Simon Pegg, “Trilha de Enterprise foi terrível”.

O ator Simon Pegg lançou o seu livro de memórias, “Nerd Do Well”, onde fala com orgulho do seu interior nerd, que para ele não é mais sinônimo de  inépcia social. Nesta edição, Pegg relata seu entusiasmo pela ficção desde a infância e o início de uma carreira no cinema e televisão ao longo desse caminho. Em entrevista ao A. V. Club, o ator lembrou da reação que algumas franquias lhe causaram quando jovem, e uma delas foi Jornada. Veja a seguir.

Na entrevista, Pegg citou algumas franquias famosas que causaram impressão forte em sua juventude, entre elas Star Wars, Doctor Who, a saga dos zumbis em Day Of The Dead (O Dia dos Mortos), além de Jornada nas Estrelas

Você disse que não gosta de falar mal de algumas coisas publicamente, mas já teve um momento em Jornada que o deixou para baixo?

“Eu acho que a música tema de Enterprise foi provavelmente o momento mais terrível na história de Jornada. Eu não podia acreditar que eles tinham uma grande idéia do tipo pre-Kirk/Spock, e deram-lhe um terrível início de rock suave. Pareceu assim apenas muito imprudente. Menciono o Almirante Archer (em Star Trek) – ele não foi eliminado por causa da música terrível. Na verdade, o Scott cita ele. Mas (a música tema) é terrível. Eu nunca vi Enterprise, porque eu não poderia ter passado dessa música. Ainda ficaria tocando em meus ouvidos quando a série começasse.”

Mas você teve a chance de corrigir o curso com filme de Abrams.

“Sim, exatamente. Esse foi um momento marcante para mim.”

Se não fosse Scott, que outros pré-existentes personagens de Jornada você gostaria de ter feito?

“Eu não sei, definitivamente, uma pergunta difícil. Quando eu assisti o filme, eu estava gostando muito, e eu esqueci que estava nele, sinceramente. Eu sempre vi o universo de Jornada, como algo de fora. Eu sempre me colocava em Star Wars, eu era como o irmão mais novo de Luke, ou algo assim. Mas Jornada, eu gostava de ver como um observador externo. E isso é parte da razão de Jornada ter os fãs que tem. É tão duradouro, é tal qual o universo, inclusive. Você se sente em casa assistindo, mesmo que você não seja uma parte dele.”

“Eu sempre achei que o Nick (Frost) deveria fazer o Harry Mudd. Você sabe que episódio maravilhoso, “Mudd’s Women”? Ele traz a bordo todas essas mulheres que são todas intoxicantes para os membros da tripulação. É como brilhante, um colírio para os olhos, garotas delicadas. Mas eu não sei (para mim)-Khan?”

Foi J.J. que esteve nas negociações para fazer Star Trek quando estava trabalhando em Missão: Impossível III?

“J.J. é incrivelmente secreto. Ele é brilhante com isso. Eu costumava tentar conseguir que ele me dissesse coisas de Lost, quando estávamos filmando, e ele nunca dizia. Mesmo que ele soubesse que eu não diria a ninguém. Ele é a alma absoluta da discrição. Eu sabia pelo fato de que ele ia produzir isso inicialmente. Mas quanto mais o script evoluía, mais ele sentia que queria dirigi-lo. E então era como algo do tipo, “Isso é meu”, e dou graças a Deus por isso. O pai dele (o produtor de televisão Gerald W. Abrams) o levou para ver Star Trek: The Motion Picture no estúdio da Paramount, quando ele tinha 13 ou 14 anos. Essa é uma daqueles momentos incríveis: Para J.J., ele estava assistindo o filme, sabendo que pouco menos de 30 anos ele estaria dirigindo uma parcela da mesma história. Isso é incrível.”

Fonte: TrekWeb