LDS 3×08: Crisis Point II: Paradoxus

“Vale a Pena”, “Tema Atual” (estamos falando sério)

Sinopse

Data estelar: desconhecida

Encontramos a Cerritos sendo fortemente martelada por ataque romulano, enquanto Shaxs, Ransom e Kayshon vão tentar interceptar um time de assalto romulano que aborda a nave. Contudo, os federados não conseguem chegar a tempo até o laboratório da Cerritos, que era o alvo dos romulanos, com eles tendo vaporizado um dos cientistas do local e fugido com um cristal em um recipiente de proteção. Os romulanos entregam o butim para o comando da ave de rapina de onde vieram — um grupo de trigêmeas romulanas com generosos decotes em seus uniformes, as Irmãs Melponar — as quais ordenam que o ataque a Cerritos seja intensificado para destruir a nave e não deixar testemunhas.

No que Freeman já considerava ordenar a tripulação para os pods de escape, uma unidade da classe Sovereign sai de dobra, a USS Wayfarer, que dá cobertura para a Cerritos e imediatamente engaja a ave de rapina. Uma das romulanas quer responder ao ataque, mas as outras decidem pela retirada uma vez que o objetivo delas ali foi alcançado.

O Capitão Bucephalus Dagger decide por não pressionar a perseguição, preferindo dar suporte para a danificada Cerritos. Freeman informa a ele que elas obtiveram o Chronogami, um dispositivo temporal da Frota, mas no que Freeman elaborava a respeito, uma mensagem pelo intercom força o intérprete do Capitão Dagger — Brad Boimler — pedir ao computador pausar o holodeck. Aprendemos então que os eventos ali eram o teaser de um holofilme, a continuação do improvisado Crisis Point que Mariner escrevera no ano anterior. Ela protesta por então perceber que se trata de uma aparente continuação não autorizada do que intitula Vindictaverso, mas Boimler a lembra que o filme original foi desenvolvido em cima de cenário holográfico dele, então está em seu direito.

Enquanto Boimler vai até o escritório de Ransom, os demais ficam no holodeck para acompanharem os créditos iniciais do filme, intitulado CRISIS POINT II: PARADOXUS, com Tendi repassando os personagens deles: a oriana como a oficial de ciências Meena Vesper, Rutherford como engenheiro-chefe Sylvo Toussant, e Mariner como primeiro-oficial Rebecca Doodle. No que Boimler retorna, os créditos estão quase finalizados, mas a sua atitude está bem mais desanimada, embora os demais ali não percebem logo de cara: Tendi e Rutherford estão bem excitados com o holofilme enquanto Mariner está com uma atitude mais enjuriada e blasé.

A narrativa é retomada com a tripulação da Wayfarer e Cerritos visitando uma estação de pesquisa federada em uma das luas de Júpiter, Europa. No local, a Dra. Helena Gibson (uma bonitona caidinha por Dagger) explica os parâmetros do projeto Chronogami. Gibson fornece a eles um dispositivo de rastreamento do dispositivo, para iniciarem a caçada aos Romulanos. Dagger ordena irem ao sistema onde o rastreador indica presença do dispositivo, fazendo isso de maneira seca e ignorando os elementos românticos com Gibson, o que confunde Mariner, que considera que a atuação de Boimler no papel mudou drasticamente para algo mais sombrio.

A Wayfarer e Cerritos chegam a Tatasciore IX, com a equipe de Dagger se misturando aos locais para procurarem os romulanos. Contudo, Boimler se distrai pela presença de uma espécie de profeta que Mariner alega ser apenas um personagem de fundo sem função para a trama. Boimler acredita que o holodeck está criando uma subtrama para ele seguir, no que Vesper (Tendi) detecta os romulanos, e nisto a equipe da Cerritos, Vesper e Toussant (Rutherford) saem em perseguição a eles com motocas gravitacionais. Dagger insiste em procurar o tal Kit-ty-ha citado pelo monge, passando comando operacional da missão para Vesper, e ele e uma relutante Doodle (Mariner) iniciam a busca pelo Kit-ty-ha.

A perseguição atravessa o deserto de Tatasciore IX até o ponto onde os romulanos ativam o Chronogami, atravessando o portal temporal aberto, o qual os federados seguem atrás. O grupo se encontra em uma instalação federada em 2341, infestada por algas devido a uma crise com essa forma de vida na época, e eles se encontram bem no local onde um embaixador federado de uma espécie de polvos se comunicou com as algas, acabando com a notória crise famosa em livros de história. Vesper ressalta a importância do momento e como não podem deixar os romulanos o impedirem, mas Tendi acaba saindo do personagem devido as inúmeras vezes que Rutherford não se mostra engajado com a narrativa, estando ali comendo um lanche, o que contrasta a atitude séria pela qual ela encara a narrativa contra a relaxada e divertida que Rutherford utiliza.

Enquanto ficam na cena em que o monge revela o mapa para Kit-ty-ha estar tatuado em sua pele, Boimler e Mariner entram em uma DR sobre a criação dos filmes Crisis Point e o Vindictaverso, com Mariner impaciente por eles estarem naquela “side quest” aparentemente improvisada pelo holodeck e Boimler considerando que existe significado maior naquela trama. Mariner fica impaciente e pede para sair do holodeck, tendo que pular por cima da “faixa de widescreen” para passar pelo arco de saída.

Ela se dirige a sala de Ransom, que elogia o progresso da disciplina e eficiência que a alferes vem mostrando. Aproveitando a presença dela, ele comenta que teve que comunicar a Boimler que o clone de teleporte dele, Willian Boimler, morreu em um acidente de gás na Titan, mas Mariner comenta que ele não disse nada para ninguém. Sentindo-se péssima pela notícia e como tratou Boimler mais cedo, ela retorna ao holofilme na trama com Dagger, e o encontra capturado em um transporte de carga. Desanimado, ele conta como a trama que segue descarrilhou, e Mariner comenta que ficou sabendo sobre Will Boimler, e ele desabafa sobre como ter encarado a mortalidade de seu clone o fez pensar sobre sua própria, o que o incentivou a ver significado maior no filme que escreveu, mas Mariner o anima em continuarem aquela trama. Depois de tomarem a ponte do cargueiro, conseguem desvendar o mapa para Kit-ty-ha nas costas do monge, que estava em comando do cargueiro.

Já Tendi continua liderando a trama A do filme, com o grupo saindo de outro túnel temporal, dessa vez em 1982 em São Francisco. Depois de derrotarem alguns punks, eles planejam salvarem um antepassado do Embaixador Koro em um aquário da cidade, seguindo para 2161 na cerimônia de fundação da Federação. Enquanto Toussant desarma uma bomba no local, Vesper mata um dos romulanos que acaba conseguindo eliminar a T’Ana holográfica. Tendi acaba explodindo com Rutherford pela atitude dele ao longo de todo filme, alegando que ele não se importa com ela agindo como capitão, no que ele pergunta se é isso que ela realmente quer para si. Ela confessa que sim, e Rutherford a anima em acreditar nisso, ficando mais engajado com a trama. Nisto, Vesper utiliza o Chronogami para retornarem ao momento em que as irmãs Melponar capturaram o dispositivo da Cerritos, fazendo com que os romulanos capturassem a própria bomba deles pensando ser o dispositivo, o que destrói a ave-de-rapina das irmãs Melponar.

No que é agora a trama B do filme, Dagger e Doodle chegam até as coordenadas onde estaria o Kit-ty-ha, um mostro de pedra que alega ter o conhecimento que buscam. Boimler questiona se a morte de Willian Boimler foi sem sentido, o que faz o personagem só responder frases de efeito inspiradoras. Inconformado, ele procura entrar no interior da montanha, revelando a existência de uma placa dedicatória ao avião dos Irmãos Wright, em Kitty Hawk, Carolina do Norte (daí a corruptela Kit-ty-ha), o que revolta ainda mais Boimler pelo total non-sequitur dessa revelação.

Ele acaba desmaiando e acorda na reprodução da fazenda de James Kirk no Nexus, mas já em posse de Hikaru Sulu, onde ele tem uma conversa profunda com o antigo capitão da Frota ali, o que o anima novamente, acordando na real enfermaria da Cerritos, cercado por T’Ana e seus amigos. Eles saem todos animados trocando figurinhas sobre os pontos do filme, com Mariner dizendo que foi bom ele não ter finalizado o filme com um gancho para sequência.

Longe dali, a bordo de uma unidade da classe Defiant (também com dispositivo de camuflagem), uma oficial reanina o corpo de Willian Boimler, que acorda confirmando que falsificarem sua morte teria dado certo. A oficial entrega para ele uma combadge da Seção 31, que Willian imediatamente questiona se é uma boa idéia uma organização secreta ter uma combadge específica, mas acaba deixando para lá depois de considerar a alternativa oferecida pela oficial (continuar morto), no que a nave entra em dobra.

Comentários

E com “Crisis Point II: Paradoxus”, tivemos mais um “filme” de Jornada nas Estrelas em Lower Decks, na esteira do episódio com a mesma temática na primeira temporada. O primeiro Crisis Point era um filme avergonhado: tal qual o cenário do Tuvok em “Worst Case Scenario”, foi adaptado de algo que não era um produto de entertenimento, para um que fosse. Já Crisis Point II não — foi pensado pelo seu escritor desde o início como um “holofilme de alto orçamento”, o que colocou a “criadora da franquia” para bater cabeça com o atual “produtor”, coisa que tem inúmeros paralelos com a própria produção de Jornada.

Embora Mariner não foi uma das protagonistas com maior foco aqui (isso ficou para Boimler e Tendi), a interação dela ao longo do episódio foi a mais divertida, pois era a que mais estava próximo do próprio público do episódio, uma vez que a atitude natural dela a fez perfeita para o papel de “trekker que assiste o troço apontando os tropes e problemas na trama”, com ela citando inúmeros elementos ao longo do filme, como “alien da semana”, exagero de uso de tecnobable, MacGuffins, e fez chegar o dia em que eu testemunhei o termo “fan fiction” ser utilizado em um episódio de Jornada.

Mas, como comentamos, os holofotes do episódio foram mais para Boimler e Tendi. No caso do alferes, incluiu a primeira utilização de William Boimler já longe do contexto da virada da primeira para a segunda temporada, com a notícia de sua “morte” atingindo duramente o alferes. Embora William Boimler não fosse um irmão convencional para Brad Boimler, ainda seria a morte de um irmão e inclusive de “uma parte de si mesmo” pra valer, devido as circunstâncias pelas quais Willian foi criado. Portanto, Boimer entrar em uma vibe “quem sou? Porque estamos aqui?” combinou bem com o momento pois ele naturalmente gravitou para algo que viu ser valioso para a amiga — como Mariner lidou com o Crisis Point original. Novamente o holodeck ganha ares de arena para extravasar fantasmas pessoais.

Ainda sobre William, eu fico pensando qual seria a relação que o restante da família Boimler passou a ter com William? O aceitaram naturalmente como o equivalente a um irmão de Brad? Teria sido interessante ter alguma dica disso enquanto estivemos na fazenda de uvas passas da família, mas divago. A utilização da “morte” dele como maneira de o recrutar para a Seção 31 combina bem com o elemento “clone de teleporte”, uma vez que Thomas Riker também se bandeou para os lados de organizações cinzentas, no caso os Maquis. E Lower Decks se permitir aplicar boas doses de humor ao conceito da Seção 31 pode ser uma boa utilização disso para variar, uma vez que o conceito praticamente foi socado no chão até não sobrar nada nos últimos tempos, e de maneira totalmente “negócio sério pra caramba”.

E detalhe interessante: utilizarem uma Defiant como nave da Seção 31 não deve ter sido apenas porque o estilo da classe combinaria com o perfil da organização, mas também pode ser uma referência a USS Monitor, uma nave da classe Defiant nos livros do “Shatnerverso”, a saga de livros sobre o retorno de James Kirk que Willian Shatner “escreveu” com a ajuda do casal Judith and Garfield Reeves-Stevens.

A outra subalterna da vez foi, é claro, Tendi. Esta temporada tem sido generosa com elementos que ilustram a busca da oriana por mais do que atualmente tem. Não faltaram momentos referenciando o contínuo “treinamento científico” que a alferes vem recebendo, e também não faltaram momentos em que podemos constatar que Tendi é “Mais do Que Aparenta”, ao ficar claro em “Hear All, Trust Nothing” que ela tem bom treinamento de pirataria oriana em cima do seu treinamento básico da Frota, elementos todos estes que podem ser habilidades úteis a um capitão da Frota Estelar, desejo o qual ela admitiu para si mesma aqui que tem como objetivo.

Os demais personagens ficaram com participações pontuais. Rutherford serviu de contraponto a seriedade de Boimler e Tendi e a ranhetice de Mariner, encarando a coisa toda como o exercício de diversão que algo assim pode ser. Os demais foram bem dentro daquilo que Boimler escreveu para suas holoversões, com destaque para o Ransom verdadeiro em serviço mais realista de oficial executivo (ouso dizer que já vimos muito mais Ransom fazendo isso em Lower Decks do que Riker em A Nova Geração) e para T’Ana na enfermaria atendendo Boimler.

Tal qual com o episódio equivalente da primeira temporada, a equipe criativa incluiu referências a detalhes técnicos bem interessantes, como por exemplo o efeito ótico do portal Chronogami incluir uma quantidade maior de pó e detritos em seu entorno, devido a efeitos óticos deste tipo nos anos 70 e 80 serem realizados com a sobreposição de várias camadas de acetato e filme para se compor a imagem desejada, o que acumulava alguma sujeira no processo. São referências que até podem passar batidas em si mesmas em um primeiro momento, mas em conjunto contribuem bem para passar a percepção correta de se estar vendo um filme do final do século 20.

Este episódio também tem elementos muito “Tema Atual“™ em relação a maneira pela qual os personagens encaram um programa de holodeck enquanto uma “produção cinematográfica de alto orçamento” e ao processo criativo de se escrever e produzir algo desse tipo, incluindo como é que Inteligência Artificial faz parte desse processo. É um tema atual na medida que nos últimos tempos o debate a respeito de “arte criada por IA” tem sido um debate bastante intenso com o avanço cada vez maior de ferramentas como o ChatGTP e o Stable Diffusion, por exemplo.

Que o holodeck tem a capacidade de ser “filme por imersão” não é novidade, mas poucas vezes nós fomos apresentados aos detalhes do que envolveria efetivamente a criação de um programa destes, como tivemos alguma coisa em episódios como “Badda-Bing, Badda-Bang” em Deep Space Nine, e “Author, Author” em Voyager. Este último em particular foi um que tratou muito com a questão de “Inteligência Artificial escreve um roteiro”, pois sempre temos o elemento IA escrevendo quando o computador executando o cenário preenche criativamente certos aspectos do holofilme, mas em “Author, Author”, uma IA (no caso, o Holodoc) faz isso como um humanóide normal escreveria a parte “não IA” da coisa toda — mas em tese, ainda assim seria uma IA o fazendo.

Em nota adicional sobre o holodeck, é de se elogiar que mais uma vez, tivemos um episódio de holodeck onde a unidade da Cerritos funciona de maneira absolutamente perfeita, sem ter tido nenhuma falha típica do sistema, tal qual tem sido através da série inteira até o momento (a falha em “Terminal Provocations” foi devido apenas ao plugin do Badgey de Rutherford ser bugado). Boimler fazer interpretações doidas dos personagens de fundo gerados pelo sistema operacional do holodeck não é uma falha do holodeck per se, ele executou o filme de maneira totalmente funcional para o que se espera desta tecnologia. O holodeck da Cerritos continua demonstrando ser um dos holodecks mais confiáveis de todos já demonstrados na franquia, o que é uma ironia adicional que apenas Lower Decks poderia fazer.

Em linhas gerais tivemos um episódio memorável da série, e vamos torcer para que Rutherford e Tendi tenham o controle criativo dos próximos filmes Crisis Point para termos boa continuidade no Vindictaverso, pois este segundo filme desta franquia claramente valeu a pena.

Avaliação

Citações

“Woo baby! That opening was awesome, Boims!”
“Yeah, but time travel? Listen, “Captain Dagger”, don’t tell me we’re going to have to go back and assassinate Kennedy, because that is not happening.”

(Uau, cara! Essa abertura foi sensacional, Boims!)
(Tá, mas viagem no tempo? Escuta, “Capitão Dagger”, não me diga que nós vamos ter que voltar e assassinar Kennedy, pois isso não vai acontecer.)
Rutherford e Mariner, especulando opções ridículas de tramas para filmes de sci-fi

“What, does it make an alternate cinematic timeline that runs concurrent to our own, but with, like, different people playing younger versions of us?”
“Uh, scientifically that would be a bit of a reach.”

(O que, isso cria alguma linha temporal alternativa cinemática que corre paralela a nossa própria com, sei lá, pessoas diferentes interpretando versões mais jovens de nós mesmos?)
(Ah, cientificamente isso seria passar dos limites um pouco.)
Mariner e Tendi, especulando sobre a criação de linhas temporais em filmes de franquias

“What in the hell, alien of the week bullshit?”
(Mas que inferno, merda de alien da semana agora?)
Mariner, sobre Knicknac ficar na cola deles desde a cena em Tatasciore IX

“Look, we don’t want any… witnesses.”
(Olha, nós não queremos nenhuma… testemunhas.)
Shaxs Holográfico, ao já dar uma cabeçada em um dos punks em Sydney

“Uh, uh, Captain Kirk?”
“Oh my, no. It’s Captain Sulu.”
“Oh, my gosh! Captain Sulu! Even better!

(Uh, uh, Capitão Kirk?)
(Oh, nossa, não. É o Capitão Sulu.)
(Oh minha nossa! Capitão Sulu! Melhor ainda!)
Hikaru Sulu na alucinação de Boimler e Boimler, a este o encontrar na fazenda de James Kirk

Trivia

  • O laboratório federado em Europa tem uma unidade do “Mais Importante Dispositivo no Universo” — um par de emissores com um tubo energizado entre eles. Props semelhantes já apareceram em inúmeras obras de sci-fi em filme e TV dos anos 70 em diante, incluindo Star Trek II: The Wrath of Khan e diversos episódios da franquia, contando é claro, Lower Decks.
  • O registro NCC-80035 da Wayfarer certamente foi uma piada de Boimler com a tradicional brincadeira de se escrever “BOOBS” com números em calculadoras. Talvez a equipe criativa de Lower Decks tenha considerado que usar o tradicional 80085 seria na cara demais.
  • Ben Rodgers, o autor deste episódio, além de ter escrito o episódio original “Crisis Point” da 1ª temporada, escreveu ainda o episódio “Mugato Gumato” da 2ª temporada de Lower Decks.
  • Ben Rodgers também faz a voz do tenente comandante Steve Stevens em vários episódios de Lower Decks, inclusive neste. E fez a voz de Bugiganga (Knicknac) neste episódio.
  • “Não me diga que vamos ter de voltar atrás e assassinar Kennedy porque isso não vai acontecer.” Esta fala de Mariner é uma referência a um script de filme de Star Trek não utilizado, que Gene Rodenberry escreveu em 1980.
  • Mariner questiona que a Boimler tem tido aulas de representação de Winger Bingston, referindo-se ao oficial teatral da Frota Estelar visto anteriormente em “Moist Vessel”, “Terminal Provocations” (fora da tela), “Crisis Point” (como holograma) e “I, Excretus”. A voz de Bingston foi feita por Eugene Cordero.
  • O planeta Tatasciore IX foi obviamente nomeado em homenagem a Fred Tatasciore, a voz de Shaxs.
  • O mapa de pele flácida do Illustor inclui Karzil, Terra, Betazed, Kelva, Mercúrio, Terra, Alfa VIII, e Itamashi.
  • Rutherford estava cantando a canção da dança Chu Chu, a infame canção das Irmãs Zebulon de “Terminal Provocations”, que foram recentemente proibidas de se apresentar em naves e instalações da Frota pelo almirante Jellico. A versão de Rutherford não parece ser a que acrescenta o terceiro Chu.
  • Ransom revela seus melhores amigos na nave: Honus, o barman, a enfermeira Westlake, nomeada em homenagem ao compositor do show Chris Westlake, e Matt, a baleia, que devastaria Stevens… E para piorar a situação, Stevens foi admitido na enfermaria por queimar-se no núcleo de dobra pela segunda vez naquele dia.
  • A USS Wayfarer NCC-80035 é uma nave da classe Sovereign como a USS Enterprise-E, mas é provável que a nave tenha sido feita para o filme holográfico do Boimler.
  • Wayfarer é o nome da companhia aérea fictícia em Breaking Bad, cujo avião caiu graças à negligência da personagem do controlador de tráfego aéreo, feito por John de Lancie.
  • A nave das trigêmeas Melponar era uma ave-de-guerra romulana do tipo Valdore, vista pela primeira vez em Jornada nas Estrelas: Nemesis.
  • Foi realmente ótimo ver George Takei emprestando seus talentos vocais ao programa, retornando como uma versão do Hikaru Sulu pela primeira vez desde sua aparição em 1996 em Star Trek: Voyager.
  • Os vilões fictícios de “Crisis Point II: Paradoxus” são as trigêmeas Melponar, cuja relação familiar e impressionantes janelas de mamas em seus uniformes é claramente destinada a lembrfar Lursa e B’Etor, as irmãs Duras de A Nova Geração e as vilãs de Jornada nas Estrelas: Generations.
  • Mariner comenta incrivelmente sobre como “Crisis Point II: Paradoxus” pode ser uma sequência de “Crisis Point”, uma vez que não há praticamente nenhum dos mesmos personagens, ressaltando que os filmes de Star Trek geralmente têm muito pouco em comum, apesar de todos serem sequências de Jornada nas Estrelas: O Filme.
  • Personagens da Frota Estelar viajando no tempo e misturando-o com punks é um clássico antigo.
  • “Sim, é uma história desigual que ignora totalmente os sucessos do original. Mas é também um filme da Frota Estelar. O que significa que vale a pena fazer”. Esta fala descreve praticamente todas os filmes de Star Trek.
  • A mítica Ki-ty-ha que Boimler está procurando é na verdade Kitty Hawk, o nome do avião dos irmãos Wright, nomeado para a cidade Kitty Hawk na Carolina do Norte, o local do primeiro voo, escolhido porque era conhecido por ter ventos fortes constantes. Esta é uma homenagem à grande revelação no primeiro filme da franquia, Jornada nas Estrelas: O Filme, quando é revelado que V’Ger, a entidade que ameaçava a Terra em busca de seu criador, estava na verdade sendo dirigida pela sonda VOYAGER 6, com sua própria placa manchada mostrando V GER.
  • O Wright Flyer é iluminado nas mesmas tonalidades roxo/rosa que o V’Ger em Jornada nas Estrelas: O Filme.
  • Depois de ter aparecido anteriormente no episódio “Context is For Kings” de Discovery, a insígnia especial preta da Seção 31 da Frota Estrelar é vista novamente mais de 100 anos depois neste episódio.
  • William Boimler aponta o absurdo da insígnia da Seção 31. “A Seção 31 não é suposta ser um grande segredo? Por que usaríamos insígnias especiais que anunciam quem somos”? Uma piada que faz humor a partir de algo que os fãs vêm se perguntando há anos.
  • A Seção 31 entra em Lower Decks, completa com uma nave de classe Defiant equipada com um dispositivo de camuflagem.
  • “Será que ela faz uma linha do tempo cinematográfica alternativa que corre ao mesmo tempo que a nossa, mas com pessoas diferentes jogando com versões mais jovens de nós”? Mariner pergunta sobre o Chronogami, descrevendo exatamente a linha do tempo de Kelvin.
  • O posto avançado da Federação onde o Chronogami foi inventado é propositadamente feito para se parecer com Regula I. O vídeo ultrassecreto para apresentar o projeto é uma citação do vídeo introdutório do Gênesis de A Ira de Khan, e a doutora Helena Gibson remete a Carol Marcus. O interior do Laboratório Temporal também se equipara ao Regula I, assim como os uniformes dos cientistas.
  • Um dos personagens do holodeck fala “deixe Minooki guiá-lo!”, referindo-se ao deus D’Arsay do início desta temporada. Um dos outros personagens grita “o coala sorri para todos nós!” estendendo a longa piada do coala de “Moist Vessel”. O coala também foi citado nos episódios “First First Contact” e “Mining the Mind’s Mines”.
  • Os personagens da Frota Estelar no Centro de Pesquisas Aquáticas estão todos vestindo o uniforme monstro castanho-avermelhado da Frota Estelar.
  • O gás neurocine, que supostamente matou William Boimler, foi anteriormente mencionado no episódio “Civil Defense” de Deep Space Nine, por suas propriedades tóxicas e era usado pelos cardassianos para reprimir as revoltas dos trabalhadores
  • O cargueiro em que Boimler e Mariner estão a bordo é o mesmo projeto que o Batris talariano do episódio “Heart of Glory” de A Nova Geração.
  • O exterior da cena da Fundação da Federação é uma pintura fosca do edifício do Conselho da Federação de Jornada nas Estrelas IV: A Volta para Casa. O interior da sequência vem diretamente do episódio “These Are The Voyages” de Enterprise.
  • O projeto da bomba romulana que Rutherford desativa é o mesmo que a bomba thalaron de Jornada nas Estrelas: Nemesis, usada por Shinzon para desintegrar o Senado romulano.
  • Os uniformes da Wayfarer, que podem ou não ser criações fictícias da mente de Bradward Boimler, são variações interessantes no estilo de Jornada nas Estrelas: Nemesis, com uma faixa branca que separa a parte cinza do uniforme preto.
  • Boimler quando ele está no personagem de Bucephalus Dagger senta-se como Riker na cadeira do capitão.
  • Mariner chama os dois filmes Crisis Point de “Vindictaverso”, referindo-se ao nome de seu personagem Vindicta, vilã do primeiro episódio.
  • Os créditos de abertura e a fonte utilizada para os nomes dos locais são extraídos de Jornada nas Estrelas II: A Ira de Khan.
  • Será que a Grande Crise das Algas Soolianas foi um evento real na história da Federação, ou apenas algo que Boimler inventou para o programa? Nem Tendi nem Rutherford dizem o suficiente sobre isso para deixar claro se é algo que eles estão lembrando da história ou se é apenas parte do holodeck.
  • A casa de Jim Kirk de Jornada nas Estrelas: Generations tem, apropriadamente, uma banheira de água quente.
  • A tela “Top Secret” utilizou o quadro e o formato original de Jornada nas Estrelas II: A Ira de Khan e o monitor real não correspondeu ao close-up em ambos os casos.
  • Depois de ter aparecido apenas em de Jornada nas Estrelas: Nemesis, o selo Romulano Imperial é visto novamente, à frente do console das trigêmeas Melponar.
  • Ben Rodgers, o autor deste episódio afirmou que todas as falas de Ki-ty-ha são retiradas de frases dos chás Yogi, marca de chá americana que traz uma frase em cada saquinho de chá.
  • Mike McMahan, o showrunner, disse: “Eu tinha lido que quando Jornada nas Estrelas III: À Procura de Spock e Jornada das Estrelas IV: A Volta para Casa foram feitos, que um certo ator de Star Trek tinha que ter paridade contratual com Leonard Nimoy”. “Então, ele também conseguiu fazer um filme sobre Star Trek. A inspiração para isto é que na primeira temporada, Mariner conseguiu fazer um filme da Frota Estelar que todos gostaram. Nesta temporada? Boimler também pode fazer seu filme. Isso é paridade contratual”.
  • Você não tem o visual no início do episódio, mas quando Boimler sai do holodeck você pode ouvi-lo grunhir audivelmente enquanto também salta sobre a letterbox cinematográfica, que é a prática de transferência de um filme em uma proporção de tela panorâmica (widescreen) para um formato de vídeo padrão, preservando a proporção de tela original.
  • Os grandes cilindros de metal no laboratório em Europa também apareceram em A Nova Geração, em “Encounter at Farpoint” e “Too Short a Season”. Eles tiveram origem em Jornada nas Estrelas II: A Ira de Khan, mas também foram vistos em Vulcano em Jornada nas Estrelas IV: A Volta para Casa.
  • O cargueiro é claramente baseado no Sanction de “Symbiosis”️ e no Erstwhile de “The Outrageous Okona”, episódios de A Nova Geração.
  • Edifícios muito familiares da Federação são vistos ao lado da Ponte Golden Gate no ano 2161. Eles também são vistos em 2286, em Jornada nas Estrelas IV: A Volta para Casa e em 2364 no episódio “Conspiracy” de A Nova Geração.
  • O punk visto em Sydney no ano de 1982 parece ser baseado no punk no ônibus de Jornada nas Estrelas IV: A Volta para Casa. Olhe atrás de sua caixa de som: ele também está usando um pino de crânio em sua jaqueta.
  • O punk de Sydney de 1982 com cabelo azul espetado e um dente faltando deve ser uma referência ao punk interpretado por Bill Paxton em O Exterminador do Futuro.
  • As três irmãs romulanas são simplesmente chamadas esquerda, centro e direita no script de Boimler ️e uma das acólitas não nomeadas, como o Mariner aponta, chama à outra de acólita 2
  • As três irmãs romulanas uma icônica filmagem de pânico em zoom logo antes da sua nave explodir e pereceram, tal como Lursa e B’Etor em Jornada das Estrelas: Generations.
  • Os monitores dos desktops são na realidade apenas PADDs em um pequeno suporte.
  • Um esquema de uma nave da classe Luna é mostrado no grande monitor da ponte da USS Wayfarer, da classe Sovereign. Este gráfico foi reutilizado da USS Titan.
  • O cata-vento da casa de Kirk tem a forma da USS Enterprise.
  • Mais uma referência de Jornada nas Estrelas II: A Ira de Khan foi o final: o morto William Boimler em um caixão de invólucro de torpedo da Frota Estelar, assim como o morto Spock no Planeta Gênesis, no final de do filme. E assim como Spock, William foi “ressuscitado”.
  • A missão dos anos 80 também foi semelhante ao Jornada nas Estrelas IV: A Volta para Casa, pois eles estavam lá para visitar um aquário para salvar um ancestral polvo do Embaixador Koro, alguém crítico para a Federação no futuro. No filme IV, a tripulação voltou aos anos 80 para salvar um casal de baleias do Instituto Cetacean, que foi filmado no aquário de Monterey Bay.
  • A busca de Boimler por Ki-ty-ha e o significado da vida terminou na terceira lua de “Shatanari”. Tudo isso é uma referência à busca de significado da Sybok em Sha Ka Ree em Jornada nas Estrelas V: A Última Fronteira, dirigido por William Shatner.
  • Sha Ka Ree foi nomeado para ver se conseguiam Sean Connery para fazer o papel de Sybok, o que não aconteceu.
  • Quando Boimler finalmente encontrou o “deus” Ki-ty-ha, a cena foi ambientada como quando Sybok encontrou “deus” em Jornada nas Estrelas V: A Última Fronteira. E Ki-ty-ha era uma criatura de pedra, como o Homem de Pedra que Shatner queria para seu filme V, mas foi cortado por razões orçamentárias.
  • As conexões continuam nos filmes de A Nova Geração incluindo um dos momentos finais da busca de Boimler, quando ele se encontra em um rancho com uma caixa de correio escrita Kirk, que era o mesmo rancho onde o capitão Picard encontrou o capitão Kirk em Jornada nas Estrelas: Generations.
  • Ben Rodgers afirmou que eles queriam Shatner no final do filme, mas, como não conseguiram, colocaram George Takei (capitão Sulu) quase no mesmo cenário.
  • Boimler pergunta para Sulu: “Isto é o paraíso? A vida após a morte? O Nexus?” Um detalhe agradável é que Boimler pode dizer que ele não está mais em seu filme, porque o mundo voltou à relação de aspecto normal e não à relação de aspecto cinematográfico para todas as cenas de seu filme.
  • Jornada nas Estrelas: Primeiro Contato foi o primeiro filme da tripulação de A Nova Geração sem nenhuma conexão com a Série Clássica e lhes deu a oportunidade de apresentar uma série de coisas novas, incluindo uma nova nave, a Enterprise-E da classe Sovereign. O capitão Bucephalus Dagger de Boimler comanda a USS Wayfarer, da classe Sovereign e teve uma entrada dramática como a da Enterprise-E durante a Batalha do Setor 001, incluindo um membro da tripulação chamando “É a Wayfarer”, assim como o personagem de Adam Scott chamou a Enterprise no filme.
  • Boimler perturbou Sulu com perguntas sobre Spock, Uhura, luta de espadas, e se era “estranho usar os botões de cristal na Enterprise”.
  • Os dois romulanos são teletransportados da estação de pesquisa com uma caixa fechada e duas pistolas disruptoras, mas chegam segundos depois na ponte na nave romulana com uma caixa aberta e uma espingarda disruptora.
  • Os uniformes romulanos deste episódio são muito mais elaborados do que no episódio “Veritas” da 1ª temporada, certificando que esta é realmente uma aventura cinematográfica.

Ficha Técnica

Escrito por Ben Rodger
Dirigido por Michael Mullen

Exibido em 13 de outubro de 2022

Título em português: “Ponto de Crise II: Paradoxus”

Elenco

Tawny Newsome como Beckett Mariner
Jack Quaid como Brad Boimler e William Boimler
Noël Wells como D’Vana Tendi
Eugene Cordero como Sam Rutherford
Dawnn Lewis como Carol Freeman
Jerry O’Connell como Jack Ransom e Jack Ransom (holograma)
Fred Tatasciore como Shaxs e alferes Kzinti (holograma)
Gillian Vigman como T’Ana e T’Ana (holograma)

Elenco convidado

George Takei como capitão Hikaru Sulu (alucinação)
Jessica McKenna como Barnes (holograma)
Carl Tart como Kayshon (holograma)
Mary Holland como Helena
Seth Morris como Illustor
Leonardo Nam como punk de rua australiano
Ben Rodgers como Steve Stevens
Alice Wetterlund como as trigêmeas romulanas

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Trivia de Maria Lucia Rácz

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