jornada nas Estrelas: Insurreição.
  • Os controles do holodeck vistos nos créditos finais são muito semelhantes, incluindo os números, à exibição dos LCARS vistos fora do holodeck da Enterprise-D em episódios como “Manhunt” e “The Outrageous Okona“, de A Nova Geração.
  • A USS Cunningham recebeu o nome do astronauta e físico americano Walter Cunningham, falecido em 3 de janeiro de 2023.
  • O computador do chateau Picard menciona a data em que Jean-Luc Picard assumiu o comando da Enterprise, data estelar 41153.7, que coincide com a abertura do primeiro episódio de A Nova Geração, “Encounter at Farpoint“.
  • O planeta para o qual Laris e Picard vão mudar-se, Chaltok IV, foi citado no episódio “Time and Again“, de Voyager, como uma colônia de pesquisa romulana.
  • A voz que ouvimos quando Riker e Picard chegam à USS Titan é a de Terry Matalas, showrunner do seriado.
  • Na cena do bar em M’talas Prime, duas pessoas estão usando o dispositivo ocular do episódio “The Game“, de A Nova Geração.
  • No exterior da doca espacial as seguintes naves são vistas:
    • USS Cunningham, NCC 97949, da classe Gagarin;
    • USS Varian Fry, NCC 87883, da classe Inquiry;
    • USS Musashi, NCC 74660, da classe Sovereign;
    • USS Azetbur, NCC 90232, da classe Reliant;
    • USS Shras, NCC9021, da classe Reliant;
    • USS Shallash, NCC90235, da classe Reliant;
    • USS Hypatia, NCC 91825, da classe Sutherland.
  • Uma vez dentro da doca espacial, vemos:
    • USS Resnik, da classe Gagarin,
    • USS Thy’lek Shran, da classe Reliant
    • USS Chandrasekhar, da classe Sutherland
  • Uma das alienígenas que aparece na ponte da Titan é de uma raça chamada nonnikcam, nomeada pelo maquiador James MacKinnon, que a criou.
  • Uma imagem do Instituto Daystrom em Okinawa é vista quando Raffi verifica os principais eventos futuros. Essa imagem também foi vista como uma projeção quando Picard visitou o instituto no episódio “Remembrance“, da primeira temporada da série, para falar com Agnes Jurati.
  • A edição de Picard do Globe Illustrated Shakespeare é vista aberta nas páginas 1058 e 1059 (Henrique VI, parte I, ato III, cena II) em sua biblioteca. Essas páginas não foram vistas antes em A Nova Geração.
  • A página dupla de Annotated Shakespeare vol. I de Picard, vista em sua biblioteca quando ele recebe a chamada de emergência de Beverly Crusher, é a mesma vista em “Face of the Enemy“, a última vez que o livro apareceu em A Nova Geração.
  • Uma das especialidades do menu do restaurante em M’talas Prime é zilm’kach, uma iguaria klingon encomendada pelo dr. Bashir no restaurante klingon no episódio “Melora“, de Deep Space Nine.

Ficha Técnica

Escrito por Terry Matalas
Dirigido por Doug Aarniokoski

Exibido em 16 de fevereiro de 2023

Título em português: “A Nova Geração”

Elenco

Patrick Stewart como Jean-Luc Picard
Jeri Ryan como Sete de Nove
Michelle Hurd como Raffaela Musiker
Ed Speleers como Jack Crusher

Elenco convidado

Jonathan Frakes como William T. Riker
Gates McFadden como Beverly Crusher
Orla Brady como Laris
Todd Stashwick como Liam Shaw
Ashlei Sharpe Chestnut como Sidney La Forge
Anthony Azizi como traficante de drogas orion
Stephanie Czajkowski como tenente T’Veen
Joseph Lee como Mura
Chad Lindberg como imediato Foster
Jin Maley como alferes Esmar
Jani Wang como barman
Christian Crandall como homem de cabelo escuro
Amy Earhart como computador da Eleos
Grace Lee como computador do chateau Picard e de La Serena
Ric Sarabia como patrono humano

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Trivia de Maria Lucia Racz
Revisão de Susana Alexandria

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