A série Star Trek: Strange New Worlds já recebeu sinal verde para sua quinta temporada, encerrando a saga do capitão Pike e tripulação. A série terá a estreia da terceira temporada mês que vem, e já está em produção da quarta.
Durante a première da terceira temporada no Festival de Cinema de Tribeca, em Nova York, os produtores executivos Akiva Goldsman e Henry Alonso Myers compartilharam detalhes sobre como pretendem concluir a série, o que o futuro reserva para o universo Star Trek e sua provável continuidade para uma nova Série Clássica. O elenco da série também compareceu a exibição especial em Tribeca e teceu comentários sobre seus personagens para esta e as próximas temporadas.
Henry Alonso Myers destacou a abordagem adotada pela equipe desde o início: tratar cada temporada como potencialmente a última.
Uma das coisas que você aprende como roteirista de TV é que todas as séries terminam; é só uma questão de quando. Então, o objetivo é começar cada dia tentando fazer o melhor que puder e torná-lo o melhor possível. Não pense: ‘Ah, talvez eu tenha outra temporada amanhã’. Tratamos cada temporada dessa forma.
Ele celebrou o marco de cinco temporadas, superando as três da icônica Série Original, e prometeu um desfecho que, embora marque o fim da série, não será um adeus definitivo.
É uma bênção poder fazer cinco temporadas. A série original conseguiu fazer três, e esta é mais do que isso, o que é incrível. E não é exatamente um final, mas o final da série tão bom quanto possível — tão bom quanto gostaríamos como fãs do gênero, como fãs de Star Trek. Queremos fazer uma série que gostemos.
Akiva Goldsman complementou, revelando que o projeto sempre esteve alinhado com a essência da Série Clássica.
Fizemos uma promessa a nós mesmos de que a série evoluiria em direção a original. Então, pensamos: ‘Bem, uma missão de cinco anos, certo, podemos fazer cinco anos?’ E estamos quase conseguindo — na verdade, quatro e um pouco mais da metade [a quinta temporada terá seis episódios]. Precisávamos contar essa história. Porque, agora, os personagens estão em um estágio intermediário de desenvolvimento. Como eles se tornam quem são? O que acontece com alguns deles? Essas eram perguntas que sabíamos que precisávamos responder e prometemos responder. Esse é o nosso plano de cinco anos.
Além de planejar um encerramento memorável, os produtores abriram espaço para especulações sobre o futuro, sugerindo que novos projetos podem expandir o legado de Star Trek. Com a mistura de reverência à tradição e ousadia narrativa, Strange New Worlds se prepara para sua despedida, enquanto a franquia mantém o horizonte repleto de possibilidades. No meio às discussões sobre o desfecho de Strange New Worlds, o produtor executivo Akiva Goldsman deixou no ar a possibilidade de um novo capítulo para os personagens da série, mesmo após o fim da quinta temporada. Durante painel no Festival de Cinema de Tribeca, ele sugeriu, com tom enigmático, que as histórias não terminarão com o encerramento da produção.
Estamos nos aproximando da Série Clássica, mas eles não estão morrendo. E nós temos aqueles cenários…
O elenco de Strange New Worlds já reúne figuras icônicas da Série Clássica, como Kirk (Paul Wesley), Spock (Ethan Peck ), Uhura (Celia Rose Gooding), Scotty (Martin Quinn), Chapel (Jess Bush). Personagens como Dr. McCoy, Sulu ou Chekov poderiam muito bem surgir durante as três temporadas restantes.
Elenco fala sobre seus personagens
Anson Mount, Ethan Peck, Celia Rose Gooding, Babs Olusanmokun e Carol Kane estiveram ao lado dos showrunners Akiva Goldsman e Henry Alonso Myers participando de um painel no Festival e compartilharam opiniões sobre o que os fãs podem esperar da terceira temporada.
Anson Mount, que interpreta o Capitão Christopher Pike, revelou que a nova temporada aprofundará a relação de seu personagem com a Capitã Batel, interpretada por Melanie Scrofano.
Pike está aprendendo que a jornada em si é o destino.
Disse Mount, destacando os dilemas do capitão ao se conectar emocionalmente com alguém, sabendo que seu tempo como líder ativo na Frota Estelar é limitado.
Isso levanta questionamentos profundos: como confiar em outra pessoa ou viver uma conexão sabendo que o fim está próximo? Estou animado para o público ver como exploramos isso.
Akiva Goldsman complementou, enfatizando o altruísmo de Pike.
Ele sabe quando sua carreira como capitão terminará, mas sua tripulação é mais importante que ele próprio. Pike é um líder com pouco ego, que trata sua equipe como uma família. Para ele, perder qualquer um deles seria mais doloroso que sua própria finitude. Isso cria uma narrativa poderosa, com Anson brilhando ao equilibrar conexão e a possibilidade de perda.
Mount também destacou o estilo de liderança de Pike, forjado desde as conversas iniciais para a criação da série.
Quando alguém entra no escritório de Pike, tudo para. Ele guarda o que está fazendo e foca na pessoa à sua frente, porque sabe que sua maior força é a equipe. Ele lidera valorizando as melhores ideias, como vimos na estreia da terceira temporada.
Ethan Peck, que dá vida a Spock, discutiu os desafios de explorar o lado emocional do personagem, um vulcano em constante conflito com sua humanidade.
Retratar as emoções do Spock é uma fonte constante de ansiedade. Acho que os roteiristas fazem um ótimo trabalho ao me colocar em situações realmente desconfortáveis. Ao mesmo tempo, eu me identifico com o que estão fazendo com o Spock nessas situações na Enterprise, então há muito de arte imitando a vida… Acho que eles meio que descobriram nossas aptidões nesses papéis e nesses personagens, e escrevem mais direcionado a isso. E penso que todos nós crescemos como pessoas, atores e como personagens. Então, isso realmente começa a ficar um pouco confuso. Hoje [gravando a temporada 4], algumas vezes, depois de fazermos uma tomada, me peguei dizendo: ‘Isso foi Spock o suficiente, ou foi Ethan?’ Às vezes, não consigo acompanhar, o que é uma sensação realmente interessante. Mas sim, eu mudo como pessoa conforme o programa avança e eles me conhecem melhor. Adoro que eles tenham feito dele um Spock meio engraçado — de certa forma.
Peck também abordou a relação de Spock com Christine Chapel, que desempenha um papel crucial em sua jornada emocional.
Chapel é uma das grandes mestras de Spock sobre o que significa ser humano. Essa relação é essencial para levá-lo ao Spock que conhecemos na Série Clássica, mais lógico, quase como um computador. Estamos explorando sua humanidade antes dessa transição.
A atriz Celia Rose Gooding, que dá vida à icônica Uhura, revelou detalhes sobre a evolução de sua personagem na aguardada terceira temporada. Em entrevista, a atriz destacou que Uhura está enfrentando um período de turbulência emocional, marcado pela juventude e pela busca por identidade. Aos 20 e poucos anos, a personagem lida com incertezas sobre seu papel no mundo e na Frota Estelar, especialmente após enfrentar perdas significativas. Gooding explicou que essa jornada reflete uma tentativa de Uhura de encontrar propósito, contribuindo para a tripulação como uma forma de escapar de suas lutas internas. Com o avanço das temporadas, a personagem vai gradualmente descobrindo seu lugar ao lado de uma equipe excepcional, consolidando sua presença na narrativa, disse a atriz.
Um marco nessa evolução foi o episódio musical da segunda temporada, “Subspace Rhapsody”, que Gooding considera um ponto de virada.
Acho que no episódio musical ela estabelece e percebe que tem tudo o que precisa e que não precisa se superar ou se apresentar como uma versão de si mesma que não seja autêntica a quem ela é. Ela finalmente consegue soltar os cabelos. Porque o cabelo dela não cai de verdade, ele simplesmente se expande. Ela está apenas continuando a crescer para dentro de si mesma. Sinto que a jornada que Akiva, Henry e eu estamos trilhando com essa personagem continua a revelar partes dela que lembram a versão de si mesma na qual ela está se desenvolvendo. A Uhura da Nichelle Nichols era uma campeã tão brincalhona, sedutora, curiosa e vibrante. Ela tinha uma luz tão especial que Strange New Worlds ainda busca alcançar, crescer em direção a isso e aspirar. E assim, ela vai continuar a mostrar lados de si mesma que, para os fãs da Série Clássica presentes, dirão: ‘Ah, é daí que vem isso, é aí que começa’. E estamos continuando a expandi-la. Ela vai ocupar mais espaço. Ela vai se firmar com mais força. Adoro interpretar uma versão mais confiante dela. É uma refeição completa. Estou realmente animada para que o público veja.
O ator Babs Olusanmokun, que interpreta o personagem Dr. M’Benga, compartilhou insights sobre como essa dualidade entre guerreiro (durante a Guerra Klingon) e curandeiro moldou sua atuação.
A primeira vez que conversei com Akiva depois de conseguir o emprego, ele me disse: ‘Ele era um homem de guerra e agora é um curandeiro’. Então, fiquei muito honrado em carregar esse peso e dar vida a isso, traçando um caminho. Eu realmente não queria saber mais do que isso. E eles, com muita gentileza, começaram a me oferecer pedaços da história que eu tentei abraçar com todas as minhas forças. Tem sido maravilhoso. Tem sido incrível ter a luz e a escuridão, ter a luz de volta e tentar me agarrar a ela.
A segunda temporada marcou a estreia da premiada atriz Carol Kane como a engenheira Pelia, trazendo uma nova dinâmica ao elenco. Kane, que admitiu desconhecer a franquia inicialmente, destacou como essa inexperiência acabou se alinhando perfeitamente com sua personagem.
Bem, tenho vergonha de admitir que não conhecia Star Trek… Fui honesta e imediatamente disse a eles que realmente não conhecia Star Trek. E, em vez de me demitirem, disseram: ‘Isso vai combinar perfeitamente com a personagem’. Então, ganhei esse grande presente. Devo dizer que também estou muito impressionada com este elenco e com este roteiro. Estou simplesmente maravilhada. Acabei de assistir à estreia da 3ª temporada e estou muito comovida com o trabalho que estou vendo. E estou honrada por ser incluída, e essa é a verdade.
Isso ainda está para ser visto.
A terceira temporada de Strange New Worlds estreia no Paramount+ em 17 de julho. As duas primeiras temporadas estão disponíveis no streaming.
Fonte: TrekMovie
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