Wheaton contesta “reinvenção” de Jornada

wil-wheaton-1.jpgO ator Wil Wheaton, que fez o jovem Wesley Crusher na série A Nova Geração, escreveu em seu blog alguns comentários a respeito da definição dada por J. J. Abrams sobre seu projeto para Jornada. O ator põe em dúvida a expressão “reinvenção” como sendo a única saída para a franquia, dizendo o que espera dessa nova produção.

Com o título de “Reiventando? Eu não sei como me sinto sobre isso”, o ator fala em seu blog a respeito de uma entrevista do próprio J. J. Abrams ao site scifi Wired onde comenta sobre reviver Jornada nas Estrelas. “Se ele (Abrams) está apenas dizendo sobre trazer os modernos efeitos especiais para Jornada, os quais farão o filme ficar mais excitante de assistir, já é uma grande notícia. Contudo, se essa “reinvenção” se estender a alguns dos mitos fundamentais da franquia e se ele quiser que Jornada seja mais parecida com Guerra nas Estrelas, então poderá estar causando uma das maiores revoltas de fãs da História”, escreveu o indignado ator.

Wheaton também falou de sua reação inicial quando o assunto “reboot de Jornada vem à tona. “Falando como um fã de longa data, minha reação imediata quando ouço alguém falar sobre “reinventar” alguma coisa como Jornada é que haverá uma torre de sucção construída para o suprimento interminável dos Jars-Jars e dos midichlorians”, escreveu o ator usando metáforas. Observando que Jar Jar e midichlorian são elementos do universo de Guerra nas Estrelas.

No entanto, o ator pondera que reinventar uma franquia talvez não seja tão horrível assim, se for bem feito como ocorreu com a série Battlestar Galactica de Ron D. Moore. “Moore reinventou Battlestar Galactica, e isso foi uma das melhores coisas que já ocorreu, então reinventar coisas não é automaticamente horrível. Eu suponho que seja importante para quem está fazendo a reinvenção e se a visão deles se construir sob uma fundação já existente é um caminho interessante, ao invés de atrair uma maciça e insultante continuidade retroativa para todos nós. A seu favor, J. J. Abrams é realmente bom em começar as coisas (nem tanto para manter a audiência presa na segunda temporada). Desde que seja o começo de Jornada, eu estou esperançoso. Apreensivo, mas esperançoso”, disse Wheaton.

Continuando o ator a opiniar sobre a nova postura da franquia por Abrams. “Não estou inteiramente certo de como eu me sinto sobre reinventar. Pelo menos as pessoas que ferraram totalmente com Jornada não estão mais envolvidas. Por que alguém necessita reinventar Jornada? Há uma boa razão para ela ter durado quatro décadas, várias gerações de trekkers e telespectadores casuais. Espero que Abrams entenda profundamente disso, porque eu realmente quero gostar desse filme”.

Mais adiante em seu blog, Wheaton comenta sobre a última entrevista de Abrams ao site The Huffington Post, na qual o diretor e produtor falou da oportunidade de levar a franquia não necessariamente para os fãs e sim para aqueles que gostam de ver um bom filme. “Fazer isso para os fãs de filmes ao invés de exclusivamente para os trekkers, eu posso concordar completamente e mostra que ele entende o desafio que acarreta fazer um filme como esse. Isso é realmente uma boa notícia. Desde que ele não transforme Jornada numa espécie de “O Ataque da Estátua de Quatro Dedos” ou algo parecido”, comentou. Vale observar mais uma vez que a última frase refere-se a uma cena da série “Lost” (2ª temporada) em que os personagens vêem um estátua em forma de pé gigante com quatro dedos.

“Eu posso estar cometendo uma heresia agora em dizer o que poucas pessoas querem dizer em bom som: que os filmes de Jornada são um lixo”, continuou Wheaton. “Houve dez filmes e eu diria que dois deles são acessíveis a grande audiência, dois outros são bons e os seis restantes são quase inassistíveis. Se Abrams quer fazer seu novo filme diferente dos 80% que não foram bons, isso é legal para mim. Não que minha opinião signifique alguma coisa, mas errar ou não em escrever sobre coisas como essas é o preço de ser um fã e não me arrependo”, finalizou.

Fonte: TrekMovie

Edição: Nívea Doria