Urban: “Mal posso esperar para voltar a Star Trek 3”

karlVárias celebridades estiveram presentes na convenção Destination Star Trek 3, realizada no fim de semana, em Londres. Uma delas foi Karl Urban que falou mais sobre o próximo filme de Star Trek. Temos também comentários de William Shatner, Jeri Ryan e Robert Picardo falando sobre Voyager, Nick Meyer sobre Star Trek II e Nichelle Nichols lembrando seu tempo na série original.

Apresentamos alguns destaques dos painéis no Destination Star Trek.

Ironicamente Karl Urban gastou muito seu tempo no Destination falando sobre Judge Dredd e ele acha improvável que retorne ao papel (culpando o pobre marketing para o filme). Mas com relação a assumir o papel de McCoy em Star Trek 3 que ficou famoso por DeForest Kelly, o ator disse que originalmente não teve dificuldades em tentar transmitir a versão original de McCoy “antes de caminhar para o cenário”. Depois dessa experiência e através das interações com Spock de Quinto e Kirk de Pine, disse que algumas das “linhas emblemáticas” da série clássica o fizeram refletir mais sobre o papel. Falando sobre a influência de DeForest ele disse que era importante para “infundir” seu “McCoy com o original” e ao mesmo tempo querendo colocar sua própria visão sobre o personagem.

urbanKarl falou sobre como trabalhar com o “fenomenal” JJ Abrams. Ele também afirmou:

Eu mal posso esperar para voltar ao trabalho em Star Trek 3

Urban também comentou sobre o talento do diretor do próximo filme dizendo que Roberto Orci é um “grande escritor” que é “apaixonado por Jornada” tanto quanto Urban. Com relação ao que gostaria de ver no novo filme, disse.

Estou ansioso para estabelecer mais formação de relações a partir do núcleo formado nos dois primeiros filmes.

Outra coisa que Urban disse foi que estava ansioso para buscar “vingança contra Simon Pegg” depois da famosa brincadeira creme de nêutrons em Além da Escuridão. Urban observou que “[Pegg] deve estar preocupado, porque ele está com medo de tomar suas chamadas”. Brincadeira à parte, Urban acrescenta que ele não pensa sobre isso “todos os dias, apenas a cada dois dias”.

Quando perguntado sobre as formas de continuar a fazer o seu personagem Magro, Karl admitiu que seria “aberto para expressar uma série de animação”, se a oportunidade se abrir, pois é menos demorado para gravar linhas vocais.

William Shatner.

Por seu painel solo, William Shatner respondeu perguntas e nenhuma novidade disse quanto a sua presença no filme de 2016, embora tenha sido porque ele levou muito tempo em cada resposta, propositadamente ou não. Bill passou 20 minutos falando se acredita em extraterrestres, mas na verdade nunca definitivamente disse que acredita, mas sugeriu que tudo aponta para a sua existência.

billUm fã tentou obter de Shatner algo sobre um filme de Jornada especificamente, Star Trek: Generations. O fã queria que ele recitasse o seu “não deixe que eles o promovam …”, diálogo de Kirk com Picard, mas Shatner disse que não se lembrava mais de seu texto, razão porque ele convidou o fã para subir ao palco para fazer a linha. E, claro, o fã não interpretou de forma que não agradou aos presentes e por isso ele foi vaiado por uma platéia detalhista.

Bill também aproveitou uma pergunta sobre como ele consegue manter boa aparência aos 83 anos, e ele disse que era parcialmente genética, mas atribuíu principalmente aos passeios a cavalo, que é sua “grande motivação”. Ele falou sobre cavalos e os troféus que ganhou durante cerca de quinze minutos.

Uma última curiosidade contada por Shatner foi sobre as filmagens da famosa cena do jantar em Star Trek VI (com os Klingons), observando que ele ganhou “centenas” de dólares do diretor Nick Meyer que estava pagando 20 dólares cada vez que um ator comia a comida azul.

Jeri Ryan.

Durante seu tempo no palco Jeri Ryan falou sobre como ela começou em Voyager, juntando-se à série na quarta temporada. Ela disse que sua cena de teste para o papel foi uma cena com Robert Beltran onde “Sete de Nove ri pela primeira vez” e descreveu a cena como “linda” e comparando-a “a um bebê ouvindo a sua própria risada pela primeira vez”. Esta cena nunca foi mostrada na série, em vez disso a cena do “Harry Kim, tire suas roupas” foi usada no lugar, para desgosto de Jeri. Ryan também falou sobre como ela teve algumas dúvidas em continuar na série um dia antes de começar a gravar um episódio em especial de Voyager, dizendo que foi “a pior hora” da TV que ela já vira, olhando com horror através de seus dedos. No dia seguinte, ela disse a Berman sobre seu descontentamento com o episódio (não foi mencionado), mas ficou aliviada quando os produtores admitiram que foi “um dos piores” e conseguiram convencê-la de que nunca mais fariam outro episódio assim de novo, ela acreditou neles, e decidiu continuar.

jeriSobre o desenvolvimento da personagem Sete, Ryan chamou de “um presente, foi incrível interpretar”, e falou em especial sobre a “relação mãe-filha com Janeway” na primeira parte de sua presença na série, dizendo que ambas apresentaram “ricos personagens, emocionalmente carregados”. Quando perguntada sobre os diversos papéis que ela fez, ela afirmou que gosta de “escolher papéis fortes (de mulher)”, como ela “quer jovens que pareçam positivas, fortes modelos de papéis” na televisão e não quer fazer “papéis só pela beleza”. Disse ainda sobre seu personagem, “usei o meu filho como modelo de crescimento da Sete” observando-o crescer e aprender – muito da mesma maneira que Sete tinha que fazer na série.

Falando sobre seu figurino na série, ela disse que o “traje Borg incomodava” e que com o tapa-olho, ela só poderia usar um olho, “perdeu a percepção de profundidade (quando) a maquiagem ficava completa”. Ela brincou dizendo que foi complicado dar os passos na ponte. Quando perguntada sobre o final de Voyager “Endgame”, ela disse que “nunca quis saber o que aconteceria quando chegassem em casa” e em vez disso queria que o foco seu “fosse se tornar menos um drone e se acomodasse na família”.

Quando perguntada sobre seu canto em “The Killing Game” e “Someone To Watch Over Me”, ela afirmou: “não gosto de cantar quando outras pessoas podem me ouvir”, mas “amo a música, e gosto de cantar”.

Nichelle Nichols.

nichelleNo desenvolvimento do personagem de Uhura, ela disse à platéia que Gene “não lhe disse o que o personagem era. Ele permitiu que eu fizesse sozinha. Gene me conhecia antes de eu conhecer a mim mesma. Ele ofereceu a todos um nível de respeito quando lançou o elenco”.

Nichelle deu nome seu próprio personagem como Uhura, que é Swahili (e significa liberdade), na verdade – Gene ficou feliz em usar isso como seu nome.

Quando perguntado como era trabalhar com De Kellye, Nichelle carinhosamente se lembra de que ele tinha um “tinha um grande senso de humor de cara limpa”.

Sobre os autores da série Nichols disse à platéia que “Gene só contratou escritores que escreveram em sua” espiritualidade “e que foram capazes de “trazer o seu melhor” nas histórias.

Questionada sobre por que ela nunca apareceu em qualquer outra série, assim como outros atores da série original, ela respondeu: “Eu não acho que eu queria fazer mais a Uhura”.

Robert Picardo.

Robert estava no palco com Nichelle Nichols, atuando como moderador de suas sessões de conversa, aqui estão alguns destaques.

picardoRobert disse que “o público abraçou Voyager desde o começo”, e acrescentou que “a adesão à saga de Jornada era como pular em um ônibus em movimento” à 100 km/h.

Ele lembrou ter uma conversa com De Kelly onde ele disse-lhe que, em seu papel de médico holográfico, tentaria prestar “homenagem a Magro”, e que De Kelly respondeu brincando “Oh! Assim você vai me roubar?”

Picardo falou sobre o desenvolvimento de personagens da franquia dizendo que “escritores escreveram para os pontos fortes dos atores. Eles sempre escrevem nessa direção. É uma tradição de Jornada”.

Brincando sobre dividir o palco com Nichelle, Robert Picardo mencionou que ele “não estava ciente da influência feminista de Nichelle, mas estava ciente de quanto ela se balançava em seu traje”, levando a um grande elogio da multidão reunida e Nichelle novamente, sorrindo, respondeu: com “Legal!”

Nicholas Meyer.

Nicholas Meyer cobriu principalmente assuntos sobre o filme A Ira de Khan, onde comentou sobre o peitoral verdadeiro de Montalban, a combinação de todos os rascunhos de scripts em um, escolhendo momentos que queria manter, entre outros. Meyer também não quis dizer ao público o que eles deveriam levar como os temas do filme – incluindo as questões do envelhecimento, morte e amizade – mas sentiu que as pessoas devem decidir por si mesmas o que sentir.

meyerDurante seu segundo painel no domingo Meyer falou sobre “edições” do diretor, observando que ele acha que as edições geralmente não são tão boas quanto os originais e na maior parte apenas pretendem fazer mais dinheiro. Ele observou que a edição especial de Star Trek II só acrescentou um minuto de cenas extras e, portanto, não era uma “versão do diretor”, mas ele disse que as pequenas mudanças melhoraram A Ira de Khan, como o alferes Peter Preston, sobrinho de Scotty, explicando por que o engenheiro estava tão chateado com sua morte.

Meyer também falou extensivamente sobre outro assunto que ele está familiarizado – Sherlock Holmes. Ele disse que, em geral, não gostou de nenhuma história de Holmes fora os clássicos originais de Arthur Conan Doyle, mesmo admitindo que o seu próprio livro “Seven-Per Cent Solution” (que virou filme) foram um pouco de “fan fiction”. Dito isto, ele considerou a série da BBC, Sherlock, com Benedict Cumberbatch, “fantástica”.