Linda Park aposta em sua personagem

Linda Park voltou a declamar seu amor por Enterprise, detalhando o que a mais empolga na série: a chance de levar seu personagem, a oficial de comunicações Hoshi Sato, a uma viagem de auto-descoberta.

“Há uma jornada a ser feita com ela”, disse Park à revista Yolk. “Estou a interpretando um pouco mais jovem que eu. Eu sou bem nova, mas ela é mais. Ela é realmente orgulhosa e idealista. Hoshi não gosta de ser a senhorita em perigo. Ela quer ser mais forte e isso é algo sobre o que construir. A razão pela qual eu a faço mais jovem agora é porque é uma jornada sobre se tornar uma mulher.”

A atriz tem um objetivo claro de onde ela quer que Hoshi vá nos próximos anos. “Adoraria ver que o que isso vai ficar e que a audiência veja Hoshi tomar conta de si mesma e se tornar confiante e encontrar sua força”, afirmou. “Sua força não precisa ser esse estóico poder de dragão da mulher. Há muitas coisas empolgantes a serem feitas com a personagem e eles estão realmente abertos para fazê-las. Brannon Braga e Rick Berman disseram, ‘Queremos que ela em algum momento se torne uma gata espacial e fique lá fora com os caras disparando armas!’.”

Apesar dos estereótipos de Hollywood, Park acha que Hoshi conseguiu fugir disso. “O que realmente me intrigou foi quando eles disseram que [Hoshi] era ‘espirituosa’. Eu não acredito em ter definições do que é considerado asiático, mas é difícil ficar de fora quando se vive em um mundo como Hollywood, em que tudo são definições; onde todo mundo pode ser colocado numa caixa com três linhas. As duas primeiras coisas para os quais testei esse ano, eu disputava o papel com atrizes caucasianas, o que foi uma grande coisa de ver em Hollywood.

“Mas usualmente os adjetivos são ‘reservada’, ‘sexy’ e ‘fria’. É meio que um papel ‘Lucy Liu-ano’, a idéia da fantasia/dragão da mulher asiática dominadora que existia antes dela em Hollywood. Eu estava tão cansada desse arquétipo apesar de isso existir em mulheres asiáticas assim como em outros tipos de mulheres. É uma coisa bonita porque é um poder da feminilidade, mas há tantas cores de mim mesma como uma mulher asiática que eu adoraria ver retratadas na televisão.”