Série irá revigorar o franchise, diz Braga

Nos últimos tempos, Rick Berman tem dado as tacadas à imprensa a respeito da nova série, Enterprise, enquanto seu fiel escudeiro, Brannon Braga, tem andado pela sombra, sem comentar muito os resultados da dupla na criação da nova face do franchise. Agora, Braga conversou com o jornalista Ian Spelling, e contou por que acredita que Enterprise irá revitalizar Jornada nas Estrelas –algo que está muito ligado à própria motivação dos produtores com relação ao novo show.

“A principal razão para tê-lo feito desse modo foi que não podíamos nos ver fazendo outro show na época de Picard, de Sisko ou de Janeway”, diz Braga. “Centenas de episódios já foram feitos naquela época.”

“Sentimos que apenas colocar outra tripulação em outra nave com um novo nome ou fazer na Academia na Terra no mesmo período que as outras séries, com os mesmos alienígenas e situações políticas, não era novo o suficiente. Precisávamos de um ímpeto para contar novos e empolgantes tipos de histórias e de arcos para personagens.”

Ir mais adiante não pareceu a coisa certa. “Fazer algo ainda além no futuro do que a época de Janeway parecia estranho porque toda vez que tentamos fazer aquilo terminamos com naves que pareciam um pouco mais ágeis e roupas um pouco mais apertadas”, continua. “Então, voltar pareceu ser um grande meio de revigorar a coisa toda.”

Braga também deu sua tacada sobre o que acha do piloto “Broken Bow”, que vai ao ar em 26 de setembro, pela UPN, escrito por ele e Berman. “Nosso piloto conta a história de uma tripulação que se junta pela primeira vez”, diz Braga. “A missão da tripulação é simples: um Klingon fez um pouso forçado na Terra –nós nunca havíamos visto um Klingon antes– e os Klingons o querem de volta. Temos de levá-lo para casa ou haverá grandes problemas com o Império Klingon. É um pouco como ‘O Resgate do Soldado Ryan’ –levar o Klingon para casa. Ao longo do caminho, descobrimos uma enorme conspiração galáctica envolvendo uma nova e mortal espécie chamada Suliban.”

Braga conta um pouco do que essa conspiração guarda. “Os Suliban têm estranhas habilidades genéticas. Eles podem respirar no vácuo do espaço e correr pelo teto ou camuflar-se como um polvo. Percebemos que os Suliban estão de algum modo em contato com o futuro distante, e que há uma situação chamada de Guerra Fria Temporal e uma grande conspiração que também envolve os Klingons.”

“Começamos a descobrir isso e é uma grande aventura”, diz Braga. “Acho que é seguro dizer que a tripulação permanece junta no final.”

Braga está pela primeira vez ganhando crédito pela criação de uma série de Jornada e está se sentindo muito bem com isso. “É muito mais gratificante e empolgante estar em algo desde o início”, diz. “E estou muito feliz que não tivemos de correr com o show.”

“Algumas pessoas podem pensar que está sendo corrido porque ‘Voyager’ acabou agora e você já tem um novo show, mas a verdade é que do primeiro conceito até agora, já temos dois anos e meio, talvez até mais. Foi legal poder gastar o tempo desenvolvendo o conceito, desenvolvendo cada personagem e usando muito tempo com Rick para escrever o piloto e desenvolver os primeiros episódios.”

Braga diz que Jornada continua sendo muito popular, mas admite que o furor não é o mesmo de anos atrás. A meta é recuperar isso. “Fizemos tudo o que pudemos para fazer desta nova série nova e empolgante em nossas mentes”, afirma Braga. “Isso com sorte será traduzido em nova e empolgante audiência. Fizemos nosso melhor e estamos esperando que ‘Enterprise’ tenha apela tanto junto aos fãs centrais de Jornada quanto para aqueles que conhecem Jornada, mas não assistem regularmente.”

Fonte: Inside Trek